Os sapos têm ossos?

Os sapos são animais vertebrados, assim como todos os anfíbios, que é a classe a qual pertencem. Ou seja, eles possuem uma estrutura esquelética interna, que neste caso é de constituição óssea. Desta forma sim, os sapos têm ossos porque contam com um esqueleto, que agora veremos como se desenvolve.

Os anfíbios mostram entre seus traços uma série de características de transição entre a vida aquática e terrestre, sendo na atualidade os representantes vivos dessas duas formas de vida, na qual não somente é de um ponto de vista ecológico, mas também anatômico e fisiológico. Assim, os sapos, e o resto do grupo, em seus primeiros estágios de vida expressam uma vida totalmente aquática, em que seu corpo está totalmente adaptado. De fato, nesses momentos não poderiam viver fora desse meio.

Logo, com a metamorfose, desenvolveram novas estruturas que lhes permitem sair da água, deslocar-se e desenvolver-se na terra, ainda que a maioria precise se manter próximo de espaços úmidos, onde pode ocorrer, por exemplo, a reprodução.

A mudança de girinos para sapos implica transformação de diversas estruturas, entre as quais podemos mencionar, como um traço que neste caso se relaciona com sua condição de vertebrado, é que no estado de larva o esqueleto é mais do tipo cartilaginoso, para depois também constituir-se de ossos; e a notocorda, outra estrutura transitória dos vertebrados, logo da lugar à coluna vertebral também ossificada.

Os primeiros animais vertebrados eram exclusivamente aquáticos, por isso que para fazer a transição para a terra a evolução precisou realizar mudanças importantes, não somente para poder respirar e suportar o novo tipo de ambiente, mas também sofreram transformações nas extremidades que permitiram se deslocar de outra maneira, por isso houve mudanças importantes no esqueleto, e o grupo das rãs estão dentro destes processos evolutivos.

Te deixamos mais informações sobre os Tipos de anfíbios: classificação, nomes e exemplos no seguinte post que te recomendamos.

O sapo tem coluna vertebral e destacamos que o sistema esquelético dos anfíbios está bem desenvolvido, constituído de ossos e cartilagens, o que resulta em apoio aos músculos que permitem o movimento e em geral aos órgãos e outros sistemas. No entanto, as mudanças que os vertebrados sofreram ao sair da água para viver na terra implicaram nos anuros, um grupo de rãs e sapos, maiores transformações para poder saltar em terra e nadar quando estão submersos, de modo que tanto ossos como músculos devem permitir contrações simultâneas das patas posteriores para que seja possível esses dois tipos de movimentos.

E quanto à coluna vertebral dos sapos, esta adquiriu uma nova função, já que traz suporte ao abdome e às patas. Por outro lado, a coluna, que não é tão flexível como nos peixes, mas que é muito mais rígida para poder trazer força desde as extremidades