Tipos de tatus

Esta espécie é nativa da América do Sul e é encontrada no Brasil, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela, entre outros. É o maior tipo de tatu, com dimensões aproximadas de 90 cm da cabeça até a cauda e cerca de 9 kg de peso. A principal característica que o distingue é a presença de fileiras de escamas nas patas traseiras.

Dependendo da região, pode viver em florestas úmidas de várzea e savanas com partes florestais. E quanto ao seu estado de conservação, está classificado na categoria de preocupação menor.

Imagem: @BioloGlia em twitter.com

Este tipo de tatu é endêmico do Peru e é pouco conhecido, de fato, não se sabe com precisão sua distribuição. Até o momento se sabe que está presente no sudoeste dos Andes do país e até o departamento do Amazonas, ao norte.

Estima-se que este tipo de tatu tenha um tamanho de aproximadamente os 50 cm. Algo muito curioso deste tatu é que, mesmo que possua a armadura típica no corpo, incluindo a cabeça, focinho e cauda, se diferencia porque está coberto por pelos, dos quais saem de poros presentes na armadura, de forma que a mesma praticamente não se vê.

Devido a esta espécie ser pouco conhecida e estudada, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) é incluído na categoria de dados insuficientes.

Imagem: colombia.inaturalist.org

Apesar do seu nome e aparência peculiar, o pichiciego-maior ou grande é também um tatu. É natural da Argentina, Bolívia e Paraguai, habita em áreas com solos arenosos, de partes com vegetação e próximo de centros povoados. Existem poucas informações sobre este tipo de tatu, por isso se inclui na categoria de dados insuficientes.

Como ocorre com todas as espécies de tatus, o pichiciego-maior é um bom escavador, por isso se refugia em tocas subterrâneas. Mede entre 14 e 17 cm e pesa aproximadamente 1 kg, por isso estamos diante de uma espécie pequena de armadilho. Sua caracteristica diferencial é que a armadura pélvica está totalmente aderida à coluna vertebral e também aos ossos pélvicos, enquanto que a dorsal, que é macia, se funde com a pele com bandas dorsais que são móveis. Por outro lado, a pelagem no dorso é muito escassa, mas abundante na área do ventre.

Descubra neste outro post mais Animais que vivem em cavernas e tocas, já que o tatu não é o único.

Imagem: bionee.org

Este tipo de tatu habita na Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai, vivendo em diversos tipos de habitats como pastagens, savanas, florestas e áreas de cultivo. Em média, mede 43 cm e pesa 2 kg. A armadura da cabeça é bastante proeminente, no restante do corpo apresenta faixas que permitem a mobilidade.

Como na espécie anterior, possui uma pelagem abundante na área ventral, mas escasso no restante do corpo. É classificado como de preocupação menor.

Conhecido também como tatu de fada rosa, é o menor tipo de tatu que existe. É endêmico da Argentina e se desenvolve em pastagens secas e planícies arenosas com presença de vegetação arbustiva. Somente está presente neste tipo de solo que pode escavar, já que é uma espécie fossorial, ou seja, escavadora, e leva uma vida principalmente embaixo da terra.

O corpo mede aproximadamente 13 cm e pesa umas 120g. Seu corpo está coberto de pelos e a armadura não cobre todo o corpo, pois ocupa somente a parte superior e a metade de cada lado. É classificado na categoria de dados insuficientes, por isso não se sabe se está em perigo de extinção ou não.

Imagem: bbc.com

Também é conhecido como pichi e é um tatu da Argentina e Chile, que habita em ecossistemas desérticos, estepes da Patagônia, áreas com vegetação xerofítica, matos e pastagens, mas sempre com solos arenosos. Em média, mede uns 30 cm e pesa de 1 a 2 kg.

Tem a armadura característica que cobre o corpo, com pelos que sobressaem dela por baixo e ao redor do mesmo. É classificado como quase ameaçado pois, segundo a UICN, sua população está em declínio.

Você sabia que o nome tatu tem origem indígena? Neste outro artigo te contamos tudo e apresentamos dezenas de exemplos de nomes de animais de origem indígena.

