Prednisona ou prednisolona para cães – Usos e efeitos colaterais

A prednisona é um medicamento geralmente usado para diminuir processos inflamatórios e em doenças que afetam o sistema imunológico. Este medicamento tem efeito imunossupressor, o que significa que é capaz de frear todos os processos nos quais o sistema imunológico reage contra si. Um exemplo disso é a anemia hemolítica imunomediada, na qual ocorre a destruição dos glóbulos vermelhos. A prednisona, que é o pró-fármaco da substância ativa prednisolona após a conversão no fígado, ao suprimir a atividade deste sistema, diminuiria a capacidade de autodestruição dos glóbulos. Portanto, o medicamento controlaria este sintoma, mas não curaria a doença que o está causando, a qual deve ser diagnosticada e tratada pelo veterinário.

Esse efeito imunossupressor faz com que seu uso seja desaconselhado quando enfrentamos infecções virais ou fúngicas, pois, se as defesas diminuem, o cão terá mais dificuldades para combater a doença.

Graças à ação da prednisona no organismo que explicamos no tópico anterior, este é o tratamento de escolha em diferentes casos, entre os quais se destacam os seguintes:

• Prednisona para cães com tumores, como parte dos tratamentos de quimioterapia, geralmente combinada com outros medicamentos;
• Prednisona para cães com alergias, porque em uma reação alérgica ocorre uma ativação exagerada do sistema imunológico, levando-o a reagir contra elementos não patogênicos como poeira ou pólen. Portanto, funciona como imunossupressor, assim como na anemia hemolítica imunomediada;
• Prednisona para cães com doença de Addison, doença na qual ocorre uma deficiência na produção de glicocorticoides que pode ser suprida com este medicamento.

A prednisona ou prednisolona para cães, como mencionamos, só deve ser prescrita pelo veterinário. É um medicamento que pode causar efeitos colaterais significativos, daí a importância de ser esse profissional quem controle a administração, sendo ideal utilizar a dose mínima eficaz para cada caso, que pode variar entre 0,5-4 mg/kg.

A dose escolhida deve ser ajustada e, além disso, se o tratamento for prolongado por cerca de sete dias, deve ser retirado gradualmente, reduzindo-a ou administrando-a em dias alternados. Caso contrário, poderia levar justamente a uma doença de Addison.

Se o tratamento com prednisona for limitado a 2-3 dias, é normal que, além da melhora dos sintomas, não notemos nenhum efeito colateral em nosso cão. Por outro lado, em tratamentos prolongados, identificaremos sinais como os seguintes:

• Aumento na ingestão de água e comida;
• Aumento na micção;
• Inchaço;
• Cicatrização mais lenta de feridas.

Esses sintomas são leves e desaparecem quando o tratamento é interrompido. Efeitos mais graves são os que podem causar a doença de Addison, como mencionado anteriormente. A prednisona suprime a ação das glândulas suprarrenais, produtoras de glicocorticoides. Se interrompermos o tratamento abruptamente, corremos o risco de que esses glicocorticoides não sejam mais produzidos, o que causa a doença Addison.

Por fim, devemos considerar as seguintes recomendações:

• A prednisona ou prednisolona não pode ser usada em cadelas gestantes, pois causa malformações e abortos;
• Em cadelas em período de lactação, ficará a critério do veterinário;
• Existem várias condições nas quais o uso de prednisona não é recomendado, como diabete, alterações cardíacas ou úlceras gastrointestinais. Se for o caso, devemos informar ao veterinário sobre qualquer doença que nosso cão tenha ou se estiver tomando algum medicamento;
• Não é recomendado vacinar o cão durante o período de uso de prednisona.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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