A mastite em cadelas - Sintomas e tratamento
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A mastite canina é uma das doenças mais comuns que afetam as cadelas lactantes, que tenham dado à luz recentemente e, pode inclusive ocorrer em cadelas que não estejam grávidas.
Por este motivo, se temos uma cadela como membro da família é importante conhecer os sintomas que causam esta condição, o tratamento e os cuidados que devemos oferecer à cadelinha para minimizar os incômodos desta doença.
Neste artigo do PeritoAnimal te explicaremos mais sobre a mastite em cadelas para que você saber os sintomas, tratamentos e como deve agir se a sua cadela estiver sofrendo com esta doença. Boa leitura!
Índice
O que é a mastite em cadelas
A mastite é uma infecção das mamas que normalmente ocorre durante a gravidez e a lactação da cadela ou quando acontece uma gravidez psicológica. A causa principal da doença é a diminuição das defesas que a mãe sofre depois do parto dos seus filhotes e pode ocorrer em uma ou mais mamas.
Esta falta de defesas faz com que germes chamados de estafilococos se instalem no leite materno e daí passem para as mamas causando uma dolorosa infecção na cadela.
Em muitos casos, quando os filhotes mamam, eles empurram instintivamente as mamas com as patas para extrair o leite, arranhando assim o mamilo da sua mãe com suas unhas afiadas. É nesse momento que pode ocorrer uma mastite, que se não for tratada corretamente pode acabar afetando também os filhotes. O leite torna-se tóxico para eles, podendo acabar inclusive com sua vida.
Os sintomas da mastite canina
Saber identificar os sintomas da mastite na nossa cadela é fundamental para diagnosticar a doença e iniciar o tratamento o quanto antes, aliviar o seu mal-estar e salvar a vida dos pequenos recém-nascidos.
Se você suspeita que a cadela pode estar sofrendo de mastite, preste atenção ao primeiro dos sintomas desta grave doença: a falta de apetite na cadela afetada. Esta falta de apetite pode provocar, ainda, a consequente perda de peso na cadela, deixando-a também triste e apática, condições que poderiam ser confundidas com os sintomas típicos de uma depressão. Para evitar esta confusão, você deve prestar especial atenção a outros sintomas:
- Vômitos
- Diarreias
- Mal-estar
- Aumento do ritmo cardíaco
- Temperatura alta
- Febre
- Apatia
- Dor nos mamilos
- Irritabilidade
Embora todos estes sintomas em conjunto sejam uma prova de que a nossa cadela sofre de mastite canina, sem dúvida que a dor nos mamilos é a indicação mais clara e, por sua vez, a mais perigosa, uma vez que a cadela pode deixar de alimentar os filhotes.
Além disso, outra consequência grave é a toxicidade do leite da progenitora, que pode originar intoxicação dos filhotes, o aparecimento de tumores nas mamas e inclusive a morte dos filhotes recém nascidos.
Tipos de mastite canina
A mastite canina pode ser classificada em dois grupos: a clínica e a subclínica. O primeiro é subdividido em três fases: a mastite aguda, a crônica e a gangrenosa. [2]
Mastite aguda - Nela, as glândulas mamárias ficam visivelmente maiores, inchadas, mais quentes e dolorosas para a cadela. Além disso, a secreção da glândula é marrom, podendo conter pequenas quantidades de pus e sangue e, consequentemente, os filhotes podem apresentar a síndrome do leite tóxico por causa da infecção bacteriana do leite materno. É comum ocorrer, ainda, febre, apatia e perda de apetite.
Mastite gangrenosa - Normalmente é uma consequência de uma mastite aguda que não foi tratada. Nesta situação, as glândulas mamárias podem se tornar ulceradas e necrosadas. Nesta fase há produção de puz e formação de abcessos e as glândulas mamárias sofrem alterações de cor, ficando um pouco mais escuras, frias e com um mau-cheiro forte. É uma mastite bastante agressiva.
Mastite crônica - Ainda há poucos estudos sobre a mastite crônica em cadelas, mas ela pode ser resultado de casos agudos menos graves da doença ou, ainda, estar relacionada à neoplasia mamária - um processo patológico que pode gerar tumores benignos ou malignos no animal. Nestes casos, a mama pode ficar levemente inflamada ou inchada e também representa um risco aos filhotes, podendo causar a morte deles por intoxicação ou impedir seu crescimento satisfatoriamente, pois o leite perde uma série de propriedades e torna-se menos nutritivo.
Por sua vez, a mastite subclínica é imperceptível, pois não há sinais da doença. Esta forma da mastite canina é bastante comum, e o principal indicativo são o lento crescimento dos filhotes e o ganho de peso abaixo do esperado. Neste tipo da doença, não há alterações nas mamas, o que dificulta a detecção do problema.
Tratamento da mastite nas cadelas
Se você tem a mínima suspeita de que a sua cadela está sofrendo de mastite canina, a primeira coisa que deve fazer é levá-la ao seu veterinário de confiança para que lhe realizem um exame físico, uma análise de sangue e um cultivo bacteriano.
O tratamento a seguir é a administração de antibióticos para combater a infecção e a aplicação de compressas de água quente que melhorem o estado das mamas.
Não receber um tratamento veterinário adequado pode resultar em um caso extremo de remoção das mamas afetadas e de alimentação artificial para os filhotes, que é um processo difícil para o tutor, pois envolve muito tempo e esforço.
Prevenção da mastite canina
Devemos ter bastante claro do ponto de vista ético que utilizar a nossa cadela para procriar de maneiras seguidas é uma má prática. Doenças como a mastite ou outras refletem que este processo deve ser levado a cabo por pessoas qualificadas e centros aprovados como no caso dos criadores. Além disso, a quantidade desproporcionada de cachorros (incluindo filhotes) em milhões de refúgios de todo o mundo faz com que a criação e venda irregular em uma casa seja um ato insensível, irresponsável e ainda pode gerar multas de acordo com a legislação de cada estado.
No Paraná, por exemplo, a Lei Municipal de maus-tratos número 10.712 estabelece que a pessoa que atua com a reprodução, criação e venda sem alvará autorizado para exercício da atividade pode ter os animais apreendidos e ser multada em R$ 2 mil para cada cachoro ou gato.[1]
Para prevenir adequadamente o aparecimento da mastite canina devido a infecções, parasitas ou bactérias é importante limpar as mamas da cadela com gazes úmidas com regularidade. Confira os mamilos da progenitora diariamente e corte com cuidado as unhas dos filhotes para evitar arranhões nesta zona tão delicada.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- RIC MAIS. Mundo Animal. CRIAÇÃO E VENDA IRREGULAR DE ANIMAIS GERAM MULTA DE R$ 2 MIL. Disponível em: <https://ricmais.com.br/noticias/criacao-e-venda-irregular-de-animais-geram-multa-de-r-2-mil/>. Acesso em 15 de outubro de 2020.
- DA SILVA, Bruna Fernandes et al. Mastite Canina: Uma Revisão. Disponível em: <http://scientia-amazonia.org/wp-content/uploads/2018/12/v.-8-n.1-MV1-MV7-2019.pdf>. Acesso em 15 de outubro de 2020.
Minha cadela buldogue inglês de 1 ano está com mastite, já leve ela na veterinária e está tomando remédios. Um pra secar o leite e outros 2 pra tratar a mastite identificada no retorno da consulta. 
