Vacinação

Primeira vacina de cachorro: qual é e quando é?

 
Alba Navas
Por Alba Navas. 23 setembro 2025
Primeira vacina de cachorro: qual é e quando é?
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A medicina veterinária preventiva é a ciência que estuda como minimizar ou evitar o contágio de doenças em nossos animais, já que muitas dessas doenças, por sua vez, também podem afetar os que convivem com eles. Para alcançar este objetivo, aplicam-se programas de vacinação, medidas de manejo e saúde para incrementar o bem-estar tanto dos cães quanto das pessoas que vivem com eles. A vacinação é uma das medidas preventivas mais importantes para manter uma boa saúde no seu cão, mas você sabe "primeira vacina de cachorro: qual é e quando é?". Bem, neste artigo do PeritoAnimal, contamos a você os benefícios que levar a caderneta de vacinação em dia traz, para que seu amigo cresça feliz e forte. Vamos lá?

Índice
  1. Qual é a primeira vacina para um filhote?
  2. Quando um filhote deve ser vacinado pela primeira vez?
  3. Para que serve a primeira vacina de um filhote?
  4. Quanto custa a primeira vacina de um filhote?
  5. Quais outras vacinas um filhote precisa tomar?

Qual é a primeira vacina para um filhote?

À medida que o filhote for perdendo os anticorpos da mãe, é importante que ele receba sua primeira vacina. A primeira vacina de um filhote é a contra a parvovirose e a cinomose canina, devido a essas serem as doenças mais comuns, infecciosas e mortais nessa idade.

Vamos conhecer os pontos-chave dessas patologias para entender por que é tão importante essa primeira vacina do filhote:

  • Cinomose canina: é um vírus que tem como órgãos-alvo os epitélios e também o sistema nervoso, por este motivo pode produzir uma enorme variedade de sinais clínicos. Em muitos casos, os sintomas são febre, diarreias hemorrágicas, apatia, mal-estar geral, vômitos, desidratação, etc., mas também pode aparecer tosse, dispneia (dificuldade respiratória), corrimento nasal, conjuntivite, ataxia (falta de coordenação)... Em suma, é uma doença muito grave;
  • Parvovirose canina: ataca com mais frequência os filhotes não vacinados, cujo sintoma mais grave são os vômitos, as diarreias hemorrágicas e a febre. São especialmente vulneráveis os de algumas raças, como o pastor alemão e o rottweiler.

É muito importante que seu filhote receba essas duas vacinas, primeiramente porque são doenças muito graves, as quais não têm tratamento específico. Na verdade, o tratamento consiste apenas em dar suporte com fluidoterapia (soro) e tratamento sintomático, além de antibióticos para evitar infecções secundárias. Os filhotes vacinados têm muito mais chances de sobreviver em caso de contágio.

Quando um filhote deve ser vacinado pela primeira vez?

Após seis semanas desde o nascimento, o filhote começa a perder a imunidade materna e seu sistema imunológico é capaz de sintetizar anticorpos. Se vacinássemos o filhote antes, os anticorpos maternos se uniriam aos antígenos e deixariam o cão desprotegido. Normalmente, quando o filhote atinge seis semanas de vida, costuma-se aplicar a primeira vacina, que consiste em administrar uma dose de vacina contra a parvovirose e a cinomose para não sobrecarregar o sistema imunológico. É fundamental que seu filhote esteja saudável e previamente vermifugado para que a vacina seja o mais efetiva possível. Portanto, antes de administrar a primeira vacina ao seu filhote, você deve vermifugá-lo seguindo as indicações do veterinário. Confira nosso artigo: "Vermífugo para cães filhotes - Quando dar, doses e como dar".

Segunda vacina de um filhote

Passada esta primeira dose, recomenda-se administrar duas ou três doses a mais da vacina contra a parvovirose e a cinomose canina após algumas semanas. Durante a administração dessas doses extras, também é inoculada a vacina contra a hepatite e a leptospirose para deixar o filhote completamente protegido. Assim, esta seria a segunda vacina do filhote.

As seguintes vacinas serão estas:

  • Vacina da raiva: aos três meses, será aplicada uma dose de raiva. Em 2024, foram registrados 10 casos de raiva em cães no Brasil, segundo o Ministério da Saúde[1];
  • Vacina da gripe canina: será aplicada quando o animal for se hospedar em um hotel para cães (creche) ou quando se aproximar a época de frio, que é quando a doença é mais frequente. É uma vacina intranasal. Também é conveniente aplicá-la em animais de risco, como os braquicefálicos, cardiopatas, idosos ou com problemas respiratórios crônicos;
  • Vacina da leishmaniose: pode ser aplicada aos 6 meses. É uma vacina que provoca mais efeitos colaterais do que outras. No primeiro ano, são necessárias três doses vacinais com um intervalo de 3 semanas entre elas. Depois, basta uma dose anual. É importante que o filhote não receba nenhum outro tratamento durante as duas semanas anteriores à primeira vacina da leishmaniose e até duas semanas após a última dose.

