Animais da Oceania

O kiwi-comum (Apteryx australis) é uma ave que representa o símbolo nacional da Nova Zelândia, de onde é endêmico (nativo daquela região). Existem várias espécies do grupo dos kiwis, sendo uma delas o kiwi-comum. Tem um tamanho pequeno, atingindo cerca de 55 cm, com bico longo e fino, e é caracterizado por botar um ovo relativamente grande em relação ao seu tamanho.

Desenvolve-se em diversos tipos de habitats, desde dunas de areia costeiras a florestas, matagais e pastagens. É uma ave onívora que consome invertebrados, frutos e folhas. Atualmente está classificado na categoria vulnerável quando falamos em ameaça de extinção devido ao impacto que as populações sofreram por predadores introduzidos no país.

O kakapo (Strigops habroptilus) é uma peculiar ave endêmica da Nova Zelândia, que pertence ao grupo dos pssitaciformes, e tem a notoriedade de ser o único do seu grupo que não é capaz de voar, além de ser o mais pesado de todos. Tem hábitos noturnos, sua dieta é baseada em folhas, caules, raízes, frutos, néctar e sementes.

O kakapo se desenvolve em uma grande variedade de tipos de vegetação na maioria das ilhas da região. Está criticamente ameaçado de extinção devido aos predadores, principalmente introduzidos, como os arminhos e os ratos-pretos.

A tuatara (Sphenodon punctatus) é um saurópsido que, embora tenha uma aparência similar à das iguanas, não está intimamente relacionada ao grupo. É um animal endêmico da Nova Zelândia, com características únicas, como o fato de praticamente não ter sofrido modificações desde o Mesozóico. Além disso, é bastante longeva e tolera temperaturas baixas, ao contrário da maioria dos répteis.

Está presente em ilhas com falésias, mas também pode ser encontrada em vários tipos de florestas, vegetação rasteira e pastagens. Seu estado atualmente é considerado pouco preocupante, embora no passado a introdução de ratos tenha afetado a população. A alteração do habitat e o comércio ilegal também tendem a afetar este animal da Oceania.

A aranha viúva-negra (Latrodectus hasselti) é nativa da Austrália e Nova Zelândia, vivendo principalmente em áreas urbanas. Tem a particularidade de ser venenosa, capaz de inocular uma neurotoxina que, apesar dos efeitos adversos na pessoa afetada, não é letal.

É uma aranha bastante pequena, com os machos variando entre 3 e 4 mm enquanto as fêmeas chegam a atingir 10 mm. Tem hábitos noturnos e se alimenta principalmente de insetos, embora possa prender animais maiores como roedores, répteis e até pequenas aves em suas redes.

O diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii) é um dos animais da Oceania mais populares do mundo devido aos famosos desenhos dos Looney Tunes. A espécie pertence à ordem dos mamíferos marsupiais endêmica da Austrália, sendo considerado o maior marsupial carnívoro atualmente. É de corpo robusto, com aparência semelhante a de um cachorro, pesando em média 8 kg. Alimenta-se ferozmente dos animais que caça, mas também consome carniça.

Este animal possui um odor desagradável, geralmente tem hábitos solitários, consegue correr em alta velocidade, subir em árvores e é um bom nadador. Desenvolve-se especificamente na ilha da Tasmânia, em praticamente todos os habitats disponíveis na região, com exceção das áreas mais altas. A espécie está na categoria de ameaçadas de extinção, principalmente por sofrer de uma doença conhecida como tumor facial do diabo-da-tasmânia (DFTD), além da frequência de atropelamentos e a caça direta.

O ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é uma das espécies atuais de monotremados, que corresponde aos poucos mamíferos que botam ovos, e também é única em seu gênero. O ornitorrinco é outro dos animais da Oceania, especificamente da Austrália. É um animal muito peculiar, pois é venenoso, semi-aquático, com um bico parecido ao de um pato, cauda de castor e patas parecidas com as de uma lontra, então é uma combinação que desafiou a biologia.

Pode ser encontrado em Victoria, Tasmânia, Austrália do Sul, Queensland e Nova Gales do Sul, desenvolvendo-se em corpos d'água como riachos ou lagos rasos. Ele passa a maior parte do tempo na água para se alimentar ou em tocas que constrói no solo. Está quase ameaçado de extinção, devido à alteração dos corpos d'água por secas ou por modificações antrópicas.

O coala (Phascolarctos cinereus) é um marsupial endêmico da Austrália, encontrado em Victoria, Austrália do sul, Queensland, Nova Gales do Sul. É o único membro da família Phascolarctidae, sendo um animal facilmente identificado por sua aparência carismática, caracterizada pela falta de cauda, ​​com cabeça e nariz grandes e orelhas arredondadas cobertas de pelos.

Sua alimentação é folívora, com hábitos arbóreos. Localiza-se em florestas e terras dominadas pelo eucalipto, principal espécie na qual baseia sua dieta, embora possa incluir outras. Estes são outros animais da Oceania que, infelizmente, encontram-se em estado de vulnerabilidade devido à alteração de seu habitat, o que os torna suscetíveis a predadores e doenças.

O lobo-marinho-australiano (Arctocephalus pusillus doriferus) é uma espécie do grupo Otariidae, do qual fazem parte mamíferos que, embora estejam altamente adaptados a nadar, diferentemente das focas, se locomovem com agilidade também na terra. Este que faz parte dos animais da Oceania é uma subespécie nativa da Austrália, localizando-se especificamente entre a Tasmania e Victoria.

Os machos são consideravelmente maiores do que as fêmeas, alcançando um peso de até 360 kg, o que faz deles os maiores lobos marinhos. O lobo-marinho-australiano se alimenta principalmente em áreas bentônicas, consumindo grande número de peixes e cefalópodes.

A taipan-do-interior ou taipan-ocidental (Oxyuranus microlepidotus) é considerada a serpente mais venenosa do mundo, com um veneno que supera a toxicidade da naja ou da cobra-cascavel, já que em uma única mordida há veneno suficiente para matar várias pessoas. É endêmica da Austrália do Sul, Queensland e Território do Norte.

Apesar de sua letalidade, não é agressiva. É encontrada em solos escuros com presença de fissuras, produto do transbordamento de corpos d'água. Alimenta-se principalmente de roedores, pássaros e lagartixas. Embora seu estado de conservação seja considerado pouco preocupante, a disponibilidade de alimentos pode ser um fator que afeta a espécie.

Outro dos animais da Oceania é o peixe-salamandra (Lepidogalaxias salamandroides), uma espécie de peixe de água doce, sem hábitos migratórios e endêmica da Austrália. Geralmente não ultrapassa 8 cm de comprimento, e ele possui uma característica peculiar: sua nadadeira anal foi modificada para possibilitar o desenvolvimento da fecundação interna.

É geralmente encontrado em corpos d'água rasos, que foram acidificados pela presença de taninos, que também tingem a água. O peixe-salamandra está em perigo de extinção devido às alterações provocadas pela mudança climática nos padrões das chuvas, que afetam os corpos d'água onde vive. Além disso, incêndios e outras alterações nos ecossistemas influenciam a tendência populacional da espécie.

Imagem: fishesaustralia.net.au

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