Como fazer soro caseiro para gato
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A água presente no corpo possui uma importância fundamental no funcionamento das células, tendo diversas características que a torna essencial, como lubrificante de articulações e outras partes do corpo, manutenção da função renal, preservar o tamanho celular, participar dos impulsos nervosos, entre outras funções. Quando a perda de fluidos corporais é maior do que a ingestão de água, ocorre a desidratação do animal, que pode ser compensada pela maior ingestão de líquidos quando de forma leve, mas deverá ser tratada de maneira mais agressiva quando for grave, para evitar o óbito do bichano.
Várias doenças podem causar desidratação, principalmente se tiverem como sintoma vômito e diarreia, aumentando as perdas hídricas do corpo. A reposição desses líquidos perdidos do corpo pode ser realizada de várias maneiras, sendo comum a administração de soro por via oral e por via intravenosa. O grau de desidratação definirá qual o tipo de hidratação deverá ser realizada no gato, considerando sua capacidade de absorção de líquidos por via oral e sintomas como o vômito. O soro caseiro é uma boa opção para desidratações leves, devendo ser administrado sempre com a orientação do médico veterinário. E para deixar o leitor por dentro do assunto, o PeritoAnimal elaborou este artigo falando sobre como fazer soro caserio para gato e como utilizá-lo. Boa leitura!
Como fazer soro caseiro para gato?
O soro caseiro possui uma receita muito simples, com ingredientes que sempre temos em casa: um copo de 200ml de água filtrada, 1 colher de sopa de açúcar e 1 colher de chá de sal. Misture tudo até o sal e o açúcar ficarem totalmente dissolvidos.
Não é necessário manter na geladeira. Esse soro deverá ter o gosto da lágrima e ser administrado por via oral em pequenas porções. Geralmente os animais aceitam bem a mistura, sendo tranquila a sua administração. Também é possível colocar o soro caseiro na vasilha de água do animal.
Como dar soro fisiológico para gatos
O soro fisiológico é uma mistura estéril de cloreto de sódio (sal) e água, geralmente na concentração de 0,9%. Pode ser utilizado em vários procedimentos como limpeza de feridas, administração de medicamentos e hidratação intravenosa. Neste último caso, o soro fisiológico deverá ser utilizado somente pelo médico veterinário, já que a técnica utiliza procedimentos invasivos, como a colocação de acesso endovenoso. A quantidade de soro a ser administrada deverá ser cuidadosamente calculada, de acordo com o grau de desidratação do bichano e seu peso, e sua velocidade de infusão deverá ser precisa, para evitar que o animal receba muito ou pouco fluido em determinado período de tempo.
A maioria dos cães e gatos que ficam desidratados sofrem perdas isotônicas. Perdas urinárias e gastrointestinais resultam em perda de eletrólitos e água, incluindo sódio, potássio, cloreto e bicarbonato. O tipo de perda dependerá da doença primária que acomete o paciente e sua reposição exige cálculos precisos de cada eletrólito a ser reposto. Por isso, em casos de desidratação, sempre procure ajuda do médico veterinário.
Em que situações devo dar soro caseiro para o meu gato?
O soro caseiro é administrado por via oral. Para que a hidratação seja efetiva por essa via, é necessário que o animal não esteja vomitando e a desidratação seja leve.
Casos onde o animal esteja desidratado de forma moderada a grave, a hidratação oral não será suficiente para repor as perdas, podendo ocorrer lesão em órgãos importantes como os rins, devido à baixa perfusão sanguínea causada pela desidratação.
Como hidratar um gato desidratado
A maneira mais segura de hidratar um gato que sofre de desidratação é levá-lo para o acompanhamento do médico veterinário. Animais muito desidratados podem vir a óbito por falência de órgãos como os rins e o coração. A hidratação em casa pode ser indicada em casos onde as perdas de líquidos foram leves, sendo possível repor os fluidos perdidos pela simples ingestão de água e eletrólitos. Para isso, é necessário que o bichano não esteja vomitando, pois nesse caso, é indicada a hidratação endovenosa, com o uso de medicamentos para conter o vômito.
Caso a hidratação caseira seja possível, e por indicação do médico veterinário, os líquidos deverão ser administrados de forma lenta e em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. Doses pequenas de líquidos vão garantir que o estômago do gato não fique repleto, estimulando o vômito. Porções de 2 a 3ml a cada uma hora podem ser administrados com o auxílio de uma seringa, no canto da boca.
Não administrar o líquido rapidamente e de forma muito profunda na boca do animal, para que não ocorram engasgos. O nível de hidratação poderá ser verificado pela quantidade de urina que o bichano produzir. Mais uma vez alertamos: não tente tratar seu animal sem a orientação do médico veterinário, pode ser perigoso e colocar a vida do seu amigo de quatro patas em risco!
Aprenda outros remédios caseiros para dor de estômago em gatos no vídeo abaixo.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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- Domingues, M.G. Fluidoterapia em cães e gatos: Revisão de literatura. Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, 2020. Disponível em https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/30336/3/FluidoterapiaEmC%C3%A3es.pdf. Acesso em 19/05/2025.
- Hlavac, N. R. C. Fluidoterapia em pequenos animais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. Disponível em https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2020/11/fluidoterapia_peq_anim.pdf. Acesso em 19/05/2025.
