O que fazer com um cão medroso adotado
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Adotar um cão é uma grande responsabilidade, especialmente se o animal em questão é desconfiado ou medroso. Deve ter claro que deve redobrar as precauções visto que o seu comportamento reflete insegurança e medo.
Entre outras coisas, deve saber que precisa de paciência e carinho, algo fundamental para tratar este problema de forma eficaz. Também é importante se inteirar de como o deve tratar e cuidar, pois trata-se de uma educação muito diferente.
Descubra neste artigo do PeritoAnimal o que deve fazer com um cão adotado que é medroso. Não se esqueça de comentar e compartilhar suas experiências para que outras pessoas possam também seguir os seus conselhos e truques.
Identificar as atitudes de um cão medroso
É provável que você relacione um cachorro medroso com certas posturas corporais: cauda baixa e orelhas para trás. No entanto, é importante referir que existem outros gestos próprios de cachorros com medo. É fundamental entendê-los e conhecê-los para identificar as situações incômodas para ele e começar a trabalhar a partir daí.
Sinais que nos indicam que um cão está assustado:
- cauda baixa
- cauda entre as pernas
- orelhas para trás
- orelhas muito inclinadas
- corpo curvado
- deitar-se
- esconder-se
- encolher-se
- posições de submissão
- tremer
- deixar cheirar as suas partes
- lamber a boca em excesso
- urinar em situações incômodas
- movimentos da cauda agitados
- tentar sair correndo
- bocejar em excesso
- ficar num canto
Também é muito importante entender que não é a mesma coisa um cachorro com medo e um cachorro submisso. Apesar de poderem compartilhar certos comportamentos como deitar-se ou deixar-se cheirar. Um cachorro bem socializado poderia ser submisso com as pessoas e com outros cachorros na tentativa de se relacionar.
Conforto e bem-estar
A primeira coisa será transmitir confiança ao nosso cachorro a todo o momento. Nunca o vai vencer se o repreender em excesso ou utilizar atitudes inapropriadas para comunicar com ele. Deve tentar que ele se tranquilize e demonstre atitudes positivas e sociais.
É muito importante entender que alguns problemas relacionados com o medo podem chegar a persistir por toda a vida do cachorro, no entanto, a maioria deles podem se resolver com paciência e carinho. Cumprir com as cinco liberdades do bem-estar animal será fundamental para começar a trabalhar.
Tente ganhar a confiança do animal com o reforço positivo: felicite-o quando tiver atitudes sociais e positivas utilizando guloseimas, carícias e palavras amáveis. Nunca o deve obrigar relacionar-se ou a fazer determinadas coisas, deixe que surja de forma natural e espontânea por iniciativa do cachorro. Caso contrário, arrisca-se a que ele sofra de ansiedade, mais medo e estresse.
As causas do seu medo
Se não conhece a história do cachorro que adotou, então demorará um tempo a identificar do que tem medo: se de outros cachorros, pessoas, objetos e inclusive da rua. Deve ser paciente nesta fase para tentar entendê-lo.
- Medo das pessoas: Se o seu cachorro tem medo das pessoas é porque muito provavelmente sofreu algum tipo de maltrato no passado. Especialmente neste caso devemos ser muito pacientes tentando ganhar sua confiança com guloseimas, snacks, carícias e palavras amáveis. Nunca o force a interagir com quem não quer, deixe que ele mesmo comece a superar o seu medo de forma progressiva. Ao invés de tentar forçar uma situação, pode incentivar os seus amigos e familiares a reunir-se com ele para lhe oferecer pequenos pedaços de fiambre para começar a confiar nas pessoas (incluindo estranhos).
- Medo de outros cachorros: O medo de outros cachorros, no geral é causa de uma má socialização na sua fase de filhote, embora também possa ter passado por uma má experiência no passado. Descubra porque o seu cachorro tem medo de outros cachorros no nosso artigo e, como o tratar e resolver de forma eficaz e gradual.
- Medo de vários objetos: Seja por desconhecimento ou por falta de socialização, o seu cachorro pode ter medo de certos objetos que incluímos no dia-a-dia, como bicicletas, carros, motos, lixeira... são muitas as possibilidades. O tratamento será muito parecido ao do caso anterior, deve habituar o seu pet à presença destes objetos enquanto pratica, por exemplo, ordens básicas de adestramento. Desta forma, começará a relaxar na sua presença. Permanecer próximo da causa do seu medo com uma atitude positiva e relaxada é um sinal de que estamos fazendo bem (embora seja por pouco tempo).
- Outros: O seu cachorro pode ter medo de outros pets, ambientes ou de várias coisas ao mesmo tempo. Seja o que for, pode se tratar de forma eficaz se recorrer a um etólogo, uma pessoa parecida ao psicólogo mas do mundo canino. O especialista é que melhor pode nos ajudar a superar este problema de forma eficaz.
O que devemos fazer
De forma geral explicamos o que fazer em cada um dos casos. Deve entender que com paciência e carinho pode resolver os medos do seu pet, no entanto, quem melhor o pode ajudar é um profissional.
Porquê? Por vezes, nós como donos, não percebemos algumas atitudes que o cachorro tenta compartilhar conosco. Seja um educar canino ou etólogo, o profissional conhece cachorros que passaram por situações muito parecidas e que lhe ajudarão com conhecimento. Também lhe proporcionará dicas adequadas para trabalhar com ele sem a sua presença.
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Conselhos
- Nunca deixe o seu cachorro medroso sem a trela na rua, pois pode fugir.
- Nunca o obrigue a fazer algo que não quer.
- Seja paciente e utilize guloseimas para ganhar a sua confiança.