Tipos de elefantes-marinhos
Esses imponentes mamíferos, com seus corpos massivos, não são apenas os maiores pinípedes do planeta, mas também alguns dos mergulhadores mais extraordinários da natureza. Eles são os maiores representantes da família das focas (Phocidae). Conhecidos por seu tamanho enorme e pela tromba distintiva dos machos, esses animais desenvolveram adaptações surpreendentes para a vida no oceano.
A seguir, no PeritoAnimal, contaremos todas as características e tipos de elefantes-marinhos. Continue lendo!
Características dos elefantes-marinhos
Os elefantes-marinhos se destacam por sua presença imponente e pelo acentuado dimorfismo sexual. Os machos adultos são colossais, podendo medir até 6 metros e ultrapassar 4 toneladas, enquanto as fêmeas raramente atingem 3 metros e 900 kg. Uma de suas marcas registradas é a tromba ou probóscide, presente apenas nos machos, que inflam para emitir rugidos poderosos durante a época de acasalamento e assim estabelecer dominância.
Seu corpo é perfeitamente adaptado à vida marinha:
- Têm um formato hidrodinâmico;
 - Possuem nadadeiras traseiras que permitem nadar com agilidade;
 - Contam com uma espessa camada de gordura que os isola das águas frias onde vivem.
 
Além disso, são campeões do mergulho profundo, capazes de submergir a mais de 1.500 metros e prender a respiração por quase duas horas enquanto caçam.
Quantos elefantes-marinhos existem no mundo?
Existem duas espécies de elefantes-marinhos, cada uma com traços distintos e áreas de distribuição diferentes:
- Elefante-marinho-do-norte (Mirounga angustirostris): vive principalmente ao longo da costa do Pacífico da América do Norte, da Baixa Califórnia ao Alasca. Embora os machos desta espécie também desenvolvam uma tromba, ela é menos proeminente que a de seus parentes do sul;
 - Elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina): é o maior dos dois, com machos podendo ultrapassar 5 toneladas. Essa espécie habita as águas geladas do hemisfério sul, com colônias importantes na Argentina, África do Sul, Ilhas Geórgia do Sul e Península Antártica.
 
Ambas as espécies compartilham um estilo de vida semelhante, embora o elefante-marinho-do-sul tenda a realizar migrações mais extensas.
Onde vivem os elefantes-marinhos?
Os elefantes-marinhos passam a maior parte da vida no oceano, mas dependem do litoral para atividades críticas como reprodução e descanso. O elefante-marinho-do-norte se reproduz em praias arenosas ou rochosas da Califórnia e do México, enquanto o do sul prefere ilhas subantárticas e áreas remotas como as Ilhas Malvinas ou as Ilhas Heard.
Durante suas longas migrações, esses animais podem percorrer milhares de quilômetros em busca de alimento, aventurando-se em águas profundas longe da costa. Sua capacidade de se adaptar a diferentes ambientes marinhos, desde as águas temperadas do Pacífico até os mares gelados da Antártida, demonstra sua grande resistência.
O que os elefantes-marinhos comem?
A dieta desses animais consiste principalmente em peixes, lulas e outros cefalópodes, embora também consumam crustáceos ocasionalmente. São predadores oportunistas que caçam nas profundezas, aproveitando sua excelente visão em condições de pouca luminosidade.
Os elefantes-marinhos-do-sul costumam se alimentar de espécies antárticas como a lula-gigante ou o peixe-gelo, enquanto os do norte preferem presas como merluzas e polvos. Seu metabolismo permite que armazenem grandes quantidades de gordura, essencial para sobreviver durante os períodos de jejum em terra, especialmente na temporada de reprodução, quando os machos podem passar meses sem comer enquanto defendem seu harém.
Como os elefantes marinhos se reproduzem?
A reprodução dos elefantes-marinhos é um espetáculo de força e competição. Todo ano, os machos chegam primeiro às praias de reprodução e lutam ferozmente pelo domínio de um território e das fêmeas que ali estão. Essas batalhas podem ser brutais, com os machos maiores e mais experientes impondo-se por meio de investidas e mordidas.
As fêmeas, por sua vez, dão à luz um único filhote após um ano de gestação e o amamentam por aproximadamente um mês com um leite extremamente rico em gordura, que permite aos recém-nascidos ganharem peso rapidamente. Após esse período, as fêmeas acasalam novamente e retornam ao mar, deixando os filhotes se tornarem independentes.
Quer conhecer mais mamíferos marinhos como os elefantes-marinhos? Não perca este post: "Mamíferos Aquáticos - Características e Exemplos".
Qual é o estado de conservação dos elefantes-marinhos?
Ambos os tipos de elefantes-marinhos foram caçados quase até a extinção nos séculos XVIII e XIX por sua gordura e óleo. No entanto, graças a esforços de conservação e regulamentações internacionais, suas populações se recuperaram significativamente. O elefante-marinho-do-norte, que chegou a ter apenas algumas centenas de exemplares no início do século XX, agora ultrapassa 200 mil indivíduos.
Já o elefante-marinho-do-sul tem uma população estável, estimada em cerca de 650 mil indivíduos. Apesar desse sucesso, eles enfrentam ameaças modernas, como as mudanças climáticas, que alteram suas zonas de alimentação, e a poluição por plásticos nos oceanos. Sua conservação ainda é crucial para manter o equilíbrio dos ecossistemas marinhos que habitam.
Se esse assunto te preocupa, descubra neste outro post quais são os "Animais em perigo de extinção".
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- Best, N. J., Bradshaw, C. J., Hindell, M. A., & Nichols, P. D. (2003). Vertical stratification of fatty acids in the blubber of southern elephant seals (Mirounga leonina): implications for diet analysis. Comparative Biochemistry and Physiology Part B: Biochemistry and Molecular Biology, 134(2), 253-263.
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