Por que os gatos somem quando vão morrer?

Por muito tempo, o termo “solitário” foi utilizado para caracterizar o gato doméstico. Este termo é utilizado em biologia para espécies em que os indivíduos não formam grupos duradouros ou laços com seus pares, mas vivem a maior parte de suas vidas em um estado solitário, onde machos e fêmeas geralmente ocupam territórios separados e se encontram apenas para o acasalamento. No entanto, mesmo sendo caçadores solitários (devido ao seu tamanho e suas necessidades energéticas), os gatos apresentam fases gregárias e formas pré-sociais de organização de grupos que são importantíssimas para as interações com o ambiente onde vivem.

Apesar de mais social atualmente, muito do comportamento do gato foi herdado pelos seus ancestrais selvagens. Devido a isso, eles se sentem vulneráveis quando doentes, afastando-se e escondendo-se, procurando refúgios isolados para se protegerem dos predadores, ganhando tempo e economizando energia para se recuperar. Além disso, o gato é um animal muito tolerante à dor, sendo imprescindível que o tutor fique sempre alerta a qualquer alteração de comportamento do bichano, para perceber que ele está doente logo no início, pois ele pode se esconder e só ser encontrado quando muito doente.

Alguns motivos podem fazer com que o gato saia de casa e fique desaparecido, como os citados abaixo:

• Doenças: como dito anteriormente, os gatos tendem a se esconder quando doentes para não mostrar vulnerabilidade a algum possível predador. Eles se mantêm em lugares seguros até se recuperarem ou serem descobertos e tratados pelos tutores.
• Fase reprodutiva: tanto as fêmeas quanto os machos costumam sair para procurar parceiros durante a época reprodutiva. Os machos podem andar longas distâncias à procura da fêmea no cio, que emite sons para alertar os possíveis parceiros. Alguns gatos passam vários dias na rua, até que a fêmea não aceite mais o acasalamento.
• Gatos jovens: alguns gatos jovens podem se aventurar a novos territórios sem saber voltar para a casa. Os gatos costumam delimitar seus domínios territoriais e expandi-los lentamente, para que consigam voltar para casa. No entanto, animais jovens podem se perder, levando alguns dias para acharem o caminho de casa.
• Animais idosos: da mesma forma que as pessoas idosas, os gatos mais velhinhos já não têm tanta energia e paciência para brincar com os mais jovens. Por isso, eles costumam se esconder para tirar um cochilo ou mesmo ficarem descansando tranquilamente.
• Acidentes: atropelamentos, brigas com cães ou outros acidentes podem levar o gato a óbito, não retornando para sua casa. Nas cidades é bastante comum atropelamento de animais, principalmente de gatos, que costumam sair de casa à noite, horário mais difícil de serem visualizados pelos motoristas. Além disso, a luz dos faróis dos carros podem deixar o bichano confuso quando incidem diretamente em seus olhos, deixando-o sem rumo e vulnerável a atropelamentos.

Pelo mesmo motivo que os levam a se esconder quando estão doentes. Eles sentem que estão vulneráveis e não querem correr o risco de serem achados por algum predador. Além disso, eles tentam economizar energia e reduzir o estresse, ficando longe de outros animais para morrerem em paz. Mesmo que predadores sejam uma realidade distante para gatos domésticos, eles mantém esse comportamento herdado de seus ancestrais selvagens.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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