Cuidado do pelo

Quanto tempo dura a queda de pelos dos cachorros?

 
Carla Moreira
Por Carla Moreira, Médica veterinária. 12 março 2024
Quanto tempo dura a queda de pelos dos cachorros?
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Conviver com alguns pelos pela casa e nas roupas é um acontecimento normal para os tutores de pet, pois a troca de pelos faz parte da fisiologia da pele dos cachorros. Existe um ciclo de crescimento, maturação e queda dos pelos, onde a pele nunca fica desprotegida, sendo coberta continuamente por pelos e sem lesões. Falhas na pelagem e queda excessiva de pelos podem indicar que o seu amigo não está muito bem de saúde, pois a pelagem atua como um espelho das condições do corpo do animal.

No entanto, nem toda queda de pelos significa que o cachorro esteja doente, podendo ser apenas uma fase de troca, preparando o animal para o frio ou mesmo para o calor. Além da troca natural, existem outros fatores que influenciam a queda de pelos nos cachorros, como alimentação e doenças, deixando a pelagem sem vida, ressecada, com falhas e caindo bastante. Para ajudar seu amigo a passar por essas alterações com mais tranquilidade, o PeritoAnimal elaborou este artigo sobre quanto tempo dura a queda de pelos dos cachorros, com várias dicas de como cuidar da pelagem do seu pet. Se você tem um cachorro em casa e acha que ele está perdendo muito pelo, não deixe de ler este artigo e pegar todas as dicas! Boa leitura!

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Índice

  1. Quanto tempo dura a queda de pelos dos cachorros?
  2. De quanto em quanto tempo o cachorro troca de pelo?
  3. O que é bom para diminuir a queda de pelos do cachorro?

Quanto tempo dura a queda de pelos dos cachorros?

Os pelos não crescem continuamente, mas sim em ciclos, que consistem em um período de crescimento (anagênico), durante o qual o folículo está ativamente produzindo pelos, um período de descanso (telogênico), quando o crescimento piloso cessa e o pelo fica retido no folículo piloso e um período em que o pelo é eliminado do ambiente (exogênico), para ser então substituído por um novo pelo em crescimento (anagênico). Além dessas, ainda existe uma fase de transição (catagênica) entre o período anagênico e telogênico.

As fases podem ter sua duração variável, de acordo com a espécie animal, a raça, a idade, o sexo, a região do corpo. Podem também ser modificadas por fatores fisiológicos e por doenças. Nos cachorros, a troca de pelos ocorre em padrão de mosaico, com folículos vizinhos em diferentes estágios do ciclo em um mesmo momento. Por esse motivo, não ficam falhas de pelos no corpo do cachorro.

Com isso, podemos perceber que sempre haverá troca de pelos nos cachorros. Sempre cairão pelos pela casa, mas em alguns momentos, a troca será mais intensa. Ocorre uma adaptação dos pelos frente às variações ambientais sazonais. Esse fenômeno é influenciado principalmente pela variação do fotoperíodo (duração de luz no dia) e em menor grau pela variação da temperatura ambiental.

Como a capacidade da pelagem em regular a temperatura corporal relaciona-se estreitamente com seu comprimento, espessura e densidade, é de se esperar que no inverno os cães fiquem com uma pelagem mais densa. Essa troca mais intensa pode durar até um mês, diminuindo aos poucos assim que a pelagem é trocada. Após o inverno, os pelos tendem a cair com maior intensidade para que fique uma pelagem mais fina e adequada ao período de calor.

Neste artigo do PeritoAnimal explicamos mais sobre a Queda de pelo em cachorros - Causas e tratamento.

De quanto em quanto tempo o cachorro troca de pelo?

A troca de pelos é contínua, nunca cessa. Mas existem alguns períodos nos quais ela é mais intensa, como no início do verão e do inverno. Por isso, a troca acontece mais intensamente a cada 6 meses.

O que é bom para diminuir a queda de pelos do cachorro?

Não existe uma fórmula mágica para fazer os pelos pararem de cair, pois isso faz parte da fisiologia do cachorro. De qualquer forma, para garantir uma pelagem saudável, assim como uma pele livre de doenças, o cachorro deverá receber uma dieta de qualidade e na quantidade correta para o seu metabolismo.

Ingredientes de qualidade fazem a diferença para a pelagem do animal, que necessita de vitaminas e nutrientes para um crescimento saudável. A matéria-prima utilizada na dieta do cachorro deverá ser fresca, rica em ômega 3 e 6, que deixam os pelos mais sedosos e brilhantes. O uso de xampus adequados também pode influenciar na queda dos pelos. Procure utilizar produtos específicos para cachorros, para que não ocorram agressões à pele do animal.

Uma rotina de banhos regulares também auxilia na queda excessiva de pelos. Muitos banhos podem ressecar a pele do cachorro, causando coceira e desconforto. O resultado será um cachorro que se coça muito, com consequente queda aumentada de pelos. Em uma situação normal, onde o animal se encontra saudável, a frequência de um banho mensal é suficiente para manter o cachorro limpo e com a pele saudável. Banhos em excesso retiram a gordura da pele, além de ressecarem os pelos e causarem coceira. Por isso, não exagere na quantidade de banhos no seu amigo!

Outra dica valiosa é evitar o contato com cloro em excesso. Isso acontece muito com cães que gostam de nadar e costumam pular em piscinas. A pelagem pode ficar ressecada e cair com mais facilidade quando exposta excessivamente ao sol e ao cloro. Não precisa proibir o pet de brincar na piscina, basta não exagerar na dose! E após os mergulhos, sempre lavar bem a pelagem com xampu neutro, para retirar todo o excesso de cloro.

A escovação também ajuda a manter a pelagem livre de nós e com retenção de umidade. Além disso, a escovação retira sujeiras e os pelos mortos, deixando a pelagem mais limpa e arejada. O uso de secadores pode aumentar a queda dos pelos, sendo indicado apenas quando extremamente necessário e na opção “morno”. Realizar hidratações na pelagem também pode ser uma boa opção para mantê-la bonita. O uso de óleos pode ajudar a desembaraçar os pelos e ainda dar brilho.

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Bibliografia
  • Favarato, E.S. Estudo do ciclo piloso em cães de diferentes pelames em região de clima tropical no Brasil. Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, 2006. Disponível em https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/5077/1/texto%20completo.pdf. Acesso em 26/02/2024.
  • Santana, G.M. et al. Avaliação do ciclo do pelo através do tricograma em cães com lesões dermatológicas pruriginosas. XXVI Congresso de Iniciação Científica, 3ª Semana Integrada UFPEL, 2017. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2017/CA_02956.pdf. Acesso em 27/02/2024.
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