Os cães mais perigosos do mundo
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Atualmente, muitos países possuem uma legislação específica sobre a posse de cães potencialmente perigosos. Por isso, também é cada vez mais comum que as pessoas se perguntem quais são os cães mais perigosos do mundo antes de adotar, especialmente quando se trata de um cão robusto cuja presença é imponente à primeira vista. Esse tipo de classificação gera grande controvérsia, já que o comportamento de um cão não é determinado por sua raça.
No entanto, embora a herança genética possa influenciar o temperamento de um cão, a socialização do filhote e a educação fornecida por seus cuidadores são fatores determinantes. Por isso, mais do que promover estereótipos sobre algumas raças caninas, o mais importante para uma posse responsável é conscientizar sobre a necessidade de educar e socializar os cães desde cedo, além de proporcionar os cuidados essenciais com a sua saúde.
No PeritoAnimal, não consideramos que existam cães "maus" ou "perigosos" por natureza. Independente da raça, sexo, idade ou linhagem, um cão pode manifestar comportamentos agressivos e representar um risco para as pessoas ao seu redor quando é vítima de um manejo irresponsável por parte dos humanos e/ou quando é submetido a um ambiente negativo, no qual não pode se desenvolver com segurança e confiança.
Portanto, neste post compartilhamos uma lista com as raças de cães consideradas potencialmente perigosas na maioria dos países e comunidades que aprovaram uma legislação específica para orientar tutores a controlar cães com musculatura muito desenvolvida e mandíbulas poderosas. Quais são os cães mais perigosos do mundo? Descubra a seguir.
- American pit bull terrier
- Rottweiler
- American staffordshire terrier
- Fila brasileiro
- Dogo argentino
- Mastim tibetano
- Dogue canário
- Mastim inglês
- Tosa Inu
- Pastor-do-cáucaso
American pit bull terrier
Infelizmente, os pitbulls são os que mais sofreram com a má fama que se atribui à maioria dos cães considerados potencialmente perigosos. Isso se deve, geralmente, a um manejo irresponsável por parte de seus cuidadores. Como veremos nesta lista, vários desses peludos estão classificados entre as raças de cães mais perigosas do mundo.
O cão american pit bull terrier (APBT) é uma das raças mais conhecidas do mundo. Apesar dos inúmeros mitos falsos sobre o pitbull que existem, a verdade é que se trata de um cão amigável, ativo, divertido e equilibrado, que adora se sentir acolhido e amado em um ambiente familiar. Quando são educados e socializados desde filhotes, podem se dar muito bem com crianças e conviver pacificamente com outros animais.
De fato, um estudo realizado pela American Temperament Society, no qual mais de 400 raças caninas foram analisadas, revelou que o APBT é um dos cães mais tolerantes. Seus resultados nos testes foram muito semelhantes aos de cães considerados estáveis e familiares, como o golden retriever e o beagle.
Rottweiler
Por seu grande porte, corpo musculoso e força ou sua poderosa mandíbula, o rottweiler é considerado um dos cães mais fortes do mundo. No entanto, sua impactante presença esconde um caráter calmo, seguro, muito corajoso e leal aos seus tutores. Esses cães costumam formar um vínculo muito especial com seus familiares, a quem defenderão com notável bravura.
Suas características morfológicas e o manejo irresponsável por parte de muitos cuidadores fizeram com que o rottweiler fosse considerado um cão potencialmente perigoso na Espanha e em muitos outros países. No entanto, ele está entre os 10 cães mais inteligentes e obedientes do mundo. Sua confiança facilita o treinamento, o que faz dele um cão fácil de adestrar.
American staffordshire terrier
O american staffordshire terrier, também conhecido como "amstaff", está intimamente relacionado ao pitbull. Da mesma forma, assim como muitos outros terriers do tipo bull, como o staffordshire bull terrier (ou "staffy") e o bull terrier inglês, ele está entre os cães mais perigosos do mundo.
Algumas dessas raças foram criadas para participar em lutas de cães, o que contribuiu para sua atual "má fama". No entanto, quando socializados desde filhotes e educados corretamente através do reforço positivo, esses cães demonstram um comportamento equilibrado e aprendem a respeitar as regras do lar, convivendo harmoniosamente com seus familiares.
Fila brasileiro
O fila brasileiro é uma das raças caninas brasileiras mais reconhecidas globalmente, seja por seu porte físico impressionante ou por fazer parte das listas de raças de cães mais perigosos do mundo. Esses cães possuem uma personalidade forte e um temperamento um pouco complexo, mas isso não significa que sejam agressivos. Não se deve confundir um problema de comportamento, como a agressividade, com um traço da personalidade de um cão.
No seu núcleo familiar, o fila brasileiro é um cão afetuoso e devoto aos seus entes queridos, demonstrando, além disso, uma grande paciência no trato com as crianças. No entanto, na presença de estranhos, esses cães se mostram desconfiados devido ao seu forte instinto territorial e protetor em relação à família. Por isso, essa é uma raça recomendada apenas para tutores experientes, que tenham tempo e paciência para proporcionar uma boa educação desde os primeiros meses de vida. Além disso, a socialização precoce será fundamental para o comportamento de um fila, permitindo que ele se relacione positivamente com as pessoas e os estímulos do seu ambiente.
Dogo argentino
O dogo argentino é a única raça de cães da Argentina que não se extinguiu. Esse molosso do tipo dogue chama a atenção por seu aspecto poderoso, com uma musculatura bem desenvolvida, e sua pelagem inteiramente branca (embora seja permitida uma mancha de cor escura ao redor do olho, que não deve ultrapassar 10% da superfície da cabeça).
