Pênfigo em cães - Causas, sintomas e tratamentos
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As doenças de pele são algumas das doenças mais temidas pelos donos de cachorros. Elas não apenas deterioram a aparência física do animal, mas também podem reduzir significativamente sua qualidade de vida, comprometendo sua saúde de maneira perigosa. Sabe-se que o manejo geral das doenças da pele é bastante complicado, porque muitas lesões na pele são semelhantes e isso tende a confundir as pessoas. Em muitos casos, o desenvolvimento da doença dificulta a identificação precoce e, quando o tutor percebe, é um pouco mais difícil para o veterinário realizar uma resolução rápida e eficiente.
Neste artigo do PeritoAnimal, falaremos sobre uma doença de pele bastante popular na medicina veterinária que se chama "pênfigo". Conheça todas as informações sobre o pênfigo em cães, seus sintomas e tratamentos.
O que é o pênfigo em cães?
O complexo pênfigo é uma condição tegumentar autoimune (hipersensibilidade do tipo II), caracterizada pelo aparecimento de certas lesões que geralmente são muito variadas. As lesões podem variar de vesiculobolosas/pustulares (bolhas e pústulas) a erosivas/ulcerativas (úlceras).
É uma doença pouco frequente, mas bastante estudada devido à sua patologia. Por ser uma doença autoimune, os exames histológicos realizados para confirmar a doença mostram anticorpos que, neste caso, perdem sua função e atacam células e tecidos saudáveis do corpo . Portanto, se os anticorpos afetados forem encontrados em camadas mais profundas da pele, a doença se manifestará de maneira mais séria. Deve-se notar que, em algumas ocasiões, o tecido gengival também pode ser afetado.
O sintoma mais associado ao pênfigo é a acantólise, que é definida como a separação e a decomposição das células da pele devido aos depósitos de anticorpos presentes.
Tipos de pênfigo em cães
De acordo com as lesões que ocorrem, o pênfigo em cachorros pode ser classificado da seguinte maneira:
- Pênfigo foliáceo: Nesse tipo de pênfigo, os anticorpos são depositados nas camadas mais externas da pele, portanto, você notará principalmente lesões superficiais. É o tipo mais frequente de pênfigo em cachorros.
- Pênfigo eritematoso: nesse caso, as lesões são geralmente combinadas. Observam-se lesões superficiais como as do pênfigo foliáceo, mas as úlceras geralmente são mais profundas em certas áreas.
- Pênfigo vulgaris: este tipo de pênfigo apresenta úlceras mais profundas e muito mais graves. Geralmente é mais doloroso e muito característico.
- Pênfigo vegetante: é a forma mais rara de pênfigo e foi relatado que afeta apenas os cachorros. É bastante semelhante ao pênfigo vulgar, mas as lesões são menos graves.
Sinais e sintomas do pênfigo em cães
Os sinais que podemos ver na pele também podem ser diferenciados de acordo com muitos fatores. Evidentemente, são influenciados pelo tipo de pênfigo em questão, mas o estado imunológico do paciente desempenha um papel fundamental na deterioração da pele. A idade, raça e estado nutricional do animal são fatores muito importantes na percepção do desenvolvimento da doença. Os sinais e sintomas do pênfigo em cães de acordo com seus tipos são os seguintes:
Síntomas de pênfigo foliáceo em cães
Normalmente, com esse tipo de pênfigo, geralmente são afetadas as orelhas, as almofadas das patas e a cabeça do cachorro, embora também sejam geralmente vistas lesões generalizadas. Os sintomas são:
- Escamas, úlceras superficiais, pústulas, avermelhamento da pele.
- Crescimento anormal da almofada plantar.
- Bolsas ou cistos cheios de líquido na pele.
- Dor, febre, mal estar geral, andar manco devido à deterioração das almofadas.
Na imagem, observa-se um caso de pênfigo foliáceo.
Sintomas de pênfigo eritematoso em cães
Além de todas as lesões do pênfigo foliáceo, o pênfigo eritematoso pode ser diferenciado pela perda de cor nos lábios. Da mesma forma, a deterioração generalizada geralmente não ocorre nesse tipo de pênfigo, sendo as áreas da cabeça e das orelhas as mais afetadas.
Sintomas de pênfigo vulgar em cães
Como mencionamos anteriormente, esse tipo de pênfigo é o mais sério de todos. As úlceras geralmente se estendem praticamente por toda a pele do cachorro e ganham mais profundidade, razão pela qual é acompanhada por sintomas claros de depressão no paciente, além dos seguintes:
- Febre.
- Depressão.
- Anorexia.
- Inapetência (especialmente se o animal tiver lesões na boca).
- Infecções bacterianas secundárias.
- Coceira excessiva.
Sintomas do pênfigo vegetante em cães
Este tipo de pênfigo canino possui poucos ou nenhum sintoma de doença geral. As lesões costumam ser supurantes e não afetam a boca na maioria dos casos.
O pênfigo em cães é contagioso?
Não, por ser uma doença autoimune, o pênfigo em cães não é contagioso. Nesse ponto, é importante lembrar que é uma doença da pele que ocorre porque certos anticorpos param de desempenhar sua função e atacam células e tecidos saudáveis. Portanto, não há possibilidade de contágio.
Diagnóstico do pênfigo em cães
O diagnóstico desta doença de pele baseia-se na correta anamnese eem exames laboratoriais, uma vez que as lesões produzidas na pele podem ter muitas causas. A localização das lesões pode orientar corretamente o veterinário que pode ter em mente o diagnóstico de pênfigo, mas a decisão final depende do laboratório. A biópsia da pele é indicada, bem como o uso da lâmpada de Wood, um instrumento utilizado para descartar condições associadas a fungos no cachorro. Mesmo quando apenas a pele está sendo afetada, o veterinário pode ter mais informações sobre seu paciente realizando um exame hematológico completo.
Existem dois exames muito importantes no diagnóstico de doenças de origem imunológica, e eles são utilizados quando o pênfigo entra no diagnóstico presuntivo. Esses testes (imunofluorescência direta e imuno-histoquímica) tornam possível saber com certeza se existem depósitos de imunoglobulinas afetando o tecido, o que ajuda muito o médico veterinário a alcançar seu diagnóstico final.
Como curar o pênfigo em cães? - Tratamento
Ainda hoje, existe muita controvérsia no tratamento do pênfigo em cachorros, no entanto, não há dúvidas de que as terapias imunossupressoras são as mais seguras e amplamente utilizadas pelos veterinários. Existem várias estratégias farmacológicas para combater doenças imunomediadas e os glicocorticóides ganharam mais destaque nessa área, sendo as drogas de preferência para tratar o pênfigo em cachorros.
Além de estabelecer uma terapia imunossupressora, deve-se levar em consideração se as lesões não apresentam infecções secundárias, que devem ser tratadas com antibióticos de acordo com o caso. Foi relatado que alguns pacientes com pênfigo podem precisar de tratamento de suporte ao longo da vida. Da mesma forma, será o especialista quem determinará como curar as feridas produzidas pela doença na pele.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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