Reprodução das borboletas

Reprodução das borboletas

As borboletas fazem parte dos invertebrados mais populares e adorados do mundo. A forma delicada da borboleta e a diversidade de cores que as suas asas podem ter, fazem com que esse inseto seja um animal extremamente chamativo e curioso, tanto pela morfologia como pelo ciclo de vida.

Se você quer saber a reprodução das borboletas, como nascem as borboletas, descobrir como vivem e aprender sobre a metamorfose delas, continue lendo esse artigo do PeritoAnimal. Vamos explicar detalhadamente todos esses aspectos da reprodução das borboletas.

Curiosidades sobre as borboletas

Antes de explicar detalhadamente como é o ciclo das borboletas, é preciso saber que elas fazem parte dos animais invertebrados, concretamente, da ordem dos lepidópteros. Apesar das espécies mais conhecidas sejam diurnas, a maioria das borboletas são animais noturnos. Os animais diurnos recebem o nome de Rhopalocera e as noturnas Heterocera.

Entre as curiosidades sobre as borboletas, se encontra seu aparato bucal pois, conta com uma trompa muito fina que se enrola e desenrola. Graças a esse mecanismo, as borboletas adultas são capazes de liberar o néctar das flores, seu principal alimento. Durante esse processo, também cumprem o papel de animais polinizadores. Nas fases mais iniciais da vida, no entanto, esses insetos se alimentam de folhas, frutas, flores, rizes e talos.

Onde vivem as borboletas?

É possível encontrá-las em todo o mundo, pois algumas espécies são capazes de sobreviver inclusive em zonas polares. A maioria delas preferem áreas mais quentes com vegetação abundante. Algumas, como a borboleta monarca, migram em diferentes regiões durante o inverno, com o objetivo de concluir o ciclo reprodutivo.

A metamorfose da borboleta é uma das principais curiosidades, pois o ciclo reprodutivo e de nascimento seguem alguns passos específicos. Continue lendo e saiba mais sobre a reprodução das borboletas.

Como nascem as borboletas

A expectativa de vida de uma borboleta varia dependendo da espécie. Algumas sobrevivem apenas algumas semanas enquanto outras superam um ano. Além disso, fatores como as condições climáticas e a quantidade de alimento são determinantes para a sobrevivência.

O corpo das borboletas se divide em três partes, cabeça, tórax e abdômen. A cabeça apresenta duas antenas, enquanto no tórax surgem seis patas e duas asas. No abdômen estão os órgãos vitais, incluindo o aparelho reprodutor. Machos e fêmeas apresentem dimorfismo sexual, sendo esses de maior tamanho nos machos. Também é possível observar diferenças de cores entre ambos.

O ciclo das borboletas começa com o processo reprodutivo, do qual conta com duas etapas, o cortejo e o acasalamento.

Cortejo das borboletas

Para saber como nascem as borboletas é importante que você tenha em conta que o cortejo é um passo crucial. Os machos realizam o voo de reconhecimento para procurar as fêmeas, chamam a atenção através de piruetas, espalhando feromônio. Da mesma maneira, as fêmeas correspondem ao chamado liberando seus próprios feromônios, que os machos são capazes de perceber a quilômetros de distância.

Alguns machos, ao invés de buscá-las, permanecem em repouso sob folhas ou árvores e, começam a liberar os seus feromônios para atrair potenciais parceiros. Quando localizam a fêmea, o macho bate as asas sobre ela, com o objetivo de impregnar suas antenas nas pequenas escamas que libera. Essas escamas contém feromônios e contribuem para a fêmea esteja pronta para o acasalamento.

Acasalamento das borboletas

O seguinte passo da reprodução das borboletas é o acasalamento. As duas borboletas unem as pontas dos abdômen, cada uma olhando em direção diferente, para que se produza o intercambio de gametas.

O macho introduz no abdômen da fêmea seu órgão reprodutor e libera um saco denominado espermatóforo, do qual contém o espermatozoide. O orifício da fêmea recebe o saco e ele realiza a fertilização dos ovos, dos quais se encontram no interior do corpo.

Na maioria das espécies, o acasalamento se produz em um local onde os exemplares podem permanecer estáticos, como uma rocha ou folha. Durante o processo, as borboletas ficam vulneráveis ao ataques de predadores, pelo que algumas desenvolvem a capacidade de acasalar enquanto voam. Esses são os processos básicos para entender como se reproduzem as borboletas.

Nascimento da borboleta

O seguinte passo no ciclo das borboletas é a metamorfose que se produz desde o momento em que a fêmea libera os ovos. Dependendo da espécie, falamos de cerca de 25 e 10.000 ovos. Os ovos são postos em folhas, talos, frutos e ramas de diferentes plantas, cada tipo de borboleta utiliza uma espécie vegetal específica, da qual contém os nutrientes necessários para desenvolver o exemplar em diferentes etapas.

Apesar da quantidade de ovos depositados pelas fêmeas, apenas 2% chega a idade adulta. A maioria é devorada por predadores ou morre devido aos efeitos climáticos, como fortes ventos, chuva e etc. A metamorfose das borboletas segue as seguintes etapas:

  1. Ovo: medem poucos milímetros e apresentam diferentes formas, cilíndrica, redondos, ovalados e etc;
  2. Larva ou lagarta: uma vez que eclodem, a larva se alimenta do seu próprio ovo e continua comendo para crescer. Durante essa etapa, é capaz de mudar seu exoesqueleto;
  3. Pupa: alcançado o tamanho ideal, a lagarta deixa de se alimentar e fabrica uma crisálida, seja com folhas ou com sua própria seda. Na crisálida, seu corpo se transforma para gerar novos tecidos;
  4. Adulta: finalizado o processo de metamorfose, a borboleta adulta rompe a crisálida e emerge na superfície. Deve esperar pelo menos 4 horas antes de voar, durante esse período, bombeia fluidos corporais para que o corpo endureça. Quando é capaz de voar, buscará um companheiro para repetir o ciclo reprodutivo.

Agora que você já sabe como nascem as borboletas, deve estar se perguntando quanto tempo elas demoram para sair da crisálida? Não é possível oferecer uma quantidade de dias determinados pois esse processo varia de acordo com a espécie, a possibilidade que cada uma tem de se alimentar durante a etapa de larva e as condições climáticas.

Por exemplo, se estão em baixas temperaturas as borboletas permanecem mais tempo na crisálida, uma vez que esperam a chegada do sol para surgir. Apesar de parecer que se encontram isoladas, na realidade elas percebem as mudanças de temperatura que se produzem no exterior. Geralmente o mínimo de tempo que uma larva permanece em uma crisálida são entre 12 e 14 dias, no entanto, pode ser estendido até dois meses se as condições não são boas para a sobrevivência.

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Bibliografia
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