Insulina para cachorros - Dosagem, tipos e preço

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e é indispensável para que a glicose que está no sangue possa passar para o interior das células, o que é imprescindível para seu bom funcionamento. Quando o organismo, seja por qualquer razão, não produz mais insulina ou as células não conseguem utilizá-la, é preciso adicioná-la de forma artificial, caso contrário se dará um quadro de hiperglicemia, no qual há uma elevada quantidade de glicose no sangue. A deficiência de insulina caracteriza uma doença muito conhecida, já que também afeta seres humanas: o diabetes mellitus. Existem dois tipos de diabete, e o tipo 1 é aquele que os cães geralmente afeta os cães.

O veterinário irá prescrever insulina a um cão com diagnóstico de diabete. Com o uso da insulina, consegue-se diminuir a quantidade de glicose no sangue. Além disso, há uma melhora dos sinais clínicos que o cachorro possa estar manifestando. Se o tratamento for seguido corretamente e a doença for controlada, o cão terá a mesma expectativa de vida do que um animal saudável.

Pode dar insulina de humano para cachorro? Na verdade, algumas insulinas para humanos podem sim ser prescritas para cães, como a NPH, a qual é de origem suína altamente purificada, com duração intermediária; ou a Glargina, uma insulina sintética resultante da tecnologia do DNA recombinante. Outra insulina com essa tecnologia é a Detemir, considerada de ação prolongada.

Existem também insulinas de uso veterinário, como a Caninsulin, uma insulina de ação intermediária. É uma porcina purificada, sendo estruturalmente igual à insulina canina, minimizando o risco de anticorpos anti-insulina. É uma mistura de insulina-zinco cristalina e, em menor proporção, amorfa. Seu pico de efeito ocorre entre 8 a 9 horas após sua administração. Dura cerca de 12 a 14 horas.

Costumam haver mudanças nas necessidades de insulina devido a diferentes fatores, por exemplo: a administração de medicamentos como corticosteroides ou a mudança para uma dieta com baixo índice glicêmico; entretanto, outras doenças ou mesmo o estresse podem afetar a necessidade de insulina. Por isso, é necessário acompanhamento veterinário para ajustar a dose, a fim de obter os efeitos desejados.

A princípio pode ser necessário submeter o cão ao exame conhecido como curva de glicose, que permite obter dados para estabelecer a dose. Ele é realizado através da administração de insulina e posterior coleta de sangue a cada duas horas para verificar a quantidade de açúcar no sangue. Assim é possível saber como está funcionando a insulina injetada, com que frequência aplicá-la, etc.

De modo geral, a dose inicial de Caninsulin é de 0,5 UI/Kg uma vez ao dia para cães. É preciso injetar todas as manhãs, durante ou depois da ração. O veterinário irá explicar como, já que esse procedimento será feito em casa. Ele também será responsável por monitorar a saúde do cão por meio de exames de sangue e urina, além de orientações sobre dieta e alimentação, a fim de diminuir ou aumentar gradativamente a dose inicial de insulina. Desse modo, se consegue a dose de manutenção mais precisa, podendo ser administrada uma ou duas vezes ao dia. Se em todos os tratamentos é importante ter a dose ajustada ao máximo, no caso da insulina é fundamental que injetemos exatamente a quantidade prescrita pelo veterinário, bem como quando indicado.

Resistência à insulina em cães

É preciso considerar que, por vezes, o cão pode manifestar o que se conhece como resistência à insulina. Nestas animais, a necessidade de insulina pode aumentar porque a quantidade habitual não traz resultados eficazes. Há várias causas que provocam essa resistência, como a obesidade, outras doenças, tratamentos medicamentosos, etc. Isso indica que o diabete ainda não está controlado e, portanto, é necessário retornar à clínica veterinária.

A insulina para cachorros é administrada na forma de injeção subcutânea. É imprescindível conservá-la na geladeira - jamais em temperatura ambiente ou no congelador. Atualmente existem canetas de insulina para cães, que também estão disponíveis na medicina humana, permitindo uma administração mais fácil de insulina.

Antes de aplicar a insulina em um cachorro, você deve conversar com um médico veterinário para que, após os diagnóstico exato, ele possa recomendar a insulina ideal para o peludo.

Em seguida, para aplicar a insulina corretamente no cão diabético, é preciso utilizar uma seringa adequada de acordo com a concentração do produto indicado pelo profissional. Aqui listaremos alguns passos:

1. Antes de mais nada, faça uma boa limpeza do local onde será aplicada a insulina com álcool 70% com um algodão ou gaze.
2. Retire do frasco da insulina a dose indicada com a seringa e remova as bolhas de ar que se formam dando pequenas batidas na seringa
3. A insulina para cachorro deve ser aplicada na região das costelas, sempre por via subcutânea.
4. Segure a pele na região formando uma prega, e levante-a para ter espaço suficiente para receber a injeção
5. Formando um ângulo de 45 graus na direção da pele do animal, aplique todo o conteúdo com a dose indicada da insulina.
6. Depois, descarte tanto a agulha como a seringa.

Imagem: Reprodução/stortvet.com

Caso nosso cão esteja fazendo tratamento com algum outro remédio e o veterinário não sabe, devemos informá-lo para evitar interações medicamentosas. Durante a gestação e a amamentação é possível usar insulina, mas sempre com um controle estrito do veterinário para haver adaptação às mudanças comuns desses períodos.

A aplicaçao de insulina em cães pode provocar uma situação de hipoglicemia, ou seja, uma queda abaixo dos parâmetros normais na quantidade de glicose no sangue. Esse quadro clínico costuma ser leve, detectados sintomas como fome, ansiedade, movimentos inseguros, espasmos musculares, diminuição da coordenação, fraqueza nas patas traseiras ou desorientação. Se observarmos que o cão está passando por uma queda de açúcar no sangue, podemos alimentá-lo, como com uma fruta e, depois, levá-lo ao veterinário para verificar se é necessário administrar glicose. Além disso, o veterinário terá que ajustar a dose de insulina.

Por fim, podem ocorrer reações no local de aplicação injeção, que geralmente não requerem tratamento e se resolvem por conta própria. Para evitar esse incômodo, recomenda-se mudar o local da injeção.

A Caninsulin pode ser encontrada em caixas contendo 10 frascos-ampolas de 2,5 mL ou caixas contendo 01 frasco-ampola de 10mL. Em geral, seu preço varia entre R$70 a cerca de R$90.

Um cachorro diabético deve ter uma dieta um pouco diferenciada recomendada por um médico veterinário. O mais importante é sempre deixar disponível para o peludo água fresca, já que um cão com diabete precisa beber mais água que os demais animais.

A alimentação de um cachorro diabético precisa conter alimentos com muita fibra, como cereais, trigo, arroz, legumes, feijão verde e batata.

Para saber todos os detalhes sobre o que um cachorro com diabetes pode comer, confira o artigo que elaboramos no qual apresentamos algumas receitas para o seu melhor amigo.

Texto em colaboração com: Aerton Guimarães

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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