Animais que respiram por brânquias

A respiração através das brânquias é realizada por animais que vivem na água, tais como peixes, alguns anfíbios, moluscos, artrópodes, vermes, etc. As brânquias são órgãos respiratórios que geralmente se encontram em ambos os lados da cabeça e, durante o desenvolvimento se originam de uma das camadas embrionárias.

As brânquias encontram-se geralmente em fendas naturais do corpo e aparecem como uma série de filamentos entrecruzados com alta irrigação sanguínea, por onde passa água rica em oxigênio, que entra pela boca, e ocorre a troca gasosa.

Descubra mais sobre seu funcionamento em nosso artigo sobre como os peixes respiram, em que explicaremos onde são encontrados e o funcionamento do seu sistema respiratório, fundamental para entender bem o processo! Da mesma forma, cabe destacar que existem também peixes pulmonados que, além de brânquias, possuem pulmões.

A seguir apresentamos uma lista de animais que respiram pelas brânquias:

A jamanta (Mobula birostris) ou raia-diabo é um tipo de peixe condricte, ou seja, um peixe com esqueleto cartilaginoso em vez de ósseo. Por sua anatomia, a jamanta tem suas brânquias na área ventral do seu corpo, onde podemos ver cinco pares de fendas branquiais.

É a maior espécie de raia que existe. Tem uma distribuição circuntropical, por isso habita todas as áreas de águas quentes. Normalmente, estes animais que respiram por brânquias vivem recifes pouco profundos ou na superfície perto das costas. Também é ocasionalmente vista em áreas de fundo arenoso e leitos de pastos marinhos.

O tubarão baleia (Rhincodon typus), como o restante das espécies de tubarões, precisa estar em constante movimento para que a água passe através de suas brânquias. Possui cinco fendas branquiais de cada lado da cabeça, muito próximas das suas barbatanas peitorais.

Este tubarão também tem uma distribuição circuntropical, mas penetra mais em águas temperadas, além do mar Mediterrâneo. Costumam mergulhar a profundidades de quase 2.000 metros, acredita-se que para realizar o processo de alimentação. Estes animais que respiram por brânquias são muito grandes e já foram encontrados indivíduos com mais de 20 metros de comprimento.

A lampreia (Geotria australis) é um peixe agnado (sem mandíbulas) que respira através de brânquias. Mas esses peixes apresentam uma característica especial, que são animais parasitas, então, quando estão se alimentando não podem beber água pela boca. Assim, ocorre o que se conhece como respiração concorrente, a água entra e sai pelas mesmas fendas branquiais.

Esta espécie é nativa do hemisfério sul, exceto para as costas africanas. Além disso, são animais anádromos, sobem os rios de água doce para pôr seus ovos e quando estes eclodem, os pequenos juvenis viajam até os oceanos onde viverão até sua idade adulta. É considerado um dos animais mais antigos do mundo.

A ostra-gigante (Tridacna gigas) é um molusco bivalve que vive nos recifes dos oceanos Pacífico e Índico. Estes animais que respiram por brânquias absorvem a água por meio de um sifão absorvente e a expulsam através de outro sifão, desta vez expirante. Nas ostras, além da respiração, as brânquias têm outras funções, como digestiva, excretoras e osmóticas.

Os nudibrânquios são uma ordem de moluscos gastrópodes conhecidos como "babosas marinhas". Apresentam cores muito variadas e chamativas. As brânquias são caracterizadas por estarem fora do corpo e no final deste, como se fossem um tufo de antenas.

O tritão-de-crista (Triturus karelinii) é uma espécie de anfíbio caudado que habita a região da Turquia e Bulgária. Embora em seu estado adulto apresente respiração pulmonar e cutânea, como a grande maioria dos anfíbios, na sua fase juvenil são animais que respiram por brânquias.

Imagem: Reprodução/museumkiev.org

As poliquetas são uma classe do filo dos anelídeos. São vermes segmentados com uma infinidade de cerdas quitinosas, que são pelos que saem dos dois lados do seu corpo. Esses animais geralmente respiram pelo tegumento, ou seja, pela sua pele. Mas os maiores, como precisam de um fornecimento extra de oxigênio, possuem brânquias para respirar, além da própria pele e, por isso, são animais que respiram por brânquias.

Os polvos (Octopus cyanea) são moluscos cefalópodes cuja principal característica é a capacidade que eles têm de se camuflar. Estes animais respiram por brânquias localizadas na parte posterior da cabeça. Têm um sifão por meio do qual absorvem água rica em oxigênio e expulsam a água junto com o dióxido de carbono.

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O caranguejo-yeti (Kiwa hirsuta) recebe este nome por sua cor branca e seu corpo coberto de cerdas quitinosas, onde se alojam bactérias cuja função ainda é desconhecida. É um tipo de caranguejo eremita de grande tamanho, cerca de 18 centímetros. São animais que respiram por brânquias protegidas por sua carapaça. A água atinge as brânquias através de orifícios que ficam atrás dos olhos.

A rã-touro (Lithobates catesbeianus) é um anfíbio anuro originário da América do Norte. É considerada uma espécie invasora em outros locais do continente americano e Europa, portanto, manter uma rã-touro como animal de estimação é proibido em determinados países. Como no restante de rãs e sapos, os girinos são animais que respiram por brânquias que, por sua vez, desaparecerão após a metamorfose.

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