Spirulina para cachorro: para que serve, dosagem e efeitos colaterais

A Spirulina é uma cianobactéria que contém cerca de 60-70% de proteína, rica em vitaminas, principalmente a vitamina B12 e provitamina A (β-caroteno), e minerais como o magnésio, zinco, cobre, cromo, manganês, sódio e em especial o ferro. É uma das poucas fontes de ácido γ-linolênico dietético e contém também uma série de outros fitoquímicos que têm benefícios potenciais para a saúde.

Cães com desequilíbrio do sistema imunológico muitas vezes apresentam fadiga crônica podendo estar relacionada a baixos índices energéticos. Pequenas quantidades de Spirulina podem auxiliar no equilíbrio e estabilização do sistema imunológico, regulando a liberação de energia metabólica e na assimilação de nutrientes, além de reforçar os processos de comunicação celular no organismo.

Além disso, a Spirulina vem sendo usada em pets no combate à desnutrição, ao diabetes, à hipercolesterolemia, ao câncer, em melhorar a capacidade de combater vírus e aumentar a resistência a doenças, assim como no tratamento da demodicose canina generalizada juvenil.

A Spirulina pode ser administrada ao cachorro em forma de cápsulas ou misturada na comida, pois está disponível na apresentação de cápsulas, comprimidos ou em pó. De início, deverá ser administrada semanalmente, podendo a dose ser aumentada a cada semana, chegando a três vezes por semana ou todos os dias, a critério do médico veterinário.

É possível mandar manipular a Spirulina em forma de petiscos, como biscoitos caninos, aumentando o interesse do cachorro e facilitando a administração. Dê preferência a Spirulina de boa qualidade, que tenha referência no mercado e certificada por órgãos regulamentadores.

Embora a Spirulina não produza nenhuma toxina, outras espécies de cianobactérias que proliferam nas mesmas condições ambientais podem sintetizar agentes tóxicos para o fígado e cérebro. Devido a isso, é necessário um rigoroso processo de produção, para evitar o risco de contaminação da biomassa. Um estudo relatou que um cão apresentou um episódio de hepatopatia após o consumo por três semanas e meia de um suplemento comercial de algas verde-azuladas. Por isso, sempre adquira produtos de qualidade para o seu amigo de quatro patas.

A dosagem sugerida para cães e gatos de Spirulina é de 50 mg para cada quilo de peso do animal. A introdução deve ser lenta, iniciando com uma frequência de uma vez por semana, passando para duas vezes por semana, conforme a prescrição do médico veterinário. O aumento da dosagem deverá ser lento para evitar reações adversas.

Apesar da falta de estudos científicos sobre os efeitos potenciais da inclusão de Spirulina em alimentos para cães e gatos, seu uso aumentou o interesse no mercado de alimentos para animais de estimação nos últimos anos e levou ao rápido crescimento na venda de alimentos e suplementos para pets contendo a Spirulina. Vários estudos estão sendo desenvolvidos sobre o uso do produto em animais, com resultados promissores.

O uso de Spirulina em cachorros pode causar efeitos colaterais como náuseas, vômitos e diarreia. Para evitar esses sintomas, a introdução da Spirulina deverá ser lenta e gradual, observando-se como o cachorro reage. Caso seja percebida alguma reação adversa, o médico veterinário responsável deverá ser informado.

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