Tumor de pele em cães - Causas e tratamento

A pele é um órgão de grande complexidade, exercendo várias funções. Ela é constituída de vários tipos de células diferentes, que se encontram em constante exposição a fatores agressores do ambiente. Nos cães, os tumores de pele acontecem frequentemente na de forma cutânea e subcutânea. Mas o que é um tumor de pele? Pode ser definido como “tumor de pele” qualquer crescimento anormal ou alteração na pele, resultante de mutações nas células cutâneas, fazendo com que estas se multipliquem de forma desordenada e anormal.

O crescimento do número de tumores de pele diagnosticados em cães deve-se principalmente ao fato de que nossos amigos estão vivendo mais, devido principalmente a uma nutrição adequada, vacinação segura, tratamentos de doenças modernos e eficientes e uma maior dedicação dos tutores.

Os tumores de pele formam-se devido a fatores exógenos, como exposição a agentes carcinogênicos físicos (exposição aos raios solares), químicos (tabaco) e biológicos (infecções por agentes) e por fatores endógenos como alterações genéticas (ativação de oncogenes e inibição de genes supressores). A pele apresenta um alto índice de proliferação e regeneração celular, sendo um fator causal de mutações e propiciando o surgimento de tumores.

Raças de cachorro mais predispostas a ter tumores de pele

Algumas raças são consideradas predispostas ao desenvolvimento de tumores de pele, como o poodle, o pastor alemão e o pinscher. Cães sem raça definida também podem desenvolver neoplasias cutâneas, principalmente os de pelagem branca.

Os tumores de pele podem apresentar características bem diferenciadas, dependendo do tipo celular atingido. Alguns tumores podem se apresentar como pápulas, placas esbranquiçadas, podem possuir aspecto verrucoso, podem ser nódulos pigmentados, ulcerados, firmes ou flutuantes, com sangramento, solitários ou não, semelhantes a cistos e com áreas sem pelos.

A localização do tumor de pele em cães pode variar com o tipo de neoplasia. Por exemplo, o papiloma cutâneo pode se localizar em qualquer parte do corpo, como cabeça, pálpebras e patas, sendo comum principalmente na boca. Já o papiloma cutâneo invertido, que ocorre frequentemente em animais jovens, apresenta lesões mais comumente na região abdominal ventral e inguinal.

O local onde ocorre a lesão não pode servir como parâmetro para diagnóstico, pois deverá ser realizado o estudo histopatológico para que a morfologia das células seja analisada por um especialista no assunto.

Alguns tumores de pele em cães possuem aspecto tão característico que podem auxiliar o médico veterinário no diagnóstico. No entanto, apesar de alguns deles apresentarem localização mais comum em certas partes do corpo, a biópsia deverá ser feita em todos os casos, pois somente dessa forma será possível dizer se é benigno ou maligno.

Em alguns casos, a biópsia poderá ser substituída pela própria retirado do tumor (tumores pequenos), que deverá ser enviado para estudo histopatológico. Neoplasias maiores poderão passar por biópsia antes que sejam removidas, para que alguns cuidados adicionais sejam tomados antes, durante e após a cirurgia de retirada do tumor.

Pomadas com antibióticos, antifúngicos e corticoides não possuem efeito sobre o câncer de pele em cães. Esses medicamentos podem ser utilizados como auxiliares quando houver complicações, como uma infecção bacteriana secundária em uma neoplasia cutânea. O câncer de pele deverá ser retirado cirurgicamente e o tratamento posterior deverá ser determinado pelo veterinário oncologista conforme o resultado da biópsia. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de cura. Nunca trate seu amigo peludo sem a orientação do veterinário, pois isso pode mascarar sintomas e permitir o diagnóstico correto apenas quando não houver mais cura.

A melhor forma de prevenir tumores cutâneos é evitar agressões à pele do cachorro. Mas como fazer isso?

• Evitar tomar sol nos horários mais quentes do dia
• Não expor os animais a substâncias nocivas, como o tabaco
• Não utilizar produtos de higiene agressivos (usar produtos formulados para cães)
• Manter uma boa alimentação e exercícios físicos.

Animais brancos devem utilizar protetor solar e evitar tomar sol. A pele do nariz e a ponta das orelhas desses cachorros ficam bastante expostas à radiação ultravioleta, fator agressor e causador de câncer de pele. Procurar ajuda ao menor sinal de tumores de pele também é muito importante, pois enquanto a neoplasia estiver pequena, sua retirada será mais simples e o tratamento mais efetivo quando realizado precocemente.

Agora que você conhece mais sobre o tumor de pele em cães, não perca nosso outro artigo no qual falamos sobre as doenças de pele mais comuns em cachorros.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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