Gestação

Reprodução das borboletas

Luísa Savala
Por Luísa Savala, Redatora especializada em animais. Atualizado: 31 outubro 2022
Reprodução das borboletas

As borboletas fazem parte dos invertebrados mais populares e adorados do mundo. A forma delicada da borboleta e a diversidade de cores que as suas asas podem ter, fazem com que esse inseto seja um animal extremamente chamativo e curioso, tanto pela morfologia como pelo ciclo de vida.

Se você quer saber a reprodução das borboletas, como nascem as borboletas, descobrir como vivem e aprender sobre a metamorfose delas, continue lendo esse artigo do PeritoAnimal. Vamos explicar detalhadamente todos esses aspectos da reprodução das borboletas.

Índice
  1. Curiosidades sobre as borboletas
  2. Como nascem as borboletas
  3. Cortejo das borboletas
  4. Acasalamento das borboletas
  5. Nascimento da borboleta

Curiosidades sobre as borboletas

Antes de explicar detalhadamente como é o ciclo das borboletas, é preciso saber que elas fazem parte dos animais invertebrados, concretamente, da ordem dos lepidópteros. Apesar das espécies mais conhecidas sejam diurnas, a maioria das borboletas são animais noturnos. Os animais diurnos recebem o nome de Rhopalocera e as noturnas Heterocera.

Entre as curiosidades sobre as borboletas, se encontra seu aparato bucal pois, conta com uma trompa muito fina que se enrola e desenrola. Graças a esse mecanismo, as borboletas adultas são capazes de liberar o néctar das flores, seu principal alimento. Durante esse processo, também cumprem o papel de animais polinizadores. Nas fases mais iniciais da vida, no entanto, esses insetos se alimentam de folhas, frutas, flores, rizes e talos.

Onde vivem as borboletas?

É possível encontrá-las em todo o mundo, pois algumas espécies são capazes de sobreviver inclusive em zonas polares. A maioria delas preferem áreas mais quentes com vegetação abundante. Algumas, como a borboleta monarca, migram em diferentes regiões durante o inverno, com o objetivo de concluir o ciclo reprodutivo.

A metamorfose da borboleta é uma das principais curiosidades, pois o ciclo reprodutivo e de nascimento seguem alguns passos específicos. Continue lendo e saiba mais sobre a reprodução das borboletas.

Como nascem as borboletas

A expectativa de vida de uma borboleta varia dependendo da espécie. Algumas sobrevivem apenas algumas semanas enquanto outras superam um ano. Além disso, fatores como as condições climáticas e a quantidade de alimento são determinantes para a sobrevivência.

O corpo das borboletas se divide em três partes, cabeça, tórax e abdômen. A cabeça apresenta duas antenas, enquanto no tórax surgem seis patas e duas asas. No abdômen estão os órgãos vitais, incluindo o aparelho reprodutor. Machos e fêmeas apresentem dimorfismo sexual, sendo esses de maior tamanho nos machos. Também é possível observar diferenças de cores entre ambos.

O ciclo das borboletas começa com o processo reprodutivo, do qual conta com duas etapas, o cortejo e o acasalamento.

Reprodução das borboletas - Como nascem as borboletas

Cortejo das borboletas

Para saber como nascem as borboletas é importante que você tenha em conta que o cortejo é um passo crucial. Os machos realizam o voo de reconhecimento para procurar as fêmeas, chamam a atenção através de piruetas, espalhando feromônio. Da mesma maneira, as fêmeas correspondem ao chamado liberando seus próprios feromônios, que os machos são capazes de perceber a quilômetros de distância.

Alguns machos, ao invés de buscá-las, permanecem em repouso sob folhas ou árvores e, começam a liberar os seus feromônios para atrair potenciais parceiros. Quando localizam a fêmea, o macho bate as asas sobre ela, com o objetivo de impregnar suas antenas nas pequenas escamas que libera. Essas escamas contém feromônios e contribuem para a fêmea esteja pronta para o acasalamento.

