Cachorro pode morrer durante limpeza dental?



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As limpezas dentais são uma prática cada vez mais comum nas clínicas veterinárias. Consistem na remoção dos depósitos de tártaro calcificado entre os dentes e as gengivas por meio do uso de ultrassons, capazes de descalcificá-lo. Trata-se de um procedimento simples, mas que requer que o cachorro esteja anestesiado. Por esse motivo, embora esse tipo de limpeza seja recomendado para resolver problemas bucais ou preveni-los, mantendo a dentição do cachorro em perfeito estado, somente os animais capazes de suportar com segurança uma anestesia geral devem se submeter a essa técnica.
Toda intervenção com anestesia geral envolve vantagens e desvantagens, sendo imprescindível que, previamente, o veterinário nos informe sobre todos os riscos, especialmente os de maior gravidade. Mas será que um cachorro pode morrer durante limpeza dental? Esclarecemos isso neste artigo do PeritoAnimal. Confira!
Riscos da limpeza dental em cães
Como mencionamos, as limpezas dentais são feitas com o uso de ultrassons. Trata-se de equipamentos especializados para essa tarefa, que basicamente funcionam emitindo ultrassons e água para realizar a limpeza. Como é lógico pensar, esse procedimento só pode ser feito em animais anestesiados, pois seria impossível que ficassem parados com a boca aberta pelo tempo necessário enquanto o equipamento de ultrassom está em funcionamento. Além disso, alguns dentes podem estar danificados a ponto de ser necessário extraí-los, o que não seria possível sem anestesia.
A princípio, é uma técnica simples, embora esteja associada a alguns riscos derivados da própria prática e da anestesia geral. Nesse caso, os riscos são os mesmos de qualquer outra intervenção em que se utilize esse tipo de anestesia, que é inalatória e implica monitoramento contínuo do animal. Assim, entre os riscos da limpeza dental em cachorros, destacam-se os seguintes:
- Aspiração de água de forma que ela chegue às vias respiratórias, podendo causar uma pneumonia por aspiração e outros problemas respiratórios. Isso também pode ocorrer se não respeitarmos as horas de jejum e o animal vomitar enquanto está anestesiado;
- Sangramento excessivo;
- Fratura de algum dente;
- Alterações cardíacas, na temperatura corporal e/ou na pressão arterial. Neste artigo, falamos sobre a "Como saber se o cachorro está com febre";
- Náuseas e vômitos;
- Se o tempo de anestesia for prolongado (normalmente não ultrapassa uma hora, mas pode aumentar se a limpeza for feita com outra intervenção, como a esterilização), podem ocorrer complicações como insuficiência renal aguda;
- Em casos mais raros, pode ocorrer uma reação alérgica aos medicamentos que compõem a anestesia.
- Por fim, mencionamos a má prática veterinária, pois, felizmente, em um pequeno percentual de casos, os riscos podem ser atribuídos à inexperiência ou ao trabalho inadequado do profissional responsável pela limpeza.
Em conclusão, como sempre que submetemos nosso cachorro a uma intervenção com anestesia geral, é essencial que procuremos bons profissionais, o que ajuda a minimizar os problemas, e que tenhamos consciência de que existem riscos, que sempre devem ser inferiores às vantagens do procedimento em questão.

Por que um cachorro pode morrer durante limpeza dental?
Diante das complicações que podem surgir durante uma limpeza dental, é possível que um animal venha a falecer como consequência do procedimento, embora isso não seja nada comum. Se um cachorro morrer devido a uma limpeza dental, isso pode ser causado por:
- Reação alérgica grave à anestesia;
- Depressão do sistema cardiorrespiratório;
- Insuficiência renal aguda.
É importante saber que essas situações podem ser revertidas assim que diagnosticadas, evitando que se chegue a um desfecho fatal, o que, como mencionamos, ocorrerá em um número muito pequeno de casos. Logicamente, quanto melhor for o veterinário e os recursos da clínica, maiores serão as chances de sucesso.
Quando fazer limpeza dental no cachorro?
As limpezas dentais com ultrassom são recomendadas para os seguintes casos:
- Cachorros com acúmulo excessivo de tártaro, que pode levar ao aparecimento de doenças periodontais que causam muita dor, ao inflamar a gengiva. Eles podem sofrer com mau hálito, sangramentos, dificuldades para comer, etc.;
- Cachorros com tendência ao aparecimento de tártaro, pois nem tudo pode ser removido com a limpeza manual com escova de dentes. Nesses casos, recomenda-se uma limpeza por ano.
Como já mencionamos, essas limpezas são realizadas com anestesia geral, o que implica que o cachorro deve estar em condições gerais de recebê-la. Para confirmar seu bom estado de saúde, assim como em qualquer outra intervenção com anestesia, o veterinário deverá realizar alguns exames prévios, como, no mínimo, um exame de sangue e um eletrocardiograma.
Se os resultados forem bons e for considerado que o cachorro pode metabolizar bem os medicamentos anestésicos, ele será um candidato seguro para a limpeza dental. Caso contrário, a limpeza não será recomendada para cachorros com sérios problemas cardíacos, renais, respiratórios, etc., pois terão maior risco com a aplicação da anestesia. Em qualquer caso, será responsabilidade do veterinário examinar os exames e decidir se a limpeza dental é viável, considerando que as vantagens superem os riscos.

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