Porquinho-da-índia americano

O porquinho-da-índia americano é o primeiro tipo de porquinho-da-índia que surgiu. Acredita-se que tenha começado a ser domesticado nos Andes por volta de 5.000 a.C., por ser interessante como alimento e para aproveitar sua pele. A popularidade dos porquinhos-da-índia na Europa só começou quando os comerciantes europeus os introduziram da América do Sul no meio do século XVI. Acredita-se que esses roedores apareceram naturalmente na Bolívia, Equador e Peru.

Antigamente, era conhecido como porquinho-da-índia inglês e, de fato, ainda é chamado assim em alguns países. Portanto, o porquinho-da-índia inglês e o americano são da mesma raça. Esse nome se deve ao fato de que começaram a ser cruzados quando chegaram à Europa no século XVI, para dar origem a outras raças de porquinhos-da-índia, como o porquinho-da-índia texel ou o porquinho-da-índia sheltie.

Em 1554, um naturalista chamado Conrad von Gesner detalhou suas características, que você verá a seguir.

O porquinho-da-índia americano tem tamanho médio, com um comprimento de 25 a 35 cm, sendo os machos um pouco mais compridos do que as fêmeas. Pesam entre 800 gramas e 1,5 kg. Atingem a maturidade sexual aos três meses.

Entre outras características do porquinho-da-índia americano, estes animais apresentam, como todos os porquinhos-da-índia, um corpo alongado, uma cabeça que mal se diferencia do tronco e patas curtas. Uma característica notável nesta raça de porquinho-da-índia é que o focinho é um pouco alongado, as orelhas são caídas e pequenas e seus olhos são redondos e vivos.

O pelo do porquinho-da-índia americano é macio, liso e curto. Quanto às cores do porquinho-da-índia americano, pode ter apenas uma cor (marrom, castanho, branco, preto, etc.), padrões bicolores (branco e creme, preto e fogo, etc.) ou tricolores (branco com preto e creme, etc.).

O porquinho-da-índia americano é carinhoso, sociável e brincalhão. Por isso, tirá-lo da sua gaiola para brincar é sempre uma boa opção. Ele costuma ficar perto de seus tutores e sempre está disposto a brincar com eles ou com seus brinquedos. Também é muito dócil com as crianças, mas devemos sempre estar atentos quando estão juntos para controlar que tudo corra bem. É fundamental educar as crianças para ensiná-las que os porquinhos-da-índia não são brinquedos, e sim seres vivos que devem ser cuidados, respeitados e tratados com muito cuidado.

Além disso, no que diz respeito à personalidade do porquinho-da-índia americano, podemos dizer que é uma raça muito afetiva que desenvolve um forte vínculo com seus cuidadores. Quando precisam de atenção, começam a emitir sons, algo que lhes é curioso e permite que se comuniquem com os humanos. São também muito sociáveis e ficam muito felizes quando seus companheiros humanos chegam em casa, especialmente os que considera seus companheiros de brincadeiras.

Embora o porquinho-da-índia americano se destaque por seu caráter brincalhão, também adora carinhos e afagos. Dessa forma, é uma excelente opção dedicar um tempo diário para lhe dar carinho e, além disso, fortalecer o vínculo com ele.

Neste artigo contamos várias curiosidades sobre os porquinhos-da-índia.

Diferentemente dos porquinhos-da-índia de pelo longo, como o porquinho-da-índia sheltie ou o porquinho-da-índia peruano, o porquinho-da-índia americano tem pelo curto e liso que requer menos cuidados e é muito mais fácil de manter em boas condições. A escovação pode ser feita com uma frequência menor, isto é, cerca de uma ou duas vezes por semana. O banho não é necessário a menos que esteja muito sujo ou precise usar um xampu de tratamento. Em casos de sujeira moderada, é possível usar um pano úmido e passá-lo sobre o pelo para removê-la.

