Castrei meu gato e ele morreu
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A utilização da cirurgia de castração como método de controle populacional possui diversas vantagens, como por exemplo, o fato de o procedimento ser realizado uma única vez e causar rápida perda irreversível da capacidade reprodutiva, além da melhora no comportamento dos animais.
No entanto, assim como todo procedimento cirúrgico, a castração possui riscos e também desvantagens. Tudo deve ser analisado com a ajuda do médico veterinário, que saberá explicar os pontos fortes e fracos desse método de esterilização.
Se você castrou seu gato e ele morreu ou se você está com dúvidas em castrar ou não o seu bichano, não deixe de aproveitar as informações que o PeritoAnimal disponibiliza neste artigo! Fique por dentro do assunto e saiba como ajudar o seu amigo sempre que ele precisar. Boa leitura!
Castrei meu gato e ele morreu. Por quê?
A castração em gatos é uma cirurgia que, em regra, deve ser realizada com o animal saudável, sendo necessária a realização de exames pré-cirúrgicos para verificar o estado de saúde do gato. Animais enfermos só devem ser castrados caso haja indicação do veterinário, que explicará os riscos do procedimento aos tutores.
Caso o animal venha a óbito após a cirurgia de castração, a causa deverá ser investigada, pois esse não é um acontecimento comum nesse tipo de procedimento. Hemorragias e infecções não devem ocorrer em cirurgias que foram realizadas da forma correta, e o melhor meio de garantir que o animal seja castrado da forma correta é procurando um profissional habilitado, que é o médico veterinário.
Quais as complicações mais comuns em gatos após castração
A cirurgia de castração em gatos machos, por ser uma técnica operatória relativamente simples, é realizada com frequência por práticos ou profissionais que não empregam os princípios fundamentais da técnica cirúrgica asséptica. A falta de atenção à higiene e à hemostasia adequada dos vasos pode resultar em complicações pós-operatórias importantes, como infecção, hemorragia e até óbito do animal. Após a castração, existem três complicações mais comuns:
- Hemorragia: o repouso é uma recomendação que sempre deverá ser seguida, para evitar que ocorram hemorragias. Durante a cirurgia de castração, os vasos sanguíneos presentes no cordão espermático são ligados, evitando que fiquem sangrando após serem cortados. Geralmente, as ligaduras são bem firmes, mas o repouso é necessário para uma cicatrização perfeita. Além disso, outros vasos menores podem sangrar caso o bichano não fique quietinho após a cirurgia.
- Dor: uma boa cicatrização sem dor está diretamente relacionada ao repouso e à administração correta dos analgésicos. Mais uma vez destacamos a importância de deixar o animal em local restrito, para que não consiga fazer estripulias após a cirurgia. A movimentação excessiva pode causar dores, assim como a lambedura do local, já que o animal vai querer limpar todo o resíduo de medicamento da ferida cirúrgica. Essa questão mostra a importância do uso do colar elizabetano após o procedimento cirúrgico, para evitar contaminações e traumas no local da castração.
- Infeção: a lambedura da ferida cirúrgica é uma fonte importante de infeção, pois a boca do gato possui vários tipos de bactérias que podem colonizar o local. Impedir que o animal fique lambendo o local é fundamental para a boa cicatrização da lesão, além de evitar que o gato lacere tecidos e arranque pontos.
Cuidados com gato depois de castrar
O primeiro e mais importante cuidado com o gato após a castração é não deixá-lo sair de casa, pois o bichano estará se recuperando de um procedimento que exigiu anestesia geral, além de precisar de repouso e da administração de medicamentos. A única maneira de se garantir que o animal tomará seus remédios nos horários certos é mantê-lo em casa, pois não dá para confiar na pontualidade dos gatos que gostam de passear na rua, não é mesmo?
Outro cuidado importante é evitar que ele fique lambendo a ferida cirúrgica, o que pode feito com o uso de colares, tanto o elizabetano (abajur) quanto o colar cervical. Gatos são pouco tolerantes ao uso de colares, mas seu uso é de extrema importância. O tutor deverá ficar atento se o bichano está conseguindo se alimentar enquanto usa o acessório de proteção, pois pode sentir dificuldade para ter acesso às vasilhas de água e comida. Caso isso aconteça, o colar pode ser retirado algumas vezes ao dia, mas sempre sob supervisão de alguma pessoa durante todo o tempo.
Com que idade devo castrar meu gato
Geralmente, a castração é feita após o animal completar o sexto mês de vida. No entanto, a cirurgia pode ser realizada a partir da sexta semana de vida, conforme alguns estudos na área. O procedimento realizado nessa fase mais precoce de vida é chamada de castração pediátrica ou pré-púbere, sendo praticamente semelhante ao procedimento que é feito nos adultos.
Apesar disso, há algumas controvérsias entre os veterinários, pois existem resultados bons e ruins, a anestesia pode ser um pouco mais delicada devido à pouca idade do animal e sua incapacidade em metabolizar o fármaco utilizado e a maior dificuldade em se realizar uma cirurgia em um animal muito pequeno.
De qualquer forma, o mais importante é que a castração seja realizada antes da puberdade, nos casos em que os tutores desejam eliminar o comportamento territorialista do bichano, como marcar o território com urina (urinar em locais inapropriados na casa), sair para procurar fêmeas e brigar com outros gatos.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Jesus, A.S. Castração em Cães e Gatos: quando realizar, técnicas, benefícios e riscos. UniAGES, Centro Universitário, 2021. Disponível em file:///C:/Users/carlamoreira/Downloads/Monografia%20Alexandre.pdf. Acesso em 11/06/2024.
- Oliveira, K.M. et al. Estudo comparativo entre três técnicas abertas de orquiectomia em gatos. Acta Scientiae Veterinariae, 2010. Disponível em https://www.redalyc.org/pdf/2890/289021835012.pdf. Acesso em 12/06/2024.