A duração de todas as vacinas é um pouco superior a um ano, mas para garantir um nível protetor de anticorpos, recomenda-se a revacinação anual de todas elas, sempre seguindo as orientações do veterinário.

Calendário de vacinas para filhotes

Em resumo, aqui está um calendário de vacinas para cachorros, incluindo as dos filhotes:

  • 6 semanas: parvovirose e cinomose;
  • 8 semanas: parvovirose, cinomose, hepatite, leptospirose;
  • 10 semanas: parvovirose, cinomose, leptospirose;
  • 12 semanas: raiva;
  • 6 meses: leishmaniose;
  • Outubro: gripe canina;
  • Anual: revacinação de todas elas.

Uma vez vacinado, seu filhote poderá sair à rua.

Primeira vacina de cachorro: qual é e quando é? - Quando um filhote deve ser vacinado pela primeira vez?

Para que serve a primeira vacina de um filhote?

A imunologia é a ciência que estuda o sistema imunológico, que previne os animais de contrair doenças. A primeira imunidade que os cães adquirem é a obtida através do leite materno (colostro), por isso é tão importante que os filhotes permaneçam com sua mãe durante todo o período de lactação, já que ela lhes fornecerá esses anticorpos que ajudarão a fortalecer seu sistema imunológico. Esses anticorpos duram no sangue até aproximadamente as 6 semanas de vida. Durante este período, os bebês estão protegidos, e é após esse tempo que se deve começar a vaciná-los.

Para que seu filhote crie anticorpos contra uma doença, é necessário que ele primeiro tenha contato com ela. Quando um microorganismo penetra em um cão, seu sistema imunológico detecta componentes estranhos e reage contra eles. A primeira reação é criar anticorpos que se ligam a ele para neutralizá-lo e apresentá-lo às células encarregadas da imunidade celular para que as destrua. Esses anticorpos são eficazes contra vírus e algumas bactérias; no entanto, não são suficientes para matar parasitas. Uma vez criado o anticorpo contra um patógeno, a informação pode ser armazenada por toda a vida.

É por isso que é importante que seu filhote receba sua primeira vacina para poder criar imunidade contra certas doenças graves, ou seja, na formação de anticorpos nas mucosas para evitar que os microorganismos consigam entrar em seu corpo ou, se entrarem, causem o menor dano possível em seu organismo.

Quanto custa a primeira vacina de um filhote?

O preço depende tanto do país quanto do próprio centro veterinário que a administra. No Brasil, o preço da vacina contra a cinomose pode variar entre R$ 60 a R$ 150 ou mais. Já o preço da vacina contra a parvovirose varia geralmente entre R$ 100 e R$ 200 por dose. Sabendo disso, você pode visitar várias clínicas para consultar seus preços antes de tomar uma decisão. Da mesma forma, saiba que tem a opção de contratar um plano de saúde para seu cachorro, em cujas coberturas esteja incluída a vacinação. Dessa forma, entre suas vantagens, você encontrará que não precisa pagar por elas.

Quais outras vacinas um filhote precisa tomar?

Uma vez conhecida a primeira vacina do filhote e as posteriores, faremos um resumo das vacinas que existem e costumam ser administradas a todos os filhotes, tanto pela primeira vez quanto anualmente, quando adultos:

  • Cinomose: doença viral de transmissão por contato com material infectado por fluidos corporais de animais infectados e por via aérea;
  • Parvovirose canina: vírus que provoca diarreias hemorrágicas com um forte odor fétido. A transmissão ocorre da mesma forma que a da cinomose;
  • Hepatite canina: vírus que se contagia por contato direto com qualquer objeto ou animal que tenha estado em contato com as secreções de outro infectado;
  • Raiva: está muito difundida no mundo e afeta todos os mamíferos. Transmite-se pela mordida de um animal infectado, habitualmente gato, cão, morcego, furão, lobo ou raposa, já que o vírus é eliminado pela saliva;
  • Leptospirose: é causada por uma bactéria. O contágio ocorre pelo contato da urina infectada com lesões na pele ou por mucosas;
  • Leishmaniose: é uma doença vetorial produzida pelo protozoário intracelular Leishmania infantum, o qual é transmitido de um hospedeiro a outro por meio do mosquito do gênero Flebotomo;
  • Gripe canina: também conhecida como traqueobronquite infecciosa, é uma doença complexa causada principalmente pelo vírus da influenza e uma bactéria (Bordetella bronchiseptica), embora outros organismos também possam intervir. Transmite-se por contato direto entre cães infectados.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Raiva Animal. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/raiva/raiva-animal>. Acesso em 09 de setembro de 2025.
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