Origem e evolução do cavalo

A maioria dos especialistas concorda que a origem do cavalo foi na América do Norte, há aproximadamente 55 milhões de anos. Naquela época os cavalos eram animais pequenos, não maiores do que um cachorro, e viviam principalmente em florestas.

Esses animais gradualmente aumentaram de tamanho ao longo de milhões de anos e se adaptaram progressivamente a diversos ambientes, incluindo as planícies cobertas de grama. Esses cavalos migraram para a Ásia, Europa e o resto do mundo através do estreito de Bering, que conectava o Alasca à Sibéria, onde puderam se espalhar pela Ásia e se deslocar para o oeste.

Alguns chegaram à África e evoluíram para se tornarem as zebras que conhecemos hoje. Durante mais da metade de sua história, a maioria dos cavalos continuou como pequenos exploradores das florestas, mas as mudanças nas condições climáticas permitiram que as áreas de pastagens se expandissem. Por isso, há cerca de 20 milhões de anos, muitas espécies novas rapidamente evoluíram. Alguns, mas não todos, se tornaram maiores e desenvolveram cascos e dietas de pastoreio que hoje associamos aos cavalos. Apenas essa espécie, ou seja, o "cavalo moderno", sobreviveu até os dias atuais, mas no passado, espécies pequenas e grandes conviviam.

A evolução do cavalo pode ser resumida em 6 importantes etapas. Por isso, a seguir analisaremos as diferentes etapas evolutivas do cavalo durante a era cenozoica.

• Eohippus (Hyracotherium);
• Mesohippus;
• Miohippus;
• Merychippus;
• Pliohippus;
• Equus.

Eohippus

O primeiro equídeo foi o Eohippus, o ancestral mais antigo do cavalo. Era um animal pequeno, com cerca de 25-50 cm de altura até o ombro, com dorso arqueado, pescoço curto, focinho curto, pernas curtas e cauda longa.

Suas pernas eram flexíveis e rotativas, com todos os principais ossos presentes e não fundidos. Tinha 4 dedos em cada pata dianteira e 3 dedos nas patas traseiras. No entanto, ainda havia vestígios de outros dedos. O Eohippus caminhava com patas com almofadas semelhantes às de um cachorro e tinha apenas pequenos cascos em cada dedo.

Esse ancestral do cavalo vivia na floresta e se assemelhava mais a um cachorro do que a um cavalo. Alimentava-se de folhagem macia. Quanto aos dentes, cada lado da mandíbula tinha 3 incisivos, 1 canino, 4 pré-molares e 3 molares. O Eohippus se extinguiu no início do Eoceno, há 49 milhões de anos, e evoluiu.

Mesohippus

No final do Eoceno, cerca de 40 milhões de anos atrás, surgiu o gênero Mesohippus. Mesohippus era ligeiramente maior, medindo 71 cm de altura até os ombros e tinha o tamanho de uma ovelha. Tinha o dorso menos arqueado e as pernas, pescoço, focinho e rosto um pouco mais longos. No entanto, Mesohippus ainda mantinha três dedos nas patas traseiras, enquanto nas patas dianteiras o quarto dedo havia sido reduzido. Mesohippus, como seu ancestral, ainda tinha cascos almofadados.

Em relação à dentição, o pré-molar antepenúltimo continuou a tendência evolutiva de molarização, resultando em 6 dentes molares. Mesohippus continuou a sobreviver até 29 milhões de anos atrás no final do Oligoceno.

Miohippus

Mais tarde, surgiu o Miohippus, que se originou a partir do Mesohippus no final do Oligoceno, há cerca de 37 milhões de anos. Era um cavalo maior, com um crânio ligeiramente mais longo que o do Mesohippus. Uma característica distintiva do Miohippus era o desenvolvimento de uma crista adicional variável nos dentes superiores da mandíbula, uma característica que todos os cavalos subsequentes também conservaram.

Merychippus

Há cerca de 18,5 milhões de anos, evoluiu um cavalo hipsodonte de patas flexíveis chamado Merychippus. Merychippus media aproximadamente 1 metro de altura até o ombro. Continuava com três dedos, mas era um cavalo com patas de salto que permanecia permanentemente na ponta dos cascos. Os dedos laterais, embora presentes, tinham tamanhos variados, enquanto o dedo do meio era um pouco maior e tinha um casco grande e bem desenvolvido. Além disso, os ossos das patas estavam fundidos e seu tamanho havia sido reduzido para eliminar a rotação das patas.

Essas transições ocorreram quando o Merychippus se adaptou à corrida rápida em terreno duro. Outra transformação importante que ocorreu no Merychippus foi o aumento da altura de seus dentes, já que ele se alimentava principalmente de grama. Foi o primeiro membro da linhagem dos cavalos herbívoros, marcando a evolução do cavalo ramoneador primitivo para o herbívoro moderno.

Por isso, também é conhecido como cavalo ruminante. No entanto, para acomodar os grandes dentes, a mandíbula ficou mais profunda, e o focinho (a parte saliente da face, que inclui o nariz e a boca) alongou-se. Isso deu ao Merychippus uma aparência diferente.

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Pliohippus

Posteriormente, cerca de 15 milhões de anos atrás, no final do Mioceno, surgiu o Pliohippus. Durante essa fase evolutiva, o Pliohippus passou por várias características distintivas em comparação com seus ancestrais anteriores, aproximando-se mais da forma moderna dos cavalos. Tinha uma altura de 1,2 a 1,4 metros até o ombro. Evoluiu para se tornar o primeiro cavalo de um único dedo. Como resultado, foi o precursor do cavalo atual, o Equus.

Equus

A fase evolutiva do gênero Equus, gênero de todos os equídeos modernos, surgiu pela primeira vez cerca de 5 milhões de anos atrás. O primeiro Equus media 1,3 metros (tamanho de um pônei), tinha uma coluna vertebral rígida, pescoço e pernas longas, ossos das patas fundidos sem rotação, focinho longo, mandíbula profunda e flexível. O cérebro era um pouco maior do que o de seus ancestrais.

O Equus logo se diversificou em várias espécies que coexistiram com outros cavalos. O Equus, assim como o Pliohippus, tem um único dedo. No entanto, seus dentes são retos e de coroa mais alta. Durante essa fase evolutiva, os cavalos se adaptaram cada vez mais a uma dieta herbívora especializada em pastagens. Seu sistema digestivo evoluiu para processar e extrair nutrientes da celulose das plantas fibrosas.

Conforme os cavalos do gênero Equus evoluíram, eles também desenvolveram uma estrutura social mais complexa, formando grupos sociais chamados "manadas", com hierarquias definidas e comportamentos de comunicação sofisticados, como relinchar, lamber e morder suavemente.

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Em um primeiro momento, acreditava-se que todas as raças de cavalos vinham de uma único linhagem localizada na parte ocidental da estepe euroasiática, embora o "como" e "quando" exatos sempre tenham sido um tema de grande debate.

Finalmente, por meio de um estudo realizado em 2012, descobriu-se o fato de que embora os cavalos tenham se originado na Ásia e Europa, como inicialmente proposto, eles foram domesticados em toda a Ásia e Europa, o que demonstra que diversas culturas desses dois enormes continentes reconheceram e valorizaram bastante o cavalo; isto é, apreciaram as raças de cavalos às quais tiveram acesso suficiente para ver nelas seu potencial de uso futuro, o que levou à domesticação dos cavalos.

Agora que você conhece a história e evolução do cavalo, pode ser interessante conhecer algumas curiosidades sobre os cavalos. E neste outro artigo você encontra diversas frases sobre cavalos!

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