Os antecessores do dogo argentino são os já extintos cães lutadores da Córdoba, que eram muito utilizados nas lutas de cães na província argentina de Córdoba no início do século XX. No entanto, o Dr. Antonio Nores Martínez decidiu cruzá-los com outras raças visando otimizar sua força e resistência, assim como melhorar a estabilidade de seu caráter. Supõe-se que o dogo argentino atual tenha influências de raças como o pointer, o dogue alemão, o bull terrier, o boxer, o bulldog inglês e o mastim dos Pirineus, entre outros.
Apesar de seu passado como cão de briga e de caça de grande porte, o dogo argentino se adaptou muito bem à rotina como cão de companhia, devido ao seu temperamento afetuoso e leal. Esses cães criam um vínculo muito especial com seus tutores e familiares, a quem protegerão e adorarão com sua característica bondade e coragem. Quando socializados desde filhotes, revelam-se muito pacientes com crianças, com quem gostam de brincar por longos períodos, e tolerantes com outros animais.
Mastim tibetano
O mastim tibetano, ou mastiff tibetano, é um cão gigante muito antigo, cujo surgimento está associado aos antigos pastores nômades do Himalaia e aos mosteiros do Tibete, onde eram treinados para funções de guarda e proteção. Sua força, robustez e pelagem abundante são, possivelmente, as características mais marcantes dessa raça, cujo padrão oficial da FCI descreve como sendo de aparência solene e força majestosa.
Se você está considerando a possibilidade de adotar um cão dessa raça, é importante saber que o mastim tibetano é um cão independente. Logicamente, isso não significa que ele não aprecie a companhia de seus tutores ou familiares. Muito pelo contrário: é um cão tranquilo, cujo instinto protetor o leva a estabelecer uma relação de extrema lealdade com os seus, mas jamais agirá como um "cão de colo". Ele precisará que respeitemos seu caráter autônomo. Além disso, a socialização precoce será fundamental na educação de um mastim tibetano, já que ele tende a ser um cão que late bastante e tem traços territorialistas devido ao seu passado como guardião.
Dogue canário
Outra das raças de cães perigosos é o dogue canário. O dogue canário é uma raça de cão espanhol que é considerada o símbolo nacional da Ilha de Gran Canária. Posteriormente, já no século XVIII, esses cães nativos foram cruzados seletivamente com cães do tipo bull trazidos da Inglaterra. Estima-se que o padrão atual esteja bastante distante dos originais presa canários.
Neste caso, estamos diante de um cão muito grande e tranquilo, que no passado foi selecionado e desenvolvido como cão de briga. Também falamos de um cão tímido com estranhos, mas fiel a seus tutores. Ele tende a ser independente no dia a dia, algo que devemos respeitar, sem, é claro, descuidar de sua socialização e educação.
Mastim inglês
O mastim inglês, mastiff inglês ou, simplesmente, "mastiff", é uma raça canina originária da Grã-Bretanha, especialmente popular. Inicialmente, foram criados para ajudar os guardas florestais a se protegerem e facilitar seu trabalho. Seus bons resultados nessa função fizeram com que a popularidade da raça crescesse rapidamente, e o bullmastiff passou a ser treinado como guardião de propriedades, lares e de suas famílias.
À primeira vista, já é possível perceber que estamos diante de um cão grande, poderoso e com muita força, cuja presença pode inspirar medo em estranhos. Devido às suas origens e ao seu histórico de treinamento como guardião, o mastiff é um cão muito protetor, afetuoso e leal aos seus familiares, mas tende a se comportar de maneira cautelosa. Por essa razão, o mastim inglês deve ser corretamente socializado desde os seus primeiros meses de vida, e é recomendado apenas para tutores mais experientes.
Tosa Inu
O tosa inu, também chamado de "tosa japonês", é um cão de grande porte e notável robustez, com uma musculatura bem desenvolvida e mandíbulas poderosas. Seu corpo alto e de linhas harmoniosas lhe confere um aspecto elegante, mas devido à sua força e características morfológicas, o tosa inu é considerado um dos cães mais perigosos do mundo.
No entanto, seu caráter é equilibrado, corajoso e afetuoso com seus familiares, e ele costuma se relacionar muito bem com crianças, desde que receba uma boa educação que o permita assimilar as regras do lar e dos jogos. Na presença de estranhos, porém, seu instinto protetor faz com que o tosa inu se comporte de forma desconfiada. Por isso, a socialização é um dos cuidados mais importantes a se ter em mente ao adotar um cão dessa raça.
Pastor-do-cáucaso
O pastor-do-Cáucaso, também conhecido como pastor caucasiano, é uma raça de cão russo do tipo molosso, originada nas regiões atravessadas pelas Montanhas do Cáucaso, sendo particularmente reconhecido na Rússia, Armênia, Geórgia e Azerbaijão. Inicialmente, esses cães foram treinados como cães pastores para proteger e organizar os rebanhos, além de vigiar e defender a propriedade de seus donos.
Fechamos nossa lista dos cães mais perigosos do mundo destacando que o pastor-do-Cáucaso não é uma raça recomendada para tutores sem experiência, pois sua educação requer tempo, paciência e certos conhecimentos sobre adestramento e educação canina.
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- Schoening, Barbara. (2006). Evaluation and prediction of agonistic behaviour in the domestic dog, University of Bristol, Disponible en: https://research-information.bristol.ac.uk/en/theses/evaluation-and-prediction-of-agonistic-behaviour-in-the-domestic-dog(23316504-ed58-4004-8a77-0242644c2c4d).html