Acasalamento das borboletas

O seguinte passo da reprodução das borboletas é o acasalamento. As duas borboletas unem as pontas dos abdômen, cada uma olhando em direção diferente, para que se produza o intercambio de gametas.

O macho introduz no abdômen da fêmea seu órgão reprodutor e libera um saco denominado espermatóforo, do qual contém o espermatozoide. O orifício da fêmea recebe o saco e ele realiza a fertilização dos ovos, dos quais se encontram no interior do corpo.

Na maioria das espécies, o acasalamento se produz em um local onde os exemplares podem permanecer estáticos, como uma rocha ou folha. Durante o processo, as borboletas ficam vulneráveis ao ataques de predadores, pelo que algumas desenvolvem a capacidade de acasalar enquanto voam. Esses são os processos básicos para entender como se reproduzem as borboletas.

Nascimento da borboleta

O seguinte passo no ciclo das borboletas é a metamorfose que se produz desde o momento em que a fêmea libera os ovos. Dependendo da espécie, falamos de cerca de 25 e 10.000 ovos. Os ovos são postos em folhas, talos, frutos e ramas de diferentes plantas, cada tipo de borboleta utiliza uma espécie vegetal específica, da qual contém os nutrientes necessários para desenvolver o exemplar em diferentes etapas.

Apesar da quantidade de ovos depositados pelas fêmeas, apenas 2% chega a idade adulta. A maioria é devorada por predadores ou morre devido aos efeitos climáticos, como fortes ventos, chuva e etc. A metamorfose das borboletas segue as seguintes etapas:

  1. Ovo: medem poucos milímetros e apresentam diferentes formas, cilíndrica, redondos, ovalados e etc;
  2. Larva ou lagarta: uma vez que eclodem, a larva se alimenta do seu próprio ovo e continua comendo para crescer. Durante essa etapa, é capaz de mudar seu exoesqueleto;
  3. Pupa: alcançado o tamanho ideal, a lagarta deixa de se alimentar e fabrica uma crisálida, seja com folhas ou com sua própria seda. Na crisálida, seu corpo se transforma para gerar novos tecidos;
  4. Adulta: finalizado o processo de metamorfose, a borboleta adulta rompe a crisálida e emerge na superfície. Deve esperar pelo menos 4 horas antes de voar, durante esse período, bombeia fluidos corporais para que o corpo endureça. Quando é capaz de voar, buscará um companheiro para repetir o ciclo reprodutivo.

Agora que você já sabe como nascem as borboletas, deve estar se perguntando quanto tempo elas demoram para sair da crisálida? Não é possível oferecer uma quantidade de dias determinados pois esse processo varia de acordo com a espécie, a possibilidade que cada uma tem de se alimentar durante a etapa de larva e as condições climáticas.

Por exemplo, se estão em baixas temperaturas as borboletas permanecem mais tempo na crisálida, uma vez que esperam a chegada do sol para surgir. Apesar de parecer que se encontram isoladas, na realidade elas percebem as mudanças de temperatura que se produzem no exterior. Geralmente o mínimo de tempo que uma larva permanece em uma crisálida são entre 12 e 14 dias, no entanto, pode ser estendido até dois meses se as condições não são boas para a sobrevivência.

Reprodução das borboletas - Nascimento da borboleta

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Bibliografia
  • Calvo, R. "Reproducción de Oenomaus ortignus (Lepidoptera: Lycaenidae) en Barva, Heredia, Costa Rica". Revista de Biología Tropical, 56 (1) 1998.
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  • Pisanty, I.; Caso, (2006). M. Especies, espacios y riesgos. Monitoreo para la conservación de la biodiversidad. Instituto Nacional de Ecología, México.

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1 comentário
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suanes silva guedes
gostei muito da matéria de vocês .
Equipe editorial do PeritoAnimal (Editor/a de PeritoAnimal)
Nós é que gostamos de ter você como nossa leitora, Suanes!
Um abraço da equipe do PeritoAnimal!
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