Leopardo-africano

O leopardo-africano é um belo felino, e suas principais características são as seguintes:

• Existe um dimorfismo sexual característico: os machos são maiores e mais pesados que as fêmeas.
• Seu peso varia: um macho, costuma pesar aproximadamente 60 kg, e não chegam a superar os 90 kg. Enquanto que as fêmeas, tem uma média de 38 kg. Também variam os tamanhos e colorações do leopardo-africano, variam de uma região a outra dentro do mesmo continente, devido a que a subespécie vai se adaptando às particularidades dos habitats.
• Tem três cores para o fundo da pelagem:pode ser amarelo intenso, pálido ou inclusive avermelhado.
• Os se distinguem por um padrão corporal formado por rosetas pretas: das quais na cabeça e extremidades são sólidas, mas no restante do corpo envolvem uma mancha de uma cor mais intensa que o amarelo de fundo.
• Apresentam rosetas diferentes a depender do local que habitam: por exemplo, nesta subespécie são arredondadas no que habitam na África Ocidental e mais quadradas nos do sul.
• Contam com um padrão corporal único: varia de um indivíduo a outro.
• Podem sofrer de melanismo: que é uma mutação recessiva que pigmenta todo o corpo com uma cor escura. O que é o melanismo em animais? Descubra a resposta no seguinte artigo do PeritoAnimal.
• Tem patas curtas: em relação ao tamanho do corpo são curtas.
• Tem uma cabeça larga e um crânio grande: o que permite uma mandíbula bastante desenvolvida e poderosa, lhe dando uma mordida impressionante.
• Tem longos bigodes ao redor do focinho: de igual forma esses mesmos formam as sobrancelhas, o que configura uma proteção.

O leopardo-africano esteve bem extenso por diversas regiões do continente, no entanto, com o passar do tempo e devido às ações humanas, esta distribuição foi altamente afetada. Neste sentido, no norte africano, este felino foi reduzido em até 97% da sua presença original. Algumas das áreas onde é encontrado ou já esteve são: Elba, sudeste do Egito, Sinai, Argélia e Marrocos.

• Na África ocidental se desenvolveu em: Níger, Senegal, Serra Leoa, Guiné, Libéria e Gana, entre outras áreas. Enquanto que na zona central da África, podemos mencionar a República Democrática do Congo, Camarões, Gabão e a República Centro-Africana.
• Na África Oriental, o leopardo se desenvolveu em: Somália, Quênia, Etiópia e Tanzânia. Finalmente, ao sul, as áreas correspondem a Angola, Zâmbia, Zimbabué, Moçambique, Namíbea e Cabo da África do Sul.

E quanto aos tipos de ecossistemas, o leopardo é um felino que se desenvolve em variedade de habitats, assim, pode estar em locais desérticos, semidesérticos, savanas, florestas e selvas tropicais africanas.

O leopardo-africano é um animal fundamentalmente solitário, exceto as fêmeas com os filhotes e nas épocas reprodutivas. A maior atividade dos indivíduos solitários ocorre ao amanhecer e quando o sol se põe. Um dos seus comportamentos particulares é sua marcação territorial, em que deixa rastros de fezes, urina e arranhões com suas garras para indicar sua presença em uma determinada área.

Pode ser um bom corredor, dar grandes saltos de até uns 6 metros horizontalmente e 3 metros na vertical; além de ser um bom nadador. Quando está incomodado pode rugir ou grunhir, enquanto que quando quer ter comportamento amistoso chega a ronronar.

Os machos tendem a estabelecer áreas de distribuição maiores que as fêmeas. De fato, os primeiros podem permitir que várias delas sobreponham seus territórios. Os machos tendem a se evitar e, além das marcas mencionadas, emitem um som semelhante a uma tosse rouca para comunicar sua presença na área. Quando outro macho escuta, faz um som parecido e vai embora.

O leopardo-africano, como todos os da espécie, é um predador ativo, porque é um animal carnívoro. Para caçar, acompanha sua presa de forma sigilosa e se aproxima dela caminhando o mais próximo do solo, utilizando sua pelagem para se camuflar. Uma vez que está próximo, dá um grande salto e pega a vítima.

Sua dieta é muito variada e pode consumir desde pequenos animais até outros maiores e mais pesados. As presas que consomem dependem principalmente da disponibilidade no habitat, e dentre estas podemos mencionar:

• Antílopes
• Lebres
• Javalis
• Chacais
• Gnus
• Galinhas-da-angola
• Macacos
• Gorilas
• Porcos-espinhos

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O comportamento reprodutivo geralmente é semelhante em todos os tipos de leopardos, tanto machos como fêmeas tem múltiplos pares ao longo de sua vida. A reprodução pode ocorrer ao longo do ano, mas pode ter picos nos meses de chuva.

Quando a fêmea entra no cio, dura uns 7 dias e ocorre a cada 46. É ela quem corteja o macho, caminhando próximo dele e mostrando sua disposição. Além disso, previamente deixou marcas de urina com feromônios, dos quais comunicam ao macho a etapa do cio. Durante aproximadamente uma semana, o casal copulará várias vezes ao dia, para logo iniciar a gestação, que dura um pouco mais de três meses.

Após isso, nascem uma média de 2 filhotes, que dependem totalmente dos cuidados da mãe. Estes começam a caminhar com 2 semanas de nascidas, e iniciam explorações fora da toca entre as 6 e 8 semanas de vida. O desmame ocorre aos 3 meses e os jovens ficam independentes quando tem uns 20 meses.

A espécie está classificada pela União Internacional para a Conservação da natureza na categoria de vulnerável, mesmo que algumas espécies tem uma categoria diferente. No caso do leopardo-africano não é relatada outra classificação, mas se alerta sobre a diminuição populacional no continente. Além disso, está incluso no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).

As causas que afetam são a caça direta, diminuição de presas indispensáveis pela alimentação do leopardo e alteração do habitat, todos sem dúvida aspectos vitais para a manutenção desse felino.