Curiosidades sobre hipopótamos

Os hipopótamos pertencem à família Hippopotamidae e, como mencionamos, hoje existem apenas duas espécies vivas. No entanto, ao longo do tempo, houve muitas outras espécies desses curiosos mamíferos. Embora haja divergências sobre a quantidade de fósseis encontrados, estima-se que existiram cerca de 30 espécies extintas de hipopótamos.

Algumas delas viveram na pré-história, como revelam pesquisas, enquanto outras são de um passado mais recente.

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Outra curiosidade sobre os hipopótamos é que, até o século XX, eles eram considerados parentes próximos dos porcos, principalmente devido às semelhanças dentárias. No entanto, estudos mais recentes que investigaram a genética e as características fósseis revelaram que seus parentes vivos mais próximos são, na verdade, os cetáceos. Ambos os grupos compartilham um ancestral comum semiaquático que se separou dos outros artiodátilos há cerca de 60 milhões de anos.

Esse ancestral teria dado origem a duas grandes ramificações evolutivas: uma que se adaptou completamente ao ambiente aquático, originando baleias e golfinhos, e outra que permaneceu ligada a ambientes terrestres e aquáticos, dando origem aos hipopótamos. Essa teoria reforça a ideia de uma origem aquática compartilhada, o que explica muitas das adaptações atuais do hipopótamo.

Aqui, nos referimos especificamente ao hipopótamo-comum, caso em que os machos pesam, em média, 1.500 kg, e as fêmeas, cerca de 1.300 kg, mas já foram registrados indivíduos ainda mais pesados. Em tamanho, variam de 2,9 a 5 m de comprimento e 1,3 a 1,6 m de altura.

Esses fatos curiosos sobre os hipopótamos os colocam, depois dos elefantes e alguns rinocerontes, como o terceiro maior e mais pesado animal, considerando que eles têm hábitos semiaquáticos.

Apesar de parecerem calmos, os hipopótamos estão entre os animais mais agressivos e territoriais de seu habitat. Esse comportamento se intensifica durante secas, quando a escassez de água e espaço aumenta a tensão entre os indivíduos. Seu instinto defensivo pode levá-los a atacar humanos, especialmente se se sentirem ameaçados ou surpreendidos.

Uma curiosidade assustadora sobre os hipopótamos é que há relatos desses animais atacando pequenos barcos, virando-os com facilidade e causando ferimentos ou afogamentos. Sua força, velocidade em terra e comportamento imprevisível os tornam animais perigosos e potencialmente fatais.

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A mandíbula do hipopótamo é adaptada para combate e força. Eles têm músculos poderosos que permitem abrir a boca em um ângulo extremo sem se machucar. Seus dentes caninos e incisivos inferiores crescem continuamente, atingindo tamanhos impressionantes.

Esses dentes não são usados para mastigação, mas como armas em brigas. Para se alimentar, o hipopótamo usa os lábios grossos para arrancar grama, que depois é triturada pelos molares.

O hipopótamo é um mega herbívoro de hábitos noturnos que sai da água ao anoitecer para se alimentar. Ele segue rotas bem definidas até áreas de pastagem, que podem ser próximas ou distantes, percorrendo vários quilômetros quando há escassez de comida.

Sua alimentação consiste principalmente em gramíneas, brotos e juncos, mas também pode consumir outras plantas disponíveis, incluindo samambaias, plantas semi-aquáticas e frutos caídos. Ele usa seus lábios largos e fortes para arrancar a vegetação, que depois amolece sem usar os dentes, o que ajuda a preservar os nutrientes. Apesar da dieta simples, ele chega a ingerir cerca de 40 kg de plantas antes de retornar à sua lagoa ao amanhecer, seguindo o mesmo caminho.

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Uma das curiosidades dos hipopótamos mais marcantes é que eles produzem uma secreção especial de aparência avermelhada, frequentemente confundida com sangue. Essa substância age como protetor solar e antimicrobiano. Inicialmente transparente, ela muda de cor e contém dois compostos que ajudam a bloquear os raios ultravioleta e também previnem infecções na pele.

Todos os hipopótamos produzem essa secreção, independentemente de sua alimentação, o que sugere que está relacionada a processos internos do organismo. No entanto, se ficarem muito tempo fora da água, sua pele pode ressecar.

Entre os fatos curiosos sobre o hipopótamo, destaca-se sua anatomia que reflete a adaptação tanto ao ambiente terrestre quanto aquático. Seu corpo maciço e arredondado repousa sobre pernas curtas, com um esqueleto robusto especialmente projetado para suportar seu grande peso e permitir que ele caminhe pelo fundo d'água.

Apesar de seu volume, possui pouca gordura corporal. Suas patas terminam em dedos palmados, o que facilita o movimento na água. Além disso, seus olhos, ouvidos e narinas estão posicionados no topo da cabeça, permitindo que fique quase totalmente submerso sem perder a capacidade de ver, ouvir e respirar.

O hipopótamo também consegue fechar essas aberturas quando submerge e possui membranas especiais que protegem seus olhos. Suas cordas vocais são posicionadas horizontalmente, permitindo que emita sons mesmo debaixo d'água, uma característica que compartilha com alguns cetáceos.

O hipopótamo é classificado como um pseudorruminante, pois possui um estômago dividido em três compartimentos, diferentemente dos ruminantes verdadeiros, que possuem quatro. Embora não realize o processo de ruminação, ele consegue digerir vegetação fibrosa graças à fermentação que ocorre na parte anterior do seu sistema digestivo. Esse mecanismo permite que ele decomponha a celulose das plantas, uma capacidade que também está presente em outros animais, embora ocorra em diferentes partes do aparelho digestivo.

O tamanho e a força dos animais selvagens não são proporcionais à sua capacidade de se protegerem como espécies. Nesse sentido, ambos os tipos de hipopótamos estão em risco: o hipopótamo-pigmeu é classificado como em perigo, principalmente devido à drástica alteração de seu habitat causada por:

• Desmatamento;
• Mineração;
• Construções;
• Caça direta.

Já o hipopótamo-comum está incluído na categoria vulnerável, também sofrendo os impactos da destruição do habitat e da caça indiscriminada.

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