O que é siringomielia em cães?

A siringomielia é uma patologia que se origina devido a um distúrbio anatômico conhecido como malformação de Chiari ou CM.

Essa malformação consiste em um crânio de tamanho muito pequeno para acomodar adequadamente a massa cerebral. Essa desproporção é evidente principalmente na fossa caudal ou parte traseira da estrutura craniana. Isso, por fim, produz uma alteração no movimento normal do líquido cefalorraquidiano, resultando na siringomielia.

A siringomielia é o distúrbio que leva ao desenvolvimento de cavidades anormais ao longo da medula espinhal, cheias de líquido cefalorraquidiano, e cujo principal perigo é o aumento da pressão que exercem sobre as estruturas nervosas.

Embora seja verdade que as raças braquicefálicas (de focinho achatado) tenham maior risco de sofrer essa doença, ela pode afetar qualquer cão, independentemente da raça ou sexo, embora seja muito comum em cães da raça cavalier king charles spaniel.

O principal sintoma da siringomielia é a dor. É mais fácil observar quando nosso animal de estimação reclama, aparentemente, sem motivo, já que a dor pode ser difusa e difícil de localizar. Outros sintomas que essa doença pode causar são:

• Falta de coordenação e fraqueza nas extremidades;
• Coceira excessiva e mordida na pele, devido às sensações nervosas que a doença provoca;
• Dormir com a cabeça elevada, pois isso pode aliviar a dor em alguns casos.

Nem todos os cães afetados pela siringomielia apresentam todos esses sintomas. Também é possível observar isso em um cão que não esteja afetado por essa doença, daí a importância de buscar ajuda veterinária ao suspeitar que algo possa estar acontecendo com nosso animal de estimação.

Geralmente, a siringomielia em cães é diagnosticada por meio de uma ressonância magnética, que mostrará na imagem todas as cavidades cheias de líquido cefalorraquidiano que comprimem a medula espinhal.

O tratamento cirúrgico apresenta bons resultados em aproximadamente 80% dos casos, embora seja um procedimento muito complexo e que também pode exigir recursos econômicos significativos.

Também é possível reduzir a dor com o auxílio de medicamentos anti-inflamatórios, podendo ser indicados derivados de morfina ou cortisona em casos mais graves.

O tratamento farmacológico pode ser complementado com terapias alternativas que ajudarão a aliviar a dor de forma menos agressiva e sem efeitos colaterais, embora o profissional mais adequado para supervisioná-las seja um veterinário holístico.

É importante seguir algumas dicas que podem melhorar muito a qualidade de vida do cão, dedicando tempo aos seus cuidados, seja no pós-operatório ou na administração diária da medicação.

Com uma ação simples, como elevar o comedouro do nosso cão, podemos melhorar seus sintomas, pois dessa forma ele não precisará forçar a coluna ao abaixar a cabeça e poderá se alimentar de forma confortável e sem dor.

Também devemos saber que, se somos tutores de um cão com siringomielia, nunca devemos permitir sua reprodução, pois se trata de uma doença hereditária que também pode afetar os descendentes. É uma responsabilidade nossa.

Os tutores também devem assumir sua responsabilidade em relação à siringomielia e não cruzar exemplares que apresentem qualquer indício dessa doença.

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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