Qual a classificação da pantera negra?



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O imponente pelo escuro e o comportamento furtivo da pantera negra fazem dela uma das criaturas mais fascinantes do reino animal. No entanto, você sabia que ela não é uma espécie independente? Na verdade, esse termo descreve jaguares e leopardos com uma particularidade genética chamada melanismo, que lhes confere a distinta coloração negra.
Neste artigo do PeritoAnimal, contaremos em detalhes que tipo de animal é a pantera negra, quais são suas principais características e outros detalhes sobre esse felino fascinante. Se quiser saber mais, continue lendo e não perca essa oportunidade.
O que é uma pantera negra?
A pantera negra não é uma espécie única nem um tipo específico de felino, mas sim uma variação de dois grandes felinos: a onça (Panthera onca) e o leopardo (Panthera pardus), que apresentam melanismo. Embora outras espécies de felinos também possam manifestar essa condição, elas não são chamadas de panteras. Esse termo refere-se a uma mutação genética que causa um excesso de pigmentação escura na pelagem e, embora pareçam completamente negras, é possível notar, ao observá-las de perto, manchas ou rosetas escuras características de sua espécie.
Nas Américas, as panteras negras correspondem a jaguares melanísticos, enquanto na Ásia e na África, são leopardos com essa mesma condição genética. Esse fenômeno não apenas lhes confere a coloração negra distintiva, mas também proporciona vantagens evolutivas, como uma excelente camuflagem na selva e à noite.

O que é uma pantera negra?
Agora que sabemos que a pantera negra é uma variação do jaguar e do leopardo, vamos conhecer suas características mais marcantes:
Pelagem escura. As panteras negras possuem muitas características fascinantes que as destacam entre os grandes felinos. O traço mais distintivo é seu pelo escuro, resultado do melanismo, uma condição mais comum em regiões de floresta densa, onde a luz é limitada. No entanto, sua pelagem não é completamente negra, pois ainda conserva as manchas características dos jaguares ou leopardos, embora sejam menos visíveis.
Força, agilidade e velocidade. Tanto os jaguares quanto os leopardos são predadores extremamente fortes e ágeis, e as panteras negras herdam essas habilidades. Elas são excelentes caçadoras, podendo correr em alta velocidade por curtas distâncias, escalar árvores com facilidade e nadar, o que as torna felinos altamente versáteis.
- Tamanho: O tamanho da pantera negra depende da espécie a que pertence: jaguar ou leopardo. Os jaguares são mais robustos, podendo pesar entre 50 e 100 kg, enquanto os leopardos costumam ser menores, com um peso médio entre 30 e 90 kg.
A pantera negra possui sentidos altamente desenvolvidos. Sua visão noturna é excepcional, permitindo que cace com grande precisão durante a noite. Além disso, seu olfato aguçado e sua audição sensível ajudam-na a detectar presas em seu ambiente com eficiência

O que a pantera negra come?
Sua dieta é variada e depende do seu habitat e da disponibilidade de presas. Sendo carnívora, sua alimentação é baseada em animais de médio a grande porte. Entre as presas mais comuns estão mamíferos de pequeno e médio porte, como:
- Cervos.
- Javalis.
- Macacos.
- Capivaras.
- Antílopes.
Além disso, algumas espécies de aves, especialmente as que fazem ninho no solo, são presas fáceis para a pantera negra. Em certas regiões, ela também caça répteis, como iguanas e serpentes. Já aquelas que vivem próximas a rios ou lagos podem incluir peixes em sua dieta.
As panteras negras são caçadoras oportunistas, espreitando suas presas silenciosamente antes de atacar. Graças à pelagem escura, elas têm a vantagem de se camuflar durante a noite ou em habitats densos, conseguindo se aproximar sem serem detectadas.

Onde mora a pantera negra?
As panteras negras têm uma ampla distribuição geográfica, variando conforme se são jaguares ou leopardos melanísticos. Seus habitats estão em regiões onde podem caçar e se esconder com facilidade. Os jaguares melanísticos habitam principalmente florestas tropicais densas, como a Amazônia, o Pantanal na América do Sul e áreas de floresta na América Central. Esses ambientes oferecem condições ideais para sua camuflagem e caça.
Na África, os leopardos melanísticos são raros, mas podem ser encontrados em regiões florestais e montanhosas. Embora sejam mais comuns em áreas com vegetação densa, também conseguem sobreviver em savanas. Na Ásia, os leopardos melanísticos estão presentes em países como Índia, Sri Lanka e Tailândia. Eles preferem florestas tropicais e subtropicais, onde as sombras das árvores favorecem sua camuflagem.
Em alguns casos, as panteras negras podem viver em regiões montanhosas, desde que haja vegetação suficiente para se esconder e caçar com eficiência.
A pantera negra está em perigo de extinção?
A conservação das panteras negras depende do estado das populações de jaguares e leopardos em geral. Ambas as espécies enfrentam ameaças semelhantes que colocam em risco sua sobrevivência.
Por um lado, o desmatamento e a expansão de áreas urbanas e agrícolas reduziram drasticamente os territórios onde esses felinos podem viver e caçar. Isso afeta especialmente os jaguares na América e os leopardos na Ásia. As panteras negras, assim como outros grandes felinos, são vítimas de caça ilegal. Alguns caçadores as procuram por sua pele, enquanto outros as consideram uma ameaça ao gado.
Embora as panteras negras não sejam classificadas como uma espécie separada, os programas de conservação para jaguares e leopardos incluem esforços para proteger os exemplares melanísticos. Reservas naturais, projetos de reflorestamento e leis contra a caça são algumas das medidas em andamento para garantir sua sobrevivência.
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- Chew, S. Y. (2019). Natural history of the leopard (Panthera pardus) in Peninsular Malaysia. Malayan Nature Journal, 71(2).
- da Silva, L. G. (2017). Ecology and evolution of melanism in big cats: Case study with black leopards and jaguars. Big cats, 6, 93-110.
- Schneider, A., David, V. A., Johnson, W. E., O'Brien, S. J., Barsh, G. S., Menotti-Raymond, M., & Eizirik, E. (2012). How the leopard hides its spots: ASIP mutations and melanism in wild cats. PloS one, 7(12), e50386.