Onde vive o beija-flor?
Os beija-flores são pequenas aves conhecidas por sua forma ágil de voar e capacidade de permanecer em posições fixas suspensas no ar, o que as torna aves realmente fascinantes. Mais de 300 espécies desses diminutos animais foram identificadas, que além de sua beleza possuem uma capacidade adaptativa interessante.
Um dado curioso é que os beija-flores são próprios da América, com um maior desenvolvimento nas zonas tropicais. Neste artigo do PeritoAnimal, falamos sobre onde vive o beija-flor. Vamos começar!
Distribuição dos beija-flores
Os beija-flores são aves que se distribuem exclusivamente no continente americano, com uma faixa que vai do Alasca, no Canadá, até a Terra do Fogo, no Chile e também na Argentina. Assim, não existem espécies de beija-flores em nenhuma outra parte do mundo. Essas maravilhosas aves estão adaptadas aos ecossistemas americanos, tendo inclusive coevoluído com plantas nectaríferas das quais se alimentam.
Dessa forma, os beija-flores são aves emblemáticas da América, cobrindo uma variedade de climas e ecossistemas. A maioria das espécies se desenvolve mais ao sul, na América Latina, principalmente em áreas tropicais e subtropicais. No entanto, países como Colômbia, Equador e Venezuela possuem uma riqueza importante dessas aves.
Entretanto, como mencionamos, a distribuição dos beija-flores inclui o norte da América, portanto, também encontramos espécies no Canadá, Estados Unidos e México.
Habitat do beija-flor
Devido à ampla faixa de distribuição que os beija-flores ocupam do norte ao sul da América, eles têm uma ampla gama de habitats, que incluem:
- Florestas úmidas: de zonas tropicais;
- Zonas áridas: de regiões desérticas;
- Regiões muito elevadas.
No entanto, independentemente do habitat em que vivem, há um requisito indispensável para seu desenvolvimento: as fontes de néctar, que são seu principal alimento. Portanto, onde vivem os beija-flores e do que se alimentam estão intimamente relacionados.
Assim, por exemplo, se nos concentrarmos no habitat dos beija-flores conforme a região em que vivem, encontramos que:
- Em áreas desérticas onde o néctar é escasso, as espécies características dessas regiões estão adaptadas a se alimentar de flores de cactos, incluem pequenos insetos em sua dieta ou se deslocam para outros locais;
- Em zonas tropicais, é comum habitarem em florestas chuvosas e nubladas, habitats que apresentam uma diversidade significativa de flores com altos conteúdos de néctar, de modo que têm constantemente disponibilidade de alimento, além de refúgio contra predadores;
- As espécies de beija-flores que vivem em regiões frias e em altas elevações estão adaptadas as condições de baixas temperaturas e até mesmo a menores níveis de oxigênio.
Se você deseja saber mais sobre a dieta desses animais, confira o artigo do PeritoAnimal sobre "Animais que se alimentam de plantas (herbívoros)".
Onde ver beija-flor?
Os beija-flores podem ser observados em diferentes regiões da América, que, como mencionamos, vão do Alasca, no norte, até o Chile e a Argentina, no sul. Embora, ao contrário de outros tipos de aves, sejam poucas as espécies de beija-flores que migram, isso influencia em certos casos os locais onde podem ser observados, pois depende das rotas migratórias.
Nesse sentido, alguns dos lugares onde se podem ver beija-flores incluem:
- Florestas nubladas da América Latina: em países como Equador, Colômbia, Costa Rica e Venezuela, é comum não apenas que seus habitantes desfrutem de encontrar beija-flores, mas que os observadores de aves saibam que esses lugares são destinos populares para vê-los, devido à diversidade de espécies que se encontram nessas áreas;
- Regiões da América do Norte: as principais espécies de beija-flores migratórias se localizam nessas áreas, de modo que em regiões como Colorado e Utah, é comum que essas aves migrem na primavera e no verão;
- Regiões desérticas dos Estados Unidos e do México: como mencionamos, há espécies de beija-flores que se desenvolvem nesse tipo de habitat, portanto, em zonas desérticas, áridas ou costeiras, os beija-flores podem aproveitar plantas como agaves ou cactos quando estão em floração;
- Jardins urbanos: nos países onde as espécies encontram fontes de alimento nas cidades, os habitantes podem observar beija-flores nos jardins de casas, parques ou praças. É comum que as pessoas instalem comedouros de aves com água açucarada ou plantem flores específicas que tenham boa produção de néctar, para que essas aves sejam mais frequentes. Assim, por exemplo, em algumas áreas dos Estados Unidos, México, Costa Rica ou Venezuela, os beija-flores são comuns em jardins.
Dentro das características do beija-flor, destaca-se seu rápido bater de asas. Continue lendo para ser mais!
Áreas protegidas onde vivem os beija-flores
A conservação dos beija-flores, assim como a do restante das aves, depende da saúde ambiental dos ecossistemas. Nesse sentido, fatores como o desmatamento e as mudanças climáticas ameaçam muitas das regiões onde habitam os beija-flores, sendo as áreas protegidas indispensáveis para a sobrevivência dessas aves.
A seguir, mencionamos algumas áreas protegidas onde vivem os beija-flores:
- Reserva Biológica do Bosque Nuboso de Monteverde – Costa Rica;
- Reserva Yanacocha – Equador;
- Parque Nacional de Sierra Nevada – Colômbia;
- Parque Nacional Yasuní – Equador;
- Reserva Nacional Allpahuayo-Mishana – Peru;
- Parque Nacional El Ávila (Waraira Repano) – Venezuela;
- Parque Nacional do Manú – Peru;
- Parque Nacional Corcovado – Costa Rica;
- Parque Nacional Podocarpus – Equador;
- Parque Nacional Canaima – Venezuela;
- Parque Nacional Los Nevados – Colômbia;
- Reserva Natural Tambopata – Peru;
- Parque Nacional Iguazú – Argentina;
- Parque Nacional La Campana – Chile;
- Reserva da Biosfera Mbaracayú – Paraguai;
- Parque Nacional das Montanhas Rochosas – Estados Unidos;
- Parque Nacional de Zion – Estados Unidos;
- Parque Nacional e Reserva de Denali – Alasca.
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- Myers, P., R. Espinosa, C. S. Parr, T. Jones, G. S. Hammond, and T. A. Dewey. (2024). The Animal Diversity Web. Disponible en: https://animaldiversity.org.
- IUCN. (2024). The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2024-1. Disponible en: https://www.iucnredlist.org