A gaiola deve ser ampla, mas não muito alta, com uma cama suave, sem grades. Uma gaiola muito pequena pode ser muito estressante para o porquinho-da-índia americano, uma vez que como todos os outros, ele precisa se mover e ter espaço quando está acordado e inquieto. As dimensões mínimas de uma gaiola para porquinhos-da-índia são de 80 cm de comprimento por 40 cm de largura. De todo modo, como mencionado anteriormente, é fundamental deixar o porquinho-da-índia brincar, correr e se relacionar com seus cuidadores fora da gaiola, sempre garantindo sua segurança. Na verdade, é muito positivo preparar um espaço só para ele, com brinquedos variados, para que ele possa se mover e nós possamos brincar com ele, acariciá-lo, etc. Sendo um porquinho-da-índia tão ativo e brincalhão, ele já tende a fazer exercícios suficientes para prevenir a obesidade, desde que tenha brinquedos, como mencionamos. Descubra como fazer brinquedos para porquinhos-da-índia.

As unhas do porquinho-da-índia americano devem ser cortadas a cada mês ou a cada um mês e meio, dependendo de quão rápido crescerem. As orelhas e os dentes precisam de revisões periódicas para verificar se há qualquer anomalia.

Alimentação do porquinho-da-índia americano

Outro ponto chave para o cuidado do porquinho-da-índia americano é a alimentação. O feno deve ser sua alimentação majoritária, ou seja, 70% do alimento diário de sua dieta. Para obtenção das vitaminas e minerais necessários, sua dieta também deve incluir frutas e verduras em 20-25% do total diário. A ração, especialmente para obter os requisitos de vitamina C, deve ser incluído diariamente em 5-10% do total da dieta do porquinho-da-índia.

Por sua vez, a água deve estar sempre disponível em bebedouros verticais na gaiola, nunca com recipientes com risco de acumular microorganismos. Ela deve ser trocada diariamente para estar limpa e fresca.

Descubra neste outro artigo opções de frutas e verduras boas para os porquinhos-da-índia.

A expectativa de vida do porquinho-da-índia americano varia entre 5 e 8 anos, desde que bem cuidado, alimentado e com atenção médica adequada. Os problemas de saúde mais comuns em porquinhos-da-índia americanos são:

• Infestações externas por piolhos, ácaros, pulgas e carrapatos. A desparasitação é fundamental no tratamento e prevenção desses processos;
• Disbiose ou alteração da flora normal do cólon por outra diferente, ou patogênica. É frequentemente causada por fatores predisponentes, como na clostridiose por Clostridium piriforme, excesso de carboidratos fermentáveis e baixa fibra que reduzem a motilidade gastrointestinal;
• Escorbuto ou deficiência de vitamina C. É comum nesses animais, pois eles não conseguem sintetizar tal vitamina por conta própria, assim como os seres humanos. Essa deficiência aparece quando eles não têm uma dieta equilibrada ou quando esta dieta não contém ração para porquinhos-da-índia enriquecida com suplemento de vitamina C. É preciso ficar atento, pois a falta dessa vitamina pode causar hemorragias internas, hipersalivação, doenças do sistema respiratório, anorexia, pododermatite, imunossupressão, fraqueza, claudicação e problemas de pele e pelos nos porquinhos-da-índia.
• Má oclusão dental devido a um crescimento anormal e inadequado dos dentes, causando desalinhamento e impedindo a ingestão adequada de alimentos, enquanto pode predispor à ocorrência de infecções ou feridas.
• Problemas respiratórios, frequentes quando o porquinho-da-índia ou é exposto a correntes de ar, ou vive em ambientes com temperaturas baixas, ou fica com frio após ser limpo, ou após tomar banho. Os sintomas respiratórios incluem tosse, espirros, secreção nasal e podem evoluir para pneumonia, com febre, dispneia e sons respiratórios.

Muitas das doenças comuns em porquinhos-da-índia americanos resultam de um manejo ou cuidados inadequados, podendo ser facilmente prevenidas se nos conscientizarmos e nos informarmos antes de adotar um porquinho-da-índia.

Como sempre, é melhor consultar um centro veterinário para saber como prevenir e proporcionar a melhor saúde possível ao nosso porquinho-da-índia americano ou inglês, a fim de que tenha a melhor qualidade de vida possível.