Pata quebrada de cachorro volta ao normal?

Na maioria das vezes, a pata quebrada volta ao normal, desde que tenha recebido o tratamento adequado e a cicatrização tenha se dado sem complicações.

O sintoma mais comum de uma fratura no membro do cachorro é a perda de sua função, ou seja, o cachorro vai evitar o uso desse membro afetado. Ele pode claudicar, encostar de forma mais leve e cuidadosa o membro afetado no chão ou até mesmo deixá-lo encolhido, na intenção de poupá-lo ou mesmo evitar a dor.

No entanto, nem sempre será possível perceber que o cachorro quebrou a pata. Dependendo do tipo de fratura, ele pode ainda utilizar parcialmente seu membro, deixando o tutor na dúvida se o cachorro quebrou ou não a pata. Para ter certeza, deve-se levar o peludinho ao veterinário, que fará uma avaliação e solicitará exames como radiografia, tomografia e ultrassonografia.

Outros motivos podem fazer com que o cão deixe de andar, para saber mais, sugerimos a leitura do artigo Meu cachorro parou de andar de repente - Causas e o que fazer.

Antes de saber o que fazer, vamos falar sobre o que não deve ser feito. Nunca tente colocar o osso no lugar! Isso vai causar muita dor ao animal e pode piorar a fratura, causando uma interrupção na irrigação do membro e até mesmo aumentando a lesão. Tente não encostar no membro afetado, apenas dê algum apoio para que o animal se sinta mais confortável.

Deixe o cachorro com a pata quebrada em uma posição confortável, evite manipular o membro ou colocar o animal para caminhar. Não faça talas e não utilize ataduras para imobilizar, pois isso pode resultar em uma cicatrização errada e a perda definitiva da função do membro. Leve o animal o mais rápido possível para a avaliação do veterinário, pois ele saberá a melhor forma de deixar o animal mais confortável e verificar se realmente ocorreu uma fratura. Algumas patas quebradas exigirão apenas a redução com posterior imobilização. No entanto, outros casos irão demandar cirurgias.

A fisioterapia possui como finalidade diminuir as disfunções e promover analgesia, mantendo e promovendo a melhora da função e aptidão física, gerando bem-estar e qualidade de vida para os animais.

A reabilitação física é um processo que objetiva a recuperação, devolvendo a máxima forma ou função locomotora fisiológica, de modo a prevenir a incapacidade e atrofias após o animal ter uma lesão ou enfermidade. Como parte integrada desse processo, a fisioterapia se tornou a especialidade encarregada do tratamento de determinadas doenças, podendo ser aplicada como método conservador ou associada ao tratamento cirúrgico.

Nem todas as fraturas necessitarão de fisioterapia no pós-operatório. O objetivo da cirurgia ortopédica é fazer com que o animal torne seu membro fraturado novamente funcional o mais breve possível. Dessa forma, a fisioterapia será necessária, por exemplo, em casos em que, além da fratura, houve atrofia muscular, ruptura de tendões e ligamentos e quando o movimento não foi recuperado apenas com a cirurgia. Mas atenção! Somente o veterinário poderá dizer se a fisioterapia será necessária ou não. E ainda, somente o profissional habilitado poderá realizar os exercícios de fisioterapia nos animais que foram operados ou encaminhados para tal.

Inicialmente, vamos falar um pouco sobre os ossos do corpo do cachorro. Os ossos fazem parte do sistema locomotor, com a ação de alavanca durante o movimento e resistência às pressões. Apresenta, ainda, a função de sustentar e proteger órgãos. Além da função mecânica, os ossos exercem uma função químico-metabólica importante, que proporciona um reservatório para a homeostase mineral.

As fraturas acontecem quando uma força causa a ruptura da cortical óssea, podendo ser completa, quando envolve ambas corticais, ou incompletas, quando apenas uma das corticais é afetada. Geralmente, as fraturas geram comprometimento da função locomotora do membro, do aporte sanguíneo e lesões em tecidos moles adjacentes.

As principais causas de fraturas em cães são traumas e acidentes automobilísticos. Dentro da categoria “trauma”, podemos incluir brigas, quedas de lugares altos (camas, sofás) e até mesmo maus tratos. Outras causas são tumores nos ossos e a falta de nutrientes (desnutrição), o que deixa os ossos mais fracos e vulneráveis a fraturas.

Os acidentes automobilísticos são representados de forma majoritária pelos atropelamentos. Cães com livre acesso à rua correm sérios riscos de serem atropelados, resultando em várias fraturas e lesões em órgãos internos.

E aqui vai uma dica muito importante: sempre leve seu amigo peludo para passear com coleira e guia, não o solte para correr em lugares com trânsito de automóveis e não o deixe sair na rua sozinho. Atropelamentos são emergências muito graves, que podem levar o cachorro a óbito.

Geralmente, os cachorros costumam quebrar mais as patas dianteiras (tíbia, rádio e úmero). Isso acontece porque esses membros sofrem o maior impacto durante os saltos de alturas, como camas, sofás e poltronas. Em casos de acidentes automobilísticos, vários ossos podem se fraturar, como costelas, membros traseiros (fraturas de fêmur), pelve (também chamada de “bacia” ou quadril), crânio, mandíbula e coluna vertebral. Tudo dependerá do tipo de trauma e da região atingida.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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