Galos e galinhas

Galinha-d’angola

Atualizado: 2 junho 2022
Galinha-d’angola

A galinha-d’angola é endêmica da África, no entanto, ganhou muita popularidade e devido a isso podemos a encontrar em praticamente todo o mundo. Têm um padrão de plumagem muito particular, ainda que devido à existência de muitas espécies semelhantes, acontecem confusões para identificar as verdadeiras galinhas da Angola, algo que tentaremos esclarecer neste artigo. Sabia que uma das principais razões desta expansão geográfica são os dotes dessa raça de galinha para controlar as populações de insetos de uma forma natural e respeitosa com o meio ambiente?

Conheça tudo sobre a galinha da Angola nesta ficha do PeritoAnimal, em que falaremos sobre suas origens, características e reprodução entre outros detalhes. Siga lendo para descobrir!

Origem
  • África
  • Guiné

Índice

  1. Origem da galinha-d’angola
  2. Características físicas da galinha-d’angola
  3. Comportamento e personalidade da galinha-d’angola
  4. Reprodução da galinha-d’angola
  5. A galinha-d’angola como animal de estimação

Origem da galinha-d’angola

A galinha-d’angola, também conhecida como galinha pintada comum ou pintada de cinza, recebe em alguns lugares o nome popular de coquena ou cócona, mas seu nome científico é numida meleagris. Estas galinhas são oriundas do continente africano, especificamente na região central.

Mesmo que atualmente se encontrem também em países europeus como Itália ou França, asiáticos e nas Américas do Norte e do Sul, bem como nas ilhas das Antilhas ou Madagascar. Ainda que essas galinhas vivam em estado selvagem nos países que são originárias, são muito apreciadas há séculos como galinhas domésticas. Sendo cada vez maior o número de pessoas que possuem as galinhas, neste caso da Angola, como animais de estimação.

Características físicas da galinha-d’angola

As galinhas da Angola são galinhas de tamanho médio, cujo comprimento médio está entre 53 e 63 centímetros, apresentando um peso que oscila entre 3,3 e 4 kg nos galos e um pouco menos nas galinhas, de 2,6 e 3,3 kg. Seu corpo é de forma oval, com uma cauda inclinada para o chão e pescoço estilizado. Sua cabeça é de tamanho pequeno e é coroada por um "chapéu" avermelhado. As pernas são de cor acinzentada e o polegar é elevado. As penas, que é o mais característico da raça, são de cor cinza ou cinza azulado, com manchas brancas arredondadas. Também sua pele é branca, embora apresenta um tom azulado na cabeça, onde têm manchas de cor preta.

Comportamento e personalidade da galinha-d’angola

As galinhas-d’angola são aves exóticas que se popularizaram pois têm uma série de capacidades que as tornam muito desejadas. Estas incluem sua habilidade para consumir insetos sem prejudicar as plantas e vegetação do local. Por esta razão se converteram em um método de controle de pragas mais eficázes, pois não acabam com todos os insetos mas sim regulam as populações dos mesmos, o que não causa danos ao ecossistema vegetal do local.

Ainda, são famosas por serem "galinhas de guarda" pois estão sempre alertas, avisando com seus gritos na presença de qualquer estímulo ameaçador. E além de avisar, não deixam de enfrentar o que seja, pois são muito valentes e até um pouco arrogantes.

Em liberdade vivem em grupos de 20-25 indivíduos, existindo rivalidade entre os machos e ocorrem brigas entre eles. Costumam percorrer grandes distâncias, mas sempre correndo, pois voam em distâncias curtas, mas podem correr mais de 10 km por dia. Na época de nidificação, o casal se separa do bando, e voltam a se unir quando termina esse período.

Reprodução da galinha-d’angola

Esta raça de galinha é uma das conhecidas como aves monogâmicas, pois quando têm um par este é para a vida. Ou seja, cada macho somente copula com a fêmea que é sua parceira, por isso se temos várias se recomenda que seja um número igual de machos e de fêmeas. Para escolher um par realizam um ritual de cortejo, e nele o galo corteja várias fêmeas, para aumentar suas chances. Quando a fêmea aceita já podem começar a reproduzir, ocorre o acasalamento, que mais tarde levará a incubação.

As galinhas da Angola colocam entre 160 e 180 ovos ao ano. Estes ovos serão depositados em um ninho construído pelas galinhas no solo, buscando um lugar plano e com vegetação. Cada ninhada é composta por 7-17 ovos e será incubada pela galinha durante 25-35 dias, momento em que os ovos começam a eclodir. Quando nascem, os pintinhos (chamados de keets) serão cuidados por sua mãe até que sejam suficientemente maduros para começar a se defender sozinhos. Durante este período a mãe será encarregada de procurar e proporcionar alimento e proteção aos seus pintinhos.

Neste artigo apresentamos uma lista com diversas opções de nomes para pintinhos.

A galinha-d’angola como animal de estimação

Seja pela qualidade de seus ovos e pela carne, assim como por suas plumas e suas habilidades, elas se popularizaram na África, onde foram domesticadas e também são encontradas atualmente em casas e fazendas como animais de estimação. Mas para conviver com elas, assim como ocorre com qualquer outro pet, é importante conhecer todas suas necessidades e exigências.

Estas galinhas são onívoras, por isso, sua dieta deve conter tanto alimentos de origem animal como vegetal, ainda que este último em maior proporção. Dentro dos alimentos de origem animal encontramos os insetos, que podem ser coletados por elas mesmas no jardim ou terreno em que vivem, caso contrário, devemos oferecê-los a elas. Nos alimentos de origem vegetal existem várias fontes como as frutas, tubérculos, grãos, sementes ou flores.

Estas galinhas têm o costume de dormir em árvores ou lugares altos, por isso se recomenda que no local ou jardim em que vivem haja árvores ou plataformas para esta finalidade. São uma boa opção se desejamos galinhas, mas também nos importamos em manter nosso jardim ou nossas plantas em bom estado, já que elas são muito respeitosas e não destroem nossas apreciadas flores e colheitas.

Bibliografia
  • Elbin, S. B., Crowe, T., & Graves, H. (1986). Reproductive behavior of Helmeted Guinea Fowl (Numida meleagris): Mating system and parental care. Applied Animal Behaviour Science, 16(2), 179–197. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/0168-1591(86)90110-3>. Acesso em 2 de junho de 2022.
  • BirdLife International 2018. Numida meleagris. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22679555A132052202. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22679555A132052202.en. >. Acesso em 2 de junho de 2022.
  • Weimann, C., Eltayeb, N. M., Brandt, H., Yousif, I. A., Abdel Hamid, M. M., & Erhardt, G. (2016). Genetic diversity of domesticated and wild Sudanese guinea fowl (Numida meleagris) based on microsatellite markers. Archives Animal Breeding, 59(1), 59–64. Disponível em: <https://doi.org/10.5194/aab-59-59-2016>. Acesso em 2 de junho de 2022.
  • BirdLife International (2019) Species factsheet: Numida meleagris. Disponível em: <http://www.birdlife.org on 15/08/2019>. Acesso em 2 de junho de 2022.

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