Tipos de onça-pintada


O jaguar (Panthera onca) é o maior felino das Américas. Trata-se de uma espécie icônica, conhecida por sua pelagem dourada adornada com manchas únicas e por sua presença imponente. Esse felino apresenta uma notável diversidade em sua aparência e comportamento, influenciada pelas condições geográficas e ambientais de cada região. No entanto, não existem subespécies oficialmente reconhecidas, portanto, quando falamos em tipos de jaguares, estamos nos referindo a essas variações em sua aparência e adaptações ao habitat, e não a outras espécies distintas.
Quer saber mais sobre os jaguares? Não perca este artigo do PeritoAnimal, no qual apresentamos em detalhes os diferentes tipos de jaguares que existem e suas características distintivas. Não fique de fora!
Onça da América do Sul
Esse tipo de onça está distribuído nas florestas tropicais da Amazônia, abrangendo:
- Brasil.
- Peru.
- Colômbia.
- Equador.
- Venezuela.
- Pantanal: incluindo Brasil, Bolívia e Paraguai.
- Outras regiões da América do Sul.
São onças grandes e robustas, podendo ultrapassar 100 kg em alguns casos. Sua pelagem tende a ser mais escura, com manchas bem definidas e de maior tamanho (conhecidas como "rosetas").
Esses felinos são excelentes nadadores e caçadores em ambientes aquáticos, onde aproveitam para capturar presas como jacarés, peixes e capivaras. Seu habitat denso e úmido proporciona uma excelente camuflagem. No entanto, assim como ocorre em grande parte de sua distribuição, as populações de onças na América do Sul enfrentam ameaças como o desmatamento e a caça ilegal.
Onça da América Central
O tipo de onça da América Central corresponde às populações que habitam as florestas e bosques de países como:
- Belize.
- Guatemala.
- Honduras.
- Nicarágua.
- Costa Rica.
- Panamá.
Essas onças são ligeiramente menores em comparação com os da América do Sul, com um peso médio entre 60 e 90 kg. A coloração de sua pelagem pode variar de tons mais claros a mais escuros, dependendo do habitat. Eles se adaptam bem a diferentes ambientes e podem viver tanto em florestas densas quanto em áreas mais abertas. Sua dieta inclui animais como queixadas, veados e macacos.
As populações de onças na América Central estão fragmentadas devido à perda de habitat e à expansão humana. Projetos de conservação, como os corredores biológicos, têm sido implementados para conectar seus habitats e garantir a sobrevivência da espécie.

Onça do México
Essas populações de onças habitam principalmente a península de Yucatán, Chiapas e Oaxaca, em regiões áridas do sul do México e florestas. São menores do que as onças sul-americanos, com um peso médio entre 50-80 kg. Além disso, sua pelagem tende a ser mais clara, o que facilita a camuflagem em ambientes mais secos e abertos.
São caçadoras solitárias e territoriais, com uma dieta que inclui veados, queixadas e tatus. No México, as onças são considerados um símbolo cultural e espiritual para muitas comunidades indígenas. No entanto, as populações de onças no México estão ameaçadas devido à perda de habitat e à caça.
Como você pode ver, a alimentação do jaguar pode variar conforme a região. Por isso, confira este artigo sobre "Alimentação da onça-pintada" para saber mais sobre o assunto.

Onça do norte
Originalmente, a onça era encontrado no sudoeste dos Estados Unidos (Arizona, Novo México e Texas) e no norte do México (Sonora e Chihuahua). Atualmente, está quase extinto em seu estado selvagem nos Estados Unidos. Essas onças eram menores e adaptados a climas áridos, com um peso médio entre 50-70 kg. Sua pelagem era mais clara e com manchas menos definidas, o que auxiliava na camuflagem em ambientes desérticos.
Eram caçadores solitários e se alimentavam de presas como veados, queixadas e lebres. Essa população está em Perigo Crítico de extinção. No México, ainda há esforços para proteger os últimas onças do norte, mas nos Estados Unidos, sua presença é extremamente rara.
Onça da selva amazônica
São onças muito robustos, podendo ultrapassar 120 kg em alguns casos. Habitam a região amazônica de:
- Brasil.
- Peru.
- Colômbia.
- Equador.
- Venezuela.
Sua pelagem é mais escura, e suas manchas são maiores e bem definidas. São excelentes nadadores e caçadores em ambientes aquáticos, onde capturam presas como jacarés, peixes e tartarugas. Seu habitat denso e úmido proporciona uma excelente camuflagem.
Embora as populações na Amazônia sejam relativamente estáveis, essas onças enfrentam ameaças como o desmatamento e a mineração ilegal.
Se tiver interesse, confira o artigo "Diferenças entre onça-pintada, guepardo e leopardo".

Onça do Pantanal
São conhecidos por serem as maiores onças do mundo, podendo ultrapassar 130 kg. Correspondem às populações que habitam o Pantanal, uma região úmida e pantanosa que abrange partes de:
- Brasil.
- Bolívia.
- Paraguai.
Sua pelagem é mais clara, e suas manchas são maiores e bem definidas. São caçadoras especializadas em ambientes aquáticos, onde capturam presas como jacarés, capivaras e peixes. O Pantanal é um dos melhores lugares para observar jaguares em estado selvagem.
As populações de onças no Pantanal são relativamente estáveis, mas, por se tratar de uma espécie com exigências de habitat muito específicas, enfrentam ameaças como a perda de território e conflitos com humanos.
Onça negra ou pantera negra
O onça negra não é uma espécie ou subespécie separada, mas sim uma variação melânica da onça. Seu pelo é completamente preto devido a um excesso de melanina. No entanto, sob certa iluminação, ainda é possível observar as rosetas (manchas) em sua pelagem.
É conhecido como pantera negra, e essa variação pode ser encontrada em qualquer região onde a onça habite, embora seja mais comum na América do Sul (especialmente na Amazônia). Seu comportamento é semelhante ao de outras onças, mas sua coloração escura oferece uma vantagem em ambientes densos e sombreados.
Assim como as onças comuns, enfrentam ameaças como a perda de habitat e a caça.

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- Ruiz-García, M., & Payan, E. (2013). Craniometric Variation in Jaguar Subspecies (Panthera onca) from Colombia. Molecular Population Genetics, Phylogenetics, Evolutionary Biology and Conservation of the Neotropical Carnivores, 465-484.
- Ruíz-García, M., & Payán-Esteban, C. (2001). Estructura genética e historia demográfica del Jaguar (Panthera onca) en Colombia: Contraste entre marcadores moleculares y datos craneométricos.
- Ruiz-Garcia, M., Payán, E., Murillo, A., & Alvarez, D. (2006). DNA microsatellite characterization of the jaguar (Panthera onca) in Colombia. Genes & genetic systems, 81(2), 115-127.