Dexametasona para cães - dosagem, quando usar e efeitos colaterais



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Neste artigo do PeritoAnimal, falaremos sobre o uso da dexametasona em cães. Por ser um medicamento que se encontra nos kits de primeiros socorros de muitas casas, muitos cuidadores decidem administrá-lo por conta própria ao cão se acham que ele está sofrendo uma reação alérgica ou detectam alguma inflamação. As contraindicações e os efeitos colaterais que revisaremos a seguir dão uma ideia do risco dessa decisão. Portanto, enfatizamos a importância de restringir o consumo de medicamentos apenas aos prescritos pelo veterinário.
Continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre dexametasona para cães - dosagem, quando usar e efeitos colaterais.
O que é a dexametasona?
A dexametasona é um glicocorticoide sintético que deriva do cortisol. Destaca-se pelo seu efeito anti-inflamatório, mas não é o único. Não é um medicamento que possa ser administrado sem supervisão veterinária, pois afeta o organismo de várias maneiras. Portanto, deve ser administrado com cuidado, monitoramento e retirada gradual nos casos em que seu uso é prolongado. Os efeitos da dexametasona são os seguintes:
- Aumento de glicose e aminoácidos no sangue e de glicogênio no fígado;
- Ação anti-inflamatória;
- Propriedades antialérgicas;
- Imunossupressor, afetando a produção de anticorpos;
- Impacto na hormona ACTH, que controla a produção de cortisol.
A dexametasona para cães está disponível em diferentes apresentações, como a forma injetável por via intramuscular, intravenosa ou intra-articular, geralmente administrada pelo próprio veterinário na clínica. Também existem comprimidos de dexametasona que podem ser administrados por via oral. A dexametasona em cães age rapidamente, em apenas alguns minutos quando administrada por injeção. É excretada pela urina e pela bile.
Usos da dexametasona em cães
A dexametasona é indicada para diversos processos inflamatórios e alérgicos. Também pode ser prescrita em casos de traumas ou quando o cão está em estado de choque ou colapso circulatório. A dexametasona tem como objetivo melhorar os sintomas, isto é, não curá-los, portanto, o veterinário deve diagnosticar e completar o tratamento em cada caso. Ela é utilizada principalmente para reduzir a inflamação, reações alérgicas ou atividade excessiva do sistema imunológico, mas tem múltiplos efeitos no organismo.
Para identificar uma reação alérgica, recomenda-se ler o artigo "Alergia em cachorro - Sintomas e tratamento".

Dose de dexametasona para cães
A dose de dexametasona para cães dependerá do peso do animal e da apresentação do medicamento escolhida pelo veterinário. Além disso, é importante considerar que existe uma faixa de doses eficazes e seguras, variando de maior a menor. Portanto, é de extrema importância que o veterinário, com base na situação específica de cada cão, determine a dose, uma vez que ela irá variar de acordo com o diagnóstico.
A título de exemplo, a dexametasona injetável de 2 mg/ml pode ser administrada na proporção de 0,05-0,2 mg/kg em uma única dose. Devido aos múltiplos e potencialmente graves efeitos colaterais da dexametasona, para tratamentos mais longos ou a médio prazo, o veterinário buscará a dose mínima e eficaz com o objetivo de reduzir essas complicações.
Dexametasona em cães: contraindicações
Existem algumas circunstâncias em que a dexametasona não é o medicamento mais adequado para o cão ou, pelo menos, deve ser usado com cautela. Não se esqueça da importância de usar a dexametasona apenas se ela for prescrita pelo veterinário. Os casos em que a dexametasona em cães é contraindicada são os seguintes:
- Diabetes mellitus, pois atua como antagonista da insulina;
- Nefrite crônica, que é a inflamação do rim;
- Insuficiência renal;
- Insuficiência cardíaca;
- Osteoporose;
- Infecções virais ativas;
- Infecções sistêmicas causadas por fungos;
- Infecções bacterianas sem tratamento estabelecido;
- Úlceras gastrointestinais;
- Úlceras de córnea;
- Demodicose ou sarna demodécica;
- Imunossupressão, devido à redução da resposta imunológica;
- Gestação, pois pode afetar os filhotes e causar malformações, abortos, partos prematuros, complicações no parto, morte fetal, retenção da placenta ou inflamação uterina;
- Lactação, uma vez que pode diminuir a produção de leite;
- Vacinação, pois deve-se aguardar duas semanas após a vacinação para administrar dexametasona;
- Claramente, não deve ser administrada a cães alérgicos a este medicamento.
Além disso, se o nosso cão já estiver tomando algum medicamento e o veterinário não estiver ciente disso, devemos informá-lo, pois podem ocorrer interações entre os medicamentos. Por último, em algumas situações, a dexametasona é usada como recurso de emergência, mesmo em animais que, a princípio, não deveriam ser tratados com ela. Essa decisão é de competência exclusiva do veterinário, que avaliará os prós e contras da administração.

Efeitos colaterais da dexametasona em cães
Normalmente, uma única dose de dexametasona não costuma causar efeitos colaterais, mas tratamentos prolongados estão associados ao surgimento de problemas - incluindo problemas graves. Assim, a dexametasona pode causar hiperadrenocorticismo iatrogênico, mais conhecido como síndrome de Cushing, durante e após a sua administração. Além disso, existem outros efeitos colaterais, como, por exemplo:
- Poliúria, que consiste em um aumento na quantidade de urina eliminada;
- Polidipsia, que é o aumento na ingestão de água;
- Polifagia ou aumento do consumo de alimentos;
- Retenção de líquidos, especialmente se o tratamento for prolongado;
- Úlceras gastrointestinais;
- Aumento das enzimas hepáticas e do tamanho do fígado;
- Hiperglicemia transitória, que é um aumento dos níveis de glicose no sangue;
- Atraso na cicatrização de feridas;
- Enfraquecimento do sistema imunológico;
- Agravamento de infecções.
Por todas essas razões, enfatizamos que a dexametasona para cães deve ser administrada apenas sob prescrição veterinária.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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