A leptospirose canina - Sintomas e tratamento
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Quando falamos de saúde animal não nos referimos apenas a ausência de doença, mas também a um estado de bem-estar fruto de cobrir todas as necessidades que o nosso pet apresenta, tanto físicas como psíquicas e sociais.
Mas quanto à saúde física, devemos esclarecer que são muito poucas as doenças exclusivas do ser humano, pelo que o nosso cachorro pode sofrer das mesmas condições que nós.
No PeritoAnimal vamos lhe falar sobre os sintomas e tratamento da leptospirose canina, uma doença de grande importância uma vez que se trata de uma zoonose, ou seja, de uma condição que se pode transmitir de animais para humanos.
O que é a leptospirose canina
A leptospirose canina é uma doença infecciosa causada por um gênero de bactérias chamadas Leptospira, mas as que normalmente afetam o cachorro são a Leptospira Canicola e a Leptospira Icterohaemorrhagiae
Este grupo de bactérias afetam a maioria dos mamíferos domésticos e selvagens, para além dos animais de sangue frio e os seres humanos.
A prevalência desta doença aumenta nos meses de altas temperaturas e é maior em cachorros machos, acredita-se que devido aos hábitos de cheirar e lamber urina que estes apresentam.
Como ocorre o contágio
O contágio da leptospirose canina ocorre quando a bactéria penetra o animal através da mucosa nasal, bucal, conjuntiva ou através da pele que apresenta algum tipo de ferida.
Através da mucosa, a bactérias alcançam a corrente sanguínea e distribui-se através desta até chegar aos diferentes órgãos e tecidos, uma vez nestes, ocorre uma reação imune por parte do animal.
Esta reação causa a morte do patógeno o que provoca a liberação de toxinas por parte deste, e no caso da bactéria ter conseguido evadir a resposta do sistema imune, se depositará no fígado e no rim, o que causará graves transtornos, tal como vamos ver mais à frente.
Contágio da leptospirose canina
A principal via de contágio da leptospirose entre animais é a água ou a comida contaminada com a urina de outros animais doentes. O contágio da leptospirose entre animais e humanos ocorre quando as pessoas entram em contato com a água, comida ou urina contaminada, embora também se possa transmitir através do solo, se esta superfície se encontrar infetada e tiver o hábito de andar descalço.
Dado que a principal via de transmissão é através da ingestão de água ou alimentos contaminados, deve-se ter especial cuidado com as crianças que convivem com animais.
Sintomas da leptospirose canina
A maioria das vezes esta doença decorre sem evidenciar sintomas, em outros casos pode-se observar um curso agudo ou crônico da patologia, mas em ambas as situações o prognóstico é reservado, uma vez que se trata de uma doença com uma taxa de mortalidade muito elevada, que oscila entre 70 e 90% dos casos.
Os sintomas da leptospirose canina são os seguintes:
- Febre
- Perda de apetite
- Vômitos e diarreia (por vezes com presença de sangue)
- Urina escura
- Sintomas de dor ao urinar
- Hálito com cheiro a urina
- Ulcerações na mucosa bucal
- Deterioração geral do animal
Os sintomas relacionados com a micção são especialmente importantes, uma vez que evidenciam um dano renal, o que implica um estado grave de todo o organismo.
Se observar qualquer um destes sintomas no seu cachorro deve ir de imediato ao veterinário, pois quanto mais cedo se iniciar o tratamento adequado, mais chances o seu pet tem de sobreviver.
Diagnóstico da doença
Para diagnosticar a leptospirose canina no seu pet, o veterinário realizará uma exploração completa e terá em conta todos os sintomas manifestados, mas também analisará a urina, que no caso de infecção mostrará um elevado número de proteínas e hemoglobina.
O diagnóstico definitivo realiza-se através de uma análise de sangue que mede parâmetros de serologia (anticorpos) ou através de uma observação microscópica da urina onde poderá observar-se a presença da bactéria leptospira.
Tratamento da leptospirose canina
O tratamento da leptospirose canina requer diversas medidas tanto farmacológicas como dietéticas.
Para começar vamos falar da combinação de antibióticos de amplo espetro (penicilina e estreptomicina) para combater a infecção bacteriana. Também é importante tentar reverter os sintomas e controlar o dano hepático e renal. Por último, é importante oferecer uma alimentação altamente nutritiva mas baixa em proteínas.
Lembre-se que o veterinário é a única pessoa que sabe recomendar o melhor tratamento para o seu cachorro.
Prevenção da leptospirose canina
Para prevenir a leptospirose canina recomenda-se que o cachorro seja vacinado com esse fim, no entanto, as vacinas disponíveis atualmente apresentam uma limitação nos serotipos, ou seja, não cobrem todas as bactérias do gênero leptospira.
A vacinação é uma prática altamente recomendável, embora as doses devem ser reforçadas a cada 6 meses, e não de forma anual. Para prevenir esta doença também é importante uma desinfeção periódica do ambiente do animal.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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