Bicho-de-pé em gatos - Sintomas e como tirar

Sim, gatos podem pegar bicho-de-pé. Assim como os cachorros, ratos, pessoas, porcos e outros animais. Apesar de os felinos possuírem o hábito de se higienizar continuamente, a penetração da pulga na pele do gato pode acontecer rapidamente, não havendo tempo para que ele retire o parasita de seu corpo.

Na maioria das vezes, a tungíase é assintomática, mas podem acontecer complicações. Assim, os sintomas de bicho-de-pé em gatos, são:

• Perda de unha
• Feridas infectadas
• Edema
• Dor
• Pústula
• Supuração
• Úlceras
• Infecções bacterianas
• Deformidade dos dedos e infestação grave, fazendo com que o gato tenha dificuldades para caminhar.

Outro sintoma comum é o ato de lamber as patas o tempo todo, onde se encontra o parasita. A lambedura pode piorar a infecção ou evoluir para uma mutilação, pois o gato não entende o que está acontecendo e acaba arrancando pedaços da pele para se livrar do incômodo causado pelo parasita.

Caso não seja uma infestação, a retirada manual pode ser uma opção, lembrando que o gato sentirá um incômodo e pode não permitir o procedimento. É sempre bom saber que a retirada em casa possui o risco de o parasita se partir e deixar restos ou ovos na pele, o que pode causar inflamação e infecção. A seguir apresentamos um passo a passo sobre como tirar bicho-de-pé do gato:

1. O primeiro passo é higienizar a pele da região com álcool 70% ou clorexidine;
2. Com uma agulha fina e esterelizada, deve-se destacar a pele ao redor do casulo, até que ele seja retirado por inteiro. Caso o casulo se rompa, os ovos podem se espalhar e nascerem vários bichos-de-pé novos.
3. Onde estava a pulga, inserida na pele do animal, ficará um “buraco”, que deverá ser tratado com antibiótico tópico para que não se torne um foco de infecção.
4. Objetos como tesouras, palitos, pinças, grampos de cabelo ou agulhas de costura não devem ser utilizados para retirar o bicho-de-pé, pois não são instrumentos adequados para isso e nem são estéreis.
5. Em casos de infestação intensa, o ideal é utilizar medicamentos sistêmicos, como a ivermectina, por exemplo. O remédio matará o bicho e seus ovos, que serão absorvidos pelo corpo posteriormente.
6. Feridas infeccionadas devem ser tratadas com antibióticos tópicos ou sistêmicos, que só poderão ser prescritos pelo médico veterinário.

Outros casos mais graves, com perda de unhas, deformação de dedos e infecções graves, devem ser tratados com orientação profissional, pois causam muita dor e desconforto ao animal.

Neste outro artigo falamos sobre os diferentes problemas nas unhas dos gatos.

O tratamento caseiro para bicho-de-pé em gatos não é capaz de eliminar o parasita, mas pode trazer alívio ao bichano e evitar o desenvolvimento de uma infeção. Aqui citamos duas opções de tratamento caseiro:

1. Lavar o pé afetado com vinagre e calêndula

O objetivo é obter uma ação antisséptica e antimicrobiana, mantendo a pele limpa e saudável.

• Você deve fazer uma mistura de 4 colheres de sopa de flores secas de calêndula (previamente colocadas em água fervente)
• 60 ml de vinagre
• 100ml de água.
• Umedeça um algodão com essa mistura e limpe o local da lesão. Esse procedimento pode ser repetido várias vezes ao dia, até que o parasita seja retirado.

2. Própolis

O segundo tratamento pode ser realizado em conjunto com o primeiro, descrito acima.

• Aplique própolis diretamente na região afetada
• Cubra com um esparadrapo. Isso ajudará na desinfecção da ferida.

Sim, as pessoas podem pegar o bicho-de-pé dos gatos, pois se trata do mesmo parasita. Mas para que isso aconteça, a pessoa terá que entrar em contato direto com o casulo do parasita que se encontra no gato, na hora da retirada. Por isso, é aconselhável o uso de luvas quando for retirar o bicho-de-pé do gato.

Em ambiente muito contaminados, a pulga pode se alojar no pelo dos animais, pois é muito pequena, infectando as pessoas que tiverem contato com esses bichanos.

Neste outro artigo falamos sobre as doenças transmitidas por gatos e seus sintomas.

Se o bicho-de-pé do gato não for retirado, pode ser tornar foco de infecção, gerando vários transtornos ao animal. O ciclo de vida do bicho-de-pé dura cerca de três semanas, com o casulo aumentando de tamanho à medida que a fêmea coloca seus ovos. Após esse período, a pulga morre e os ovos começam a eclodir, liberando larvas de novos animais, que podem se espalhar pelo corpo do animal ou pelo ambiente, infectando novos animais ou pessoas.

A prevenção da tungíase é um desafio, principalmente em regiões muito contaminadas. Os ovos, larvas e pupas das pulgas podem sobreviver no ambiente por semanas ou até meses, preferencialmente em solo seco, arenoso e com pouca luminosidade, como próximo a chiqueiros, a montes de esterco e em locais perto das casas (jardins e hortas). A disseminação do parasita é maior nos períodos de estiagem.

A melhor forma de prevenir que o gato pegue bicho-de-pé é evitando que o bichano caminhe por locais sabidamente contaminados ou com histórico de criação de porcos. O controle do ambiente com inseticidas também é importante, para que haja a interrupção da cadeia epidemiológica e da transmissão do parasita.

Agora que você já sabe o que é, sintomas e como tirar bicho-de-pé de gatos, não perca o vídeo a seguir no qual apresentamos algumas curiosidades sobre as patas dos gatos:

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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