Animais da mitologia grega

Essa é uma das criaturas mais temidas da mitologia grega. A palavra grega “amphis” significa "em ambas as direções", sendo que esse animal está representado por uma serpente com duas cabeças, uma em cada extremidade do corpo.

Segundo a história, a origem de anfisbena ocorreu pelo gotejamento de sangue de uma das górgonas, de Medusa, outro dos personagens famosos dessa mitologia. Provavelmente esse animal mitológico está relacionado à jiboia-de-areia-indiana (Eryx johnii) ou às cobrinhas-cegas (Amphisbaenia), já que em ambos casos é observado que sua cauda e cabeça são similares. Anfisbena também foi representada em outras mitologias.

O nome já nos dá uma ideia sobre qual animal da mitologia grega se refere. Aracne era a filha de um homem de que trabalhava como tintureiro, tingindo lã. Ela era muito habilidosa na tecelagem, mas também era arrogante, ao ponto de desafiar a deusa Atena, com quem competiu para fazer o melhor tecido. Embora existam várias versões do ocorrido, todas apontam que o tecido de Aracne foi impecável, mas ofensivo para os deuses, por isso que Atena, enfurecida, a converteu em uma aranha, originando-se assim um animal com influência na mitologia grega.

Imagem: letralia.com

O basilisco era uma criatura mitológica que nasceu de um ovo malformado de uma ave, embora tenha sido incubado por outro animal. Assim, emergiu um monstro com pescoço e cauda de serpente, com uma espécie de coroa sobre a cabeça, o corpo semelhante ao de um galo, mas com asas espinhosas e garras e cauda de serpente. Por exemplo, é uma das criaturas mais temidas na popular saga de Harry Potter, onde aparece como uma serpente gigante. Neste outro artigo falamos com mais detalhes sobre os Animais de Harry Potter.

O basilisco era muito venenoso e temido, pois apenas com seu olhar poderia matar qualquer um que estivesse por perto. Hoje em dia, conhecemos um réptil nativo da América chamado basilisco comum, verde ou de crista dupla (Basiliscus plumifrons), com o que podemos relacionar ao animal da mitologia grega.

O centauro é outro dos animais da mitologia grega mais conhecidos, o qual tem sido bem representado ao longo do tempo não apenas a nível cultural mas também em filmes e contos diversos. Essa figura é a união de um homem ou uma mulher (centauride) com um cavalo. Assim, possui o corpo de um cavalo e o tronco, braços e cabeça de uma pessoa. Eram guerreiros livres e muito robustos.

Existem várias explicações a respeito de sua origem. Alguns grupos antigos consideravam os cavalos como um símbolo sagrado, fato esse que pode ter levado a criação dessa criatura. Por outro lado, o mito pode ter surgido quando foi visto pela primeira vez um homem montado sobre um cavalo, o que poderia ter sido interpretado como um animal híbrido. Em qualquer caso, se nos concentramos em personagens da mitologia grega, Quíron foi um centauro muito famoso.

Cérbero era filho de uma ninfa monstruosa e uma divindade associada a furacões. Essa criatura era um cão com três cabeças e cauda de serpente, que se tornou no cão de guarda do deus Hades. Ele foi representado de várias formas, com mais cabeças e até mesmo com uma cabeça de cachorro e outras de serpentes, mas sem dúvida era uma criatura temível e que praticamente não podia ser ferida.

Um dado curioso é que cada cabeça tinha seu próprio nome. Assim, os nomes das três cabeças eram:

• Veltesta, a cabeça da esquerda.
• Tretesta, a central.
• Drittesta, a da direita.

Por ser um animal temível, em muitas ocasiões ele foi representado com uma grande semelhança com as raças de cães pitbull, justamente por associá-lo a cães perigosos. No entanto, aproveitamos para dizer que nenhum cão nasce perigoso, a educação que ele recebe é a principal responsável.

O termo "cetáceo" deriva da palavra grega "ceto", que significa "monstro marinho", de modo que na mitologia grega, efetivamente, cetus era um animal marinho. Na verdade, era um monstro feminino que dominava os oceanos e que, ao se unir ao seu irmão, o deus Forcis, gerou uma série de outras bestas marinhas, algumas com forma de serpente.

Desde a antiguidade, o termo cetáceo tem sido usado para fazer referência a animais dos mares como as baleias, que respiram por pulmões. Por isso, não é de estranhar que cetus guarde certa semelhança com os cetáceos que conhecemos hoje em dia. Se você quiser descobri-los, não perca este artigo: "Tipos de cetáceos".

Quimera foi, na mitologia grega, a filha de Tifão e Equidna, e era um animal aterrorizante que devorava outros animais e ameaçava as populações. Ela era representada como a mistura de vários animais: sua cabeça era de um leão, o corpo de uma cabra e a cauda de uma serpente, o que sem dúvida originava uma criatura mitológica temível.

Embora existam várias versões, provavelmente ela foi a mãe da esfinge, outro dos animais da mitologia grega, uma criatura com corpo de leão, asas e cabeça de mulher, que era o símbolo da destruição. É possível também que tenha sido a mãe do leão de Nemeia, que não foi qualquer leão, mas sim um monstro feroz e impiedoso derrotado por Hércules.

Na mitologia grega, o hipocampo está relacionado aos cavalos, mas eram animais marinhos e diferentes dos cavalos terrestres. Eles eram representados com a parte dianteira do corpo de um cavalo, mas a parte traseira era algo monstruoso, parecida com um peixe. Os cavalos que Poseidon possuía tinham essa descrição, por tanto, podemos dizer que eram hipocampos.

Embora a intenção era que ele fosse como um cavalo terrestre, podemos relacionar o hipocampo aos cavalos-marinhos, nos quais observamos características equinas e de peixes. A diferença está no fato de que os cavalos-marinhos não são nada parecidos com um monstro, pelo contrário, são belos e frágeis. Conheça-os melhor neste post: "Curiosidades sobre os cavalos-marinhos".

Essas criaturas têm estado presentes em várias mitologias, histórias e lendas de todo o mundo. As sereias da mitologia grega não são representadas como as vemos agora, nem mesmo como as da mitologia nórdica. Essas criaturas vinculadas com o mundo dos mortos se personificam com o corpo de ave e cabeça de mulher. Emitiam cantos que atraíam os navegantes, já que viviam nas costas.

Foi durante a Idade Média que sua representação mudou para corpos de peixes. Na atualidade, a ordem dos Sirenios é representada pelo dugongo e pelos peixes-boi, embora existam várias espécies extintas.

Imagem: nationalgeographic.com.es

Hidra de Lerna era um monstro marinho da mitologia grega que foi representando como um grande animal de quatro patas, garras e múltiplas cabeças de serpentes com um hálito extremamente venenoso. Além dessas características, sua peculiaridade era que se uma cabeça fosse cortada, surgiam outras duas em seu lugar. Sua função era proteger as portas do submundo.

É muito comum escutar que a única forma de matar uma serpente é cortando sua cabeça, algo que só deve ser feito se o animal representa um verdadeiro perigo para uma pessoa. Muitas serpentes são mortas dessa maneira desnecessariamente, por isso, se encontrar uma serpente na natureza, recomendamos se afastar dela e não perturbá-la. Muitas delas nem sequer são venenosas, como mostramos neste artigo: "Tipos de cobras não venenosas".

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