Meu gato está espirrando: o que fazer?
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Observar o comportamento do gato sempre é uma das melhores maneiras de perceber se ele está bem de saúde. Dar umas espirradas de vez em quando é normal, tanto para os cães quanto para os gatos, pois eles costumam cheirar plantas, móveis, tapetes e vários outros objetos que possam chamar sua atenção.
Algumas causas de espirros são comuns e não evoluem para grandes problemas para os bichanos, como perfumes fortes, desinfetantes e poeiras. No entanto, os espirros podem sinalizar doenças contagiosas, como o Complexo Respiratórios Felino. Corpos estranhos também são responsáveis por espirros constantes, já que o organismo do animal tenta expulsar o que está incomodando as vias aéreas.
Nos casos de gato espirrando, observar se há mais sintomas pode ajudar muito a entender o que está acontecendo com o bichano. A ajuda do médico veterinário será necessária, pois ele saberá diferenciar as principais doenças causadoras de espirros. A presença de secreção nasal, respiração ofegante e com a boca aberta, falta de apetite, alteração na voz, além de outros sintomas, podem auxiliar na diferenciação das diversas doenças que possuem o espirro como sintoma. E para ajudar os leitores gateiros a ficarem por dentro do assunto, o PeritoAnimal elaborou este artigo sobre Meu gato está espirrando: o que fazer? Fique por dentro!
Gato espirrando: o que pode ser?
Complexo respiratório felino
É um conjunto de doenças infecciosas altamente contagiosa entre os gatos, cuja etiologia são bactérias e/ou vírus isolados ou em associação. Os gatos infectados podem apresentar sintomas como febre, espirros, tosse, vocalização rouca, secreção nasal e ocular, falta de ar, conjuntivite, prostração, falta de apetite, desidratação e apatia. Vários agentes causadores podem estar envolvidos, como patógenos bacterianos (Bordetella bronchiseptica, Chlamydophila felis e Mycoplasma spp) e virais (Calicivírus felino e Herpesvírus felino).
Gatos que vivem em abrigos estão mais predispostos às doenças infecciosas, em função da alta densidade, do estresse e da nutrição inadequada. Como os gatos domésticos são animais caçadores territorialistas e solitários, mantê-los em abrigos fechados gera estresse e confrontos entre eles. Além disso, a proximidade entre os animais favorece a disseminação de doenças e dificulta o seu controle. Nesses casos, a identificação de um animal espirrando já é suficiente para que ele seja isolado até que a causa seja descoberta e tratada. Manter o gato doente em um local separado, aquecido e com os cuidados necessários facilita a sua cura e evita que a doença seja transmitida para os demais gatos do abrigo.
Alergias
A alergia é uma desregulação do sistema imune, onde uma substância que deveria ser considerada inócua causa uma reação exagerada, liberando mediadores inflamatórios e histamina. Essas substâncias causam espessamento do epitélio das vias aéreas, vasodilatação, edemaciação e aumento da produção de muco, provocando broncoespasmos. Reações alérgicas graves podem levar o animal ao quadro de angústia respiratória, sendo uma emergência médica.
Corpos estranhos
Corpos estranhos no nariz e ao longo do sistema respiratório causam bloqueio do fluxo de ar, além de espirros, na tentativa do corpo em expulsar o que está atrapalhando a respiração. Objetos estranhos, como pedaços de grama, podem ser expelidos com os espirros, enquanto os objetos maiores precisarão de auxílio do médico veterinário para sua retirada.
Como saber se o gato está com gripe?
Para saber se o gato está gripado, vários fatores deverão ser considerados: fatores ambientais, idade do gato, introdução de novos gatos no ambiente e manejo dos animais (se fizeram quarentena, se ficam no mesmo ambiente).
O diagnóstico pode ser feito pelo médico veterinário de forma presuntiva, por meio da observação dos sinais clínicos. Exames laboratoriais também podem ser realizados com amostras de secreção nasal e ocular.
Gato espirrando com a boca aberta é perigoso?
Quando o gato fica respirando com a boca aberta é porque suas narinas estão obstruídas com secreções. Além disso, ele pode estar com muita dificuldade respiratória, em casos de pneumonia, asma ou bronquite.
Não hesite em levar o seu bichano rapidamente para o médico veterinário, pois ele pode estar muito mal! Além disso, será necessário o mínimo de estresse possível nesse transporte até o consultório, para que ele não piore a sua respiração.
Coloque o gato da forma mais delicada possível na caixa de transporte e evite ficar em lugares barulhentos até que ele seja atendido.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Schmeling, N.H. et al. Complexo de doença respiratória felina – Revisão de literatura. II Congresso Nacional de Especialidades Veterinárias On-Line. Revista Multidisciplinar de Saúde, v.4, n.2, 2023. Disponível em https://ime.events/convesp2023/pdf/17737. Acesso em 1o de setembro de 2025.
- Ferraz, C.P. et al. Manejo do complexo respiratório felino em abrigos. Medicina Veterinária do Coletivo, Clínica Veterinária, n.145, 2020. Disponível em https://mvabrigosbrasil.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Manejo-do-complexo-respiratorio-felino-em-abrigos.pdf. Acesso em 1o de setembro de 2025.
- Sousa, F.G. et al. Disfunções respiratórias felinas: caracterizando e diferenciando a asma e bronquite felinas. Veterinária e Zootecnia, v.21, 2024. Disponível em https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/1571/1071. Acesso em 1o de setembro de 2025.
