Fungos nas almofadas das patas do cachorro - Causas

São várias as causas que podem estar por detrás da aparição de fungos nas patas do cachorros, sendo as seguintes as principais:

1. Umidade excessiva

Em geral, os fungos necessitam de uma temperatura e umidade elevada para seu crescimento e proliferação. Por isso, um fator de risco que pode favorecer a aparição de infecções fúngicas nas almofadas dos cachorros é o excesso de umidade.

Para evitar que tenhamos um cachorro com fungos nas patas, é importante manter as almofadas dos cães sempre secas. Neste sentido, é importante que após o banho ou depois de passeios por locais úmidos (como a praia, rio ou chão molhado pela chuva ou irrigação) você se certifique de secar bem as extremidades do cachorro com um pano seco ou uma toalha.

2. Extensão de uma dermatofitose de outros locais do corpo

As dermatofitoses são infecções por fungos que afetam os tecidos queratinizados, ou seja, a pele, o pelo, as unhas e as almofadas. Mesmo que em fases iniciais as dermatofitoses possam não gerar coceira, a medida que vão avançando podem produzir certo prurido que faz com que o animal se coçe.

Como consequência da coceira, é comum que a infecção se dissemine para outros locais do corpo, assim, fungos nas almofadas das patas do cachorro são especialmente fáceis de ocorrer porque elas entram em contato direto com as lesões durante a coceira.

3. Infecções secundárias

As almofadas das patas dos cães são estruturas especialmente propensas a sofrer lesões. Ao entrar em contato direto e contínuo com o chão, é comum que apareçam rachaduras, erosões ou úlceras por corpos estranhos (como cristais, metais, espinhos, etc.) que se cravam na superfície palmar ou plantar das extremidades.

Se estas lesões não se forem desinfetadas e protegidas adequadamente, é comum que se contaminem por estar em contato direto com o ambiente. Estas infecções secundárias podem ser produzidas por diversos micro-organismos, entre eles, os fungos, o que nos deixará diante de um cachorro com fungos nas patas.

4. Imunodepressão

O estado de imunodepressão (queda das defesas do corpo) faz com que os cachorros sejam mais suscetíveis às dermatofitoses. Por isso, estes processos são especialmente comuns em animais com um sistema imunológico imaturo ou debilitado (como os filhotes, os cachorros idosos ou os animais com doenças imunossupressoras). Por isso, pode ser mais comum encontrar fungos nas patas do cachorro filhote que em um adulto, por exemplo.

Uma vez que conhecemos as causas que podem originar uma infecção por fungos nas almofadas das patas dos cachorros, é possível que você esteja se perguntando como saber se o cachorro tem fungos nas patas. Para o diagnóstico deste processo, devem ser considerados os seguintes pontos:

• Lesões: a aparição de lesões nas almofadas ou no espaço interdigital nos pode fazer suspeitar de uma infecção fúngica. Também pode ser indicativa a perda de pelo (alopecia) na zona distal da pata do cachorro.
• Lâmpada de Wood: a observação das lesões com a luz de uma lâmpada de Wood é um bom método de triagem para identificar fungos nas patas do cachorro, posto que algumas espécies de fungos (como Microsporum canis) geram fluorescência diante da luz ultravioleta desta lâmpada. No entanto, nem todos os fungos produzem esta fluorescência, por isso um resultado negativo com a lâmpada de Wood não descarta uma infecção por fungos.
• Cultura: para conhecer o micro-organismo causador da infecção, é necessário obter uma amostra de tecido e realizar uma cultura. Somente desta maneira saberemos qual micro-organismo está causando este processo.

Neste outro artigo falamos sobre as principais doenças nas almofadas das patas dos cachorros.

Uma vez que você já tenha o diagnóstico, vamos falar sobre como tratar os fungos nas patas do cachorro. Independentemente da causa que originou a infecção fúngica, o tratamento dos fungos nas almofadas dos cães requer:

• Instaurar uma terapia antifúngica (tópica e/ou sistêmica) que seja efetiva diante do fungo responsável pela infecção. Os antifúngicos sistêmicos resolvem a infecção em menor tempo que os tópicos, embora estes últimos sejam úteis para minimizar a contaminação local. Como é lógico, este tratamento deve ser sempre prescrito por um profissional veterinário.
• Manter o local o mais limpo e seco possível, para favorecer a cura da infecção.

Além de controlar a infecção no animal doente, é necessário evitar a disseminação do fungo no ambiente, posto que esses animais podem ser uma fonte de contaminação tanto para outros animais como para as pessoas. Para isso, é necessário:

• Em casos que o cachorro infectado conviva com outros animais, devemos separa-lo dos demais animais saudáveis.
• Desinfectar rotineiramente o ambiente com água sanitária (diluição 1:10) até que finalize o tratamento do animal com antifúngicos. Da mesma forma, todos os objetos susceptíveis de estarem contaminados (pentes, escovas, brinquedos, etc.) devem ser desinfetados com água sanitária.
• Aspirar periodicamente a cama do animal, posto que as esporas dos fungos podem ser eliminadas mediante aspiração.
• Manter boas condições de higiene, como lavar as mãos com frequência ou utilizar luvas descartáveis para aplicar o tratamento antifúngico no animal.

Diante do exposto, se observar que o cachorro está com as almofadas vermelhas ou apresentem alguma ferida, não deixe de procurar o veterinário para comprovar se o cachorro está com fungos nas patas ou se é outro problema, como pododermatite.

Agora que você já viu as causas mais comuns e como tratar fungos nas patas dos cachorros, não perca o vídeo a seguir no qual explicamos as causas para o mau cheiro nas patinhas do peludo e o que fazer nesses casos:

Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

Se deseja ler mais artigos parecidos a Fungos nas almofadas das patas do cachorro - Causas, recomendamos-lhe que entre na nossa seção de Doenças infecciosas.