Leishmaniose em gatos - Sintomas e tratamento



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A leishmaniose, também chamada de calazar,é uma doença causada pelo protozoário (organismo unicelular eucariótica) Leishmania infantum. Tecnicamente é uma zoonose, pois afeta o ser humano, embora sejam principalmente os cachorros que mais sofrem da doença, atuando como portadores, sendo mortal se não se iniciar um tratamento veterinário.
A leishmania transmite-se através da picada de um mosquito, pertencente ao gênero Phlebotomus. Desta forma, o mosquito pica um cachorro doente e/ou portador e, uma vez que o protozoário amadurece no inseto, pica outro cachorro, introduzindo-lhe o agente patogênico. Ou seja, sem mosquito a doença não pode ser transmitida. Embora o cachorro seja a principal vítima desta condição, a verdade é que também pode afetar outros animais como os gatos. Por isso, no PeritoAnimal vamos lhe explicar quais são os sintomas da leishmaniose em gatos e em que consiste o seu tratamento.
O que é a leishmaniose em gatos?
Conforme avançamos, a leishmaniose ou calazar é uma doença parasitária crônica causada por um protozoário que entra no organismo do gato através da picada de um inseto flebotomíneo infectado com leishmânia. Existem diferentes manifestações da doença, com sinais clínicos mais ou menos graves. Embora seja muito comum em cães, a leishmaniose costumava ser considerada uma patologia bastante rara em gatos. Acredita-se que isso se devia à sua resistência natural e à eficácia de seu sistema imunológico, mas também é possível que estivesse subdiagnosticada. Então, sim, gatos pegam leishmaniose.
Atualmente, sua incidência está aumentando de maneira preocupante devido a fatores como as mudanças climáticas e a globalização, que favorecem as condições para a proliferação dos flebotomíneos transmissores. Além disso, acredita-se que gatos que sofrem de doenças que reduzem a eficácia de seu sistema imunológico, como a leucemia ou a imunodeficiência felina, ou que estão em tratamento com medicamentos imunossupressores, têm um maior risco de desenvolver a doença.
Transmissão de leishmaniose em gatos
Os flebotomíneos podem se infectar com leishmânias quando picam um animal doente com leishmaniose e, ao picar outro, podem transmitir a doença a esse novo hospedeiro. Assim como os cães, os gatos também podem atuar como reservatórios da doença. A transmissão da leishmaniose, portanto, ocorre exclusivamente por meio dos flebotomíneos, embora haja também risco em transfusões sanguíneas. Um gato não pode transmitir diretamente a doença para outro animal ou pessoa. Portanto, como veremos a seguir, a prevenção se baseia em evitar que nosso gato seja picado pelos flebotomíneos.
Sintomas da leishmaniose felina
A leishmaniose no gato é uma doença com um longo período de incubação (demora muito tempo a manifestar sintomas) e uma vez que estes se desenvolvem, são bastante inespecíficos. No gato, a doença pode aparecer de três formas diferentes:
- Forma cutânea. Podem ser observados nódulos indolores subcutâneos, localizados sobretudo na cabeça e pescoço. Além disso, estes sintomas da leishmaniose felina costumam vir acompanhados de um aumento no tamanho dos gânglios linfáticos próximos. Estes gânglios também se poderão abrir posteriormente e infetar. Podem-se observar ainda outros sintomas cutâneos.
- Forma ocular. Os olhos ficam afetados, observando-se conjuntivite, blefarite (inflamação das pálpebras), uveíte (inflamação da úvea), queda de pelo ao redor dos olhos, etc.
- Forma sistêmica generalizada. Esta é a forma menos frequente da leishmania em gatos. No caso de acontecer, pode-se observar como principal sintoma um aumento dos gânglios linfáticos. Para além disso, podem ocorrer sintomas muito específicos, como anorexia, emagrecimento progressivo, apatia, etc.

Diagnóstico da leishmaniose em gatos
Se o veterinário suspeitar que nosso gato pode ter leishmaniose, será necessário realizar testes para confirmar o diagnóstico. Os sinais clínicos causados pela doença, por serem inespecíficos, nem sempre permitem diagnosticar a condição apenas com base neles. Portanto, o veterinário coletará uma amostra de sangue para realizar testes específicos capazes de determinar a presença de leishmânias. Existem testes sorológicos que quantificam os anticorpos gerados pelo animal em resposta à presença do protozoário. Além disso, técnicas moleculares, como a PCR, são utilizadas, e uma amostra das lesões pode ser coletada para um exame citológico ou biópsia.
Além disso, uma vez que a leishmaniose tende a ocorrer em gatos com sistema imunológico comprometido, é comum realizar testes como análises de sangue e urina para buscar outras doenças e obter mais informações sobre o estado geral do gato. É frequente encontrar casos de insuficiência renal ou anemia. Por fim, é aconselhável testar o gato para determinar se ele tem imunodeficiência ou leucemia felina.
Tratamento da leishmaniose em gatos
Na leishmaniose, tanto no ser humano como no cachorro e gato, existem duas estratégias na hora de fazer um tratamento. Por um lado, temos o tratamento preventivo e, por outro, o tratamento curativo uma vez diagnosticada a doença.
- O tratamento preventivo contra a leishmaniose felina consiste em evitar o contato com o mosquito. Para isso, utilizam-se barreiras físicas (por exemplo, colocar telas mosquiteiras nas janelas) ou usam-se diferentes inseticidas, como repelentes. No gato, a utilização de repelentes é muito limitada, uma vez que a maior parte deles são tóxicos para os gatos, por isso é necessário consultar um veterinário antes de optar por esta medida preventiva.
- No caso do tratamento para curar a leishmania em gatos, não existem protocolos de tratamentos tão eficientes como nos cachorros, uma vez que até agora o diagnóstico positivo da doença nos gatos tinha sido escasso. Utilizam-se medicamentos como o Alopurinol e a N-metil-meglumina. É importante que o tratamento seja indicado por um veterinário e que siga sempre as suas recomendações.

Como prevenir a leishmaniose em gatos
Se o veterinário suspeitar que o gato está com calazar, será necessário realizar testes para confirmar o diagnóstico. Os sinais clínicos causados pela doença, por serem inespecíficos, nem sempre permitem diagnosticar a condição apenas com base neles. Portanto, o veterinário coletará uma amostra de sangue para realizar testes específicos capazes de determinar a presença de leishmânias. Existem testes sorológicos que quantificam os anticorpos gerados pelo animal em resposta à presença do protozoário. Além disso, técnicas moleculares, como a PCR, são utilizadas, e uma amostra das lesões pode ser coletada para um exame citológico ou biópsia.
Além disso, uma vez que a leishmaniose tende a ocorrer em gatos com sistema imunológico comprometido, é comum realizar testes como análises de sangue e urina para buscar outras doenças e obter mais informações sobre o estado geral do gato. É frequente encontrar casos de insuficiência renal ou anemia. Por fim, é aconselhável testar o gato para determinar se ele tem imunodeficiência ou leucemia felina.
Agora que você já sabe tudo sobre o calazar em gatos, não perca nosso artigo sobre as doenças mais comuns nos gatos.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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