Neste caso, temos um tipo de tatu nativo da Colômbia e Venezuela, onde de fato é bastante comum nos locais de planícies formadas por campos abertos ou matagais. Também é conhecido como tatu-de-nariz-comprido-do-norte e tatu-de-nariz-comprido-das-planícies.

É um animal grande que se aproxima de um metro de comprimento e pode pesar até 10 kg. Sua armadura cobre todo seu corpo e não possui pelos. Está classificado como quase ameaçado, também, devido ao crescente declínio populacional.

É nativo da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, onde se desenvolve em planícies, florestas do tipo submontanha e em áreas abertas e florestas secundárias, sendo como outros tipo de tatus, bastante fossorial.

É também conhecido como tatu-maior-de-rabo-pelado. Tem similaridades com os tatus gigantes, mas este é o de tamanho menor e, como seu nome popular indica, sua cauda está desprovida da armadura protetora. Ele pesa em média 5 kg e mede cerca de 60 cm. Está classificado como de preocupação menor.

Imagem: zoochat.com

Também conhecido como tatu-de-nariz-comprido, é o tipo de tatu mais predominante no continente, já que se distribui desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, de modo que se desenvolve em uma grande variedade de ecossistemas. Além disso, é uma espécie bastante adaptável neste sentido. O peso em média é de 5,5 kg, enquanto que o comprimento médio é de 70 cm. Está classificado como de preocupação menor.

Este peculiar tipo de tatu se distribui em países como Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela, entre outros. Habita em selvas tropicais próximas da água, florestas abertas ou pastagens. No Brasil, é facilmente encontrado no cerrado. Conheça os animais do cerrado brasileiro.

Se diferencia das demais espécies pelo seu tamanho enorme, já que mede cerca de um metro e tem um peso médio de 26 kg. Também é característica a cor preta ou cinza na zona dorsal da armadura, enquanto que na ventral é mais claro. Infelizmente, está classificado como vulnerável pela UICN, posto que sua população não deixa de diminuir.

Como comentamos no início, existem aproximadamente 20 espécies de tatus. Por isso, a seguir, apresentamos o restante das espécies de tatus identificadas até o momento:

• Tatupeba (Euphractus sexcinctus)
• Tatu-mulita (Dasypus hybridus)
• Tatu-mirim (Dasypus septemcinctus)
• Tatu-peludo-gritador (Chaetophractus vellerosus)
• Mataco (Tolypeutes matacus)
• Tatu-bola-do-nordeste (Tolypeutes tricinctus)
• Tatu-de-rabo-mole-pequeno (Cabassous unicinctus)
• Tatu-de-cauda-pelada-da-américa-central (Cabassous centralis)
• Mulita de Yepes ou tatu-de-focinho-menor-das-Yungas (Dasypus mazzai)
• Tatu-de-rabo-mole-do-Chaco (Cabassous chacoensis)

Agora que você já conheceu os tipos de tatus que existem, aqui temos algumas perguntas e respostas rápidas com diversas curiosidades sobre os tatus:

1. O que o tatu come?

Os tatus são animais onívoros e se alimentam de insetos, répteis, plantas ou frutas. Há alguns tatus que comem, inclusive, carniça.

2. Os tatus têm hábitos diurnos ou noturnos?

Os tatus são, em sua maioria, animais de hábitos noturnos e crepusculares mas, dependendo da época do ano, ele também pode buscar alimentos durante o dia.

3. Qual o maior tatu do Brasil?

O maior tatu do Brasil e do mundo é o tatu-canastra (Priodontes maximus), alcançando 1,5 metro de comprimento e cerca de 60 Kg. Este animal pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil, com maior incidência no cerrado brasileiro.

4. O tatu pode ser um animal de estimação?

Não, ter um tatu como animal de estimação é ilegal porque é um animal exótico. Para viver com um animal desses é preciso ter autorização especial do IBAMA.

5. Quanto anos um tatu vive?

Dependendo do tipo de tu, sua expectativa de vida pode variar de 4 a 16 anos.

Texto em colaboração com Aerton Guimarães.

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