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Lebre belga

Atualizado: 25 novembro 2022
Lebre belga

A lebre belga tem origem no cruzamento entre lebres e coelhos domésticos da Bélgica no século XIX. A princípio, se desejava um coelho apto para ser consumido, mas depois foi se valorizando como uma nova raça, participando de exposições, e hoje em dia sua popularidade segue aumentando também como animal de companhia. No entanto, não é um coelho apto para todos os públicos, por seu nervosismo, energia e temperamento, por isso não deve conviver com crianças nem estar em um lar frequentemente visitados por estranhos ou com ruídos desconfortáveis para ele, pois se estressa e assusta com facilidade.

Siga lendo para conhecer todas as características da lebre belga, sua origem, personalidade, cuidados e possíveis problemas de saúde com este artigo do PeritoAnimal.

Origem
  • Europa
  • Bélgica

Índice

  1. Origem da lebre belga
  2. Características da lebre belga
  3. Personalidade da lebre belga
  4. Cuidados da lebre belga
  5. Saúde da lebre belga

Origem da lebre belga

A lebre belga é na realidade uma mistura entre um coelho atualmente extinto, chamado leporino, com lebres selvagens da Bélgica. As lebres belgas começaram a se desenvolver na década de 1800 para serem criadas como animal de abate. Estes coelhos foram importados da Inglaterra a partir do ano 1856 e foram chamados pelo nome atual, lebre belga. No ano de 1873, Winter William Lumb e Benjamin Greaves conseguiram que a raça se convertesse na que existe até hoje.

Em 1877 se mostrou pela primeira vez uma lebre belga na América, aumentando a partir daí sua popularidade e formando o “Club Nacional Hare Belga” em 1897. Depois de muitas mudanças de nome, a National Pet Stock Association finalmente ficou conhecida como American Rabbit Breeders Association (ARBA), onde foi aceita oficialmente em 1972.

Características da lebre belga

A lebre belga apresenta um corpo esbelto e comprido. Suas patas são largas e ágeis, e apresentam mãos e pés igualmente compridos, finos e planos que lembram muito os das lebres, algo totalmente normal devido à sua origem.

O tamanho da lebre belga é mediana a grande, com um peso que oscila entre 2,7 e 4 kg. O corpo é fino e os flancos são musculosos, com as costas arqueadas e lombo bastante arredondados. A cabeça da lebre belga é longa e fina, as orelhas medem aproximadamente 13 cm de comprimento e está inclinadas para trás, são largas, erguidas e com uma cor que combina com o preto das pontas. Os olhos são de cor de avelã e apresentam uma expressão brilhante, animada e alerta. A cauda é reta e está alinhada com a coluna vertebral.

Cores da lebre belga

A lebre belga tem um pelo curto, rígido, brilhante e rente à pele, livre de qualquer tipo de falha. É a única raça de coelhos domésticos que apresenta uma pelagem de óxido de estanho brilhante (marrom avermelhado) com um tom marrom-alaranjado, áreas de cor mais clara e com um toque preto nas áreas do quadril ou na parte acima das costas, traço que somente está presente na pelagem de coelhos de vida selvagem.

Personalidade da lebre belga

A lebre belga não é um coelho apto para todos os públicos devido à sua velocidade e nervosismo, por isso não é uma raça ideal para crianças. Não é excessivamente carinhosa, embora se saiba que gosta muito de carinho e mimos dos seus, já que de estranhos ou pouco conhecidos tende a se assustar. Também é muito susceptível à ruídos ou sons estridentes, podendo se machucar ao tentar escapar de forma brusca pelo medo.

Apresenta uma natureza mais enérgica, nervosa e ativa que outras raças de coelhos, por isso prefere viver em casas com pátio do que em apartamentos urbanos.

Cuidados da lebre belga

Assim como os demais coelhos, a lebre belga não deve receber banho, já que isso a estressa muito, o que aumenta sua frequência cardíaca em excesso comprometendo sua funcionalidade. Se está muito suja pode esfregar seus pelos para eliminar a sujidade e pelos mortos sem recorrer nem sequer à escovação.

Ela também não tolera ruídos estranhos, fortes ou desagradáveis, por isso devem ser evitados o máximo possível. Se são inevitáveis temos que manter a lebre recolhida, segura, próxima de nós e em um ambiente calmo e tranquilo.

Seguindo com os cuidados da lebre belga, deve-se prestar atenção à higiene, saúde e estado de seus dentes para diagnosticar e prevenir qualquer patologia que possa aparecer nessa raça.

O local ideal para a lebre belga é grande, alto e no exterior. O fundo deve ser sólido e forrado com grama sintética ou substrato e as medidas da jaula devem ter ao menos 60 x 150 x 60 cm. No entanto, é importante ressaltar que a jaula deve ser unicamente um refúgio seguro para ela, não seu lar, ou seja, não pode ficar presa 24 horas, mas sim que deve permanecer com a porta aberta para entrar e sair quando quiser.

Se você vive em algum país da Europa, a vacinação para a mixomatose e a doença hemorrágica viral do coelho é importante para prevenir estas doenças infecciosas mortais, assim como realizar um plano de desparasitação frente à parasitas internos e externos que podem afetar os coelhos.

Alimentação da lebre belga

Com respeito à dieta da lebre belga, deve ser baseada em 70% de feno, sendo os demais 30% para verduras e frutas aptas para coelhos, que lhes proporcionam vitaminas e hidratação. Com relação à este último, as lebres belgas devem ter sempre água à disposição, requerendo uma limpeza e troca diária da água do bebedouro. Descubra mais detalhes sobre sua dieta neste outro artigo sobre a alimentação dos coelhos.

Saúde da lebre belga

A expectativa de vida da lebre belga é de 7 a 11 anos, podendo ter uma vida saudável e longa. Os problemas de saúde mais frequentes na lebre belga são a presença de ácaros nos ouvidos e parasitose por larvas de moscas, as conhecidas "miíase cutânea", sendo mais comum nos exemplares que possuem o pelo sujo com acúmulo de resíduos e secreções durante o verão. As lebres belgas afetadas com esse problema apresentam dor devido às escavações das larvas na pele, em que manifestam pulos repentinos e maior nervosismo.

Outros problemas de saúde que podem apresentar são problemas dentais e má oclusão, especialmente frequentes em casos de dietas desequilibradas, doenças infecciosas como a mixomatose, bastante incomum no Brasil, doença hemorrágica ou infecções respiratórias.

Bibliografia
  • ARBA. American Rabbit Breeders Association. Belgian Hare. Disponível em: <https://arba.net/belgian-hare/>. Acesso em 25 de novembro de 2022.
  • American Belgian Hare Club

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