Mitos sobre gatos

Quem nunca ouviu dizer que os gatos têm 7 vidas? Com certeza, esse é o mito sobre gatos mais difundido ao redor mundo. Talvez a lenda tenha se originado pela agilidade e habilidade dos felinos para escapar ou evitar acidentes e golpes fatais... Ou talvez provenha de alguma história mitológica, quem sabe?

Mas o fato é que os gatos têm somente 1 vida, igual a nós e a todos os outros animais. Além disso, são animais delicados que necessitam receber uma medicina preventiva adequada e os cuidados específicos com sua alimentação e higiene para desenvolverem-se bem. Um felino criado num ambiente negativo pode facilmente desenvolver sintomas associados ao estresse.

Apesar da lactose ter ganhado certa "má fama" nos últimos anos, ainda persiste a imagem do gato tomando leite em sua tigela. Por isso, muita gente segue se questionando se os gatos podem beber leite de vaca.

Todos os mamíferos nascem preparados para tomar o leite materno, e esse é o seu melhor alimento enquanto são bebês. Mas, seu organismo muda a medida que se desenvolve e adquire novas necessidades nutricionais e, consequentemente, diferentes hábitos alimentares. Durante o período de amamentação (quando são amamentados pela mãe), os mamíferos produzem uma grande quantidade de uma enzima chamada lactase, cuja função é, justamente, digerir a lactose do leite materno. Porém, quando chega o momento do desmame, a produção dessa enzima diminui progressivamente, preparando o organismo do animal para a transição alimentar (deixar de consumir o leite materno e começar a alimentar-se por conta própria).

Embora alguns gatos possam continuar produzindo determinada quantidade da enzima lactase, a maioria dos machos adultos são alérgicos a lactose. O consumo de leite, para esses animais, pode gerar problemas gastrointestinais severos. Por isso, outro dos mitos sobre gatos é o de que o leite é um alimento adequado para eles. Podemos optar pelas rações comerciais especialmente elaboradas para suprir suas necessidades nutricionais, como também incrementar sua dieta com receitas caseiras para uma alimentação natural.

Esta afirmação falsa deriva dos tempos remotos da Idade Média, quando o gato preto era associado a prática de bruxaria. Além de ser um preconceito, traz efeitos muito negativos, pois é uma realidade que os gatos pretos são menos adotados devida a essa crença mítica.

Existem vários argumentos para evidenciar que essa afirmação é um mito. Primeiramente, a sorte não tem nada a ver com a cor ou com um animal de estimação. Além disso, a cor de um gato é determinada por sua herança genética, que também não se relaciona com a boa ou má sorte. Mas, a melhor maneira de constatar a falsidade desse mito sobre gatos é adotando um felino preto. Aqueles que já tiveram a oportunidade de conviver com esses gatos sabem muito que seu caráter único trás muitas alegrias para o nosso lar, e nada de má sorte.

Embora os gatos possam cair de pé muitas vezes, essa não é uma regra. De fato, os gatos são donos de um esqueleto muito flexível, o que lhes permite ter excelente mobilidade e suportar algumas quedas. Mas, muitas vezes, a posição que um animal chega ao solo depende da altura que ele cai.

Se o felino tiver tempo para dar a volta sobre seu próprio corpo antes de atingir o solo, ele poderá cair parado. No entanto, qualquer queda pode representar um risco ao seu bem-estar, e cair de pé não garante que o animal não se lesione.

Além disso, os gatos só desenvolvem esse reflexo instintivo de orientação denominado "endireitamento" (girar rapidamente sobre seu próprio eixo ao cair), a partir de sua 3ª semana de vida. Por isso, as quedas costumam ser especialmente perigosas para os gatos filhotes, e devem ser evitadas durante toda a vida do animal.

Este falso mito fez com que muitos gatos fossem abandonados por tutoras que ficaram grávidas. A origem dessa afirmação estaria no suposto risco de transmissão de uma patologia chamada toxoplasmose. Em termos muito simples, se trata de uma doença ocasionada por um parasita (o Toxoplasma gondii), cuja principal forma de contaminação é a partir do contato direto com as fezes de gatos infectados.

