Gato com vitiligo - Tudo sobre a doença

Vários fatores estão relacionados às causas desta doença, como autoimunidade, fatores ambientais e herança genética. Além disso, o vitiligo tem sido considerado uma doença autoimune (o corpo ataca suas próprias células) devido à associação positiva com algumas doenças como tireoidites, diabetes mellitus e alopecia areata (queda repentina de pelos, deixando falhas na pelagem).

A associação do vitiligo com doenças como tireoidite, anemia autoimune, diabetes mellitus, esclerodermia localizada, alopecia areata, miastenia grave e pênfigo vulgar confirma essa teoria. Nesses casos, os autoanticorpos foram demonstrados contra a tireóide, as adrenais, células parietais, melanócitos, além da ocorrência de melanoma maligno em gatos com vitiligo.

O vitiligo felino não é uma doença contagiosa, não oferecendo risco para outros animais que convivam no mesmo ambiente. Caso você tenha um gato com vitiligo, não será necessário separá-lo dos demais, podendo manter os mesmos objetos compartilhados, como escovas e comedouros, sem riscos de contaminação.

O vitiligo caracteriza-se por manchas inicialmente mais claras na pelagem, notadas geralmente nas áreas expostas à luz, como o dorso do nariz, das patas e ao redor de orifícios corporais, com tendência a distribuição simétrica. Os pelos também podem ser acometidos (leucotríquia).

O prurido e a inflamação raramente estão presentes, entretanto danos à pele sadia frequentemente determinam as áreas de despigmentação. A leucotríquia generalizada, embora variável pela maioria do pelame, é comum em alguns casos, assim como a despigmentação proximal das unhas. Apesar desses sintomas, o animal apresenta-se saudável, sem alterações em outros órgãos e sem comprometimento da sua qualidade de vida. Ele não sente dor e nem desconforto, apenas fica com a pele e os pelos despigmentados em algumas regiões do corpo.

Os animais acometidos não apresentam histórico sugestivo de doença sistêmica e o quadro não apresenta prurido. É um distúrbio que pode ser herdado ou adquirido, caracterizando-se por destruição seletiva de melanócitos na pele e nas células da matriz do pelo que resulta em leucodermia (despigmentação da pele) e leucotríquia. As manchas claras podem ser notadas quando os pelos começam a ficar mais claros, indicando os locais afetados. Nesses locais, a pele geralmente encontra-se íntegra, sem qualquer lesão, apenas sem coloração.

Infelizmente, o vitiligo no gato é uma condição que não tem cura e nem tratamento. Mas apesar disso, você não precisa ficar preocupado, pois a doença não oferece riscos à saúde do animal e nem causa qualquer tipo de desconforto ou perda de qualidade de vida no bichano. Os cuidados com o gatinho não serão muito diferentes daqueles dispensados a um animal saudável, devendo apenas evitar a exposição ao sol.

Em animais, ainda não existem relatos de tratamentos efetivos. O que deve ser feito é evitar que o gatinho fique exposto ao sol, pois a despigmentação da pele deixa esse órgão menos protegido contra os raios ultravioletas, podendo resultar em queimaduras, inflamações e até mesmo câncer de pele.

Caso não seja possível evitar o sol, o uso de protetor solar pode ser benéfico nesses casos. A pele mais sensível, quando exposta ao sol, pode apresentar alterações e sensibilidade. Caso você perceba que a pele do gato está mais avermelhada, procure orientação do médico veterinário. Apesar de ser indicado o uso do protetor solar, deve-se evitar que o gato fique lambendo o produto que foi aplicado nele.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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