No entanto, a toxoplasmose é, na verdade, pouco frequente nos felinos domésticos que consomem rações comerciais e contam com uma adequada medicina preventiva. Então, se um gato não é portador do parasita patógeno, não há risco de transmissão para uma mulher grávida. Além disso, se essa mulher já apresenta imunização relativa ao parasita da toxoplasmose, não tem a possibilidade de infectar-se.

Para saber mais sobre o tema Toxoplasmose e grávidas, recomendamos nosso artigo: "Grávida pode ter contato com gatos?"

Apesar dos gatos desenvolverem naturalmente muitas habilidades e comportamentos instintivos característicos de sua espécie, isso não significa que eles podem aprender sozinhos Na verdade, o adestramento não somente é possível, como também absolutamente recomendável para nossos felinos. Uma educação adequada ajudará seu gato a adaptar-se à vida doméstica, evitará que ele fuja e que desenvolva condutas agressivas. Assim, este é mais um dos falsos mitos sobre gatos.

A traição não tem qualquer relação com o comportamento de um gato. Os felinos têm um caráter independente e costumam manter hábitos solitários. Isso não significa que um gato não se importe com seu tutor ou não sinta afeto; certas características são simplesmente inerentes à sua natureza. No entanto, a domesticação tem mudado (e segue mudando) muitos aspectos do comportamento dos gatos, incorporando boas noções de cooperação e convivência.

Também não é justo comparar a personalidade de um gato com o de um cão; são animais diferentes, com formas de vida e etogramas diferentes. Os cães, aprenderam a viver em matilhas para garantir a sobrevivência de sua espécie. Isso faz com que reconheçam e respeitem o papel de um "alfa", ou seja, de um líder. Já os gatos, assim como seus parentes felinos, estão preparados para caçar e sobreviver por conta própria, e costumam evitar se expor a indivíduos e contextos desconhecidos para se protegerem.

Como mencionado anteriormente, a vida doméstica e uma adequada socialização precoce, podem moldar certos aspectos do comportamento de felinos e caninos. Se um gato é devidamente apresentado a um cão durante (de preferência quando ainda é um filhote, antes de suas 8 primeiras semanas de vida), aprenderá a enxergá-lo como um ser amigável. Assim, outro dos mitos sobre gatos é de que é impossível um felino e um cachorro serem amigos.

Os olhos humanos possuem 3 tipos de células receptoras de cores: as células cone azul, as células cone vermelhas e as células cone verde. Isso explica por que somos capazes de distinguir uma enorme quantidade de cores e tonalidades.

Os felinos e os cachorros não possuem o cone vermelho, portanto eles se tornam incapazes de perceber as tonalidades de rosa e vermelho. Eles também têm dificuldade de reconhecer a intensidade e a saturação das cores. Mas, é falso o mito de que os gatos enxergam branco e preto, já que distinguem tonalidades de azul, verde e amarelo.

Esta afirmação é, na verdade, bastante perigosa. No entanto, é comum escutar que os gatos não precisam de uma adequada medicina preventiva, graças a resistência de seu organismo. Embora sejam animais fortes e independentes, eles podem ser muito delicados.

Assim como qualquer outro animal de estimação, os gatos requerem cuidados com sua alimentação, higiene, vacinação, desparasitação, higiene bucal, atividade física, estimulação mental e socialização. Portanto, é um grande mito que os gatos "dão menos trabalho" que os cães: o grau de dedicação depende dos tutores, e não do animal.

Além dos que já citamos, existem outros mitos sobre gatos que muitos tutores julgam ser verdades universais:

• Gatos são alérgicos à água
• Gatos não precisam de cuidados veterinários regulares - Desmistificando esse equívoco comum
• Gatos são solitários por natureza
• Gatos sempre arranham móveis
• Gatos podem ver no escuro total
• Gatos podem ser deixados sozinhos por dias

Agora que você já conhece diferentes mitos sobre gatos, não perca o vídeo a seguir com 100 curiosidades sobre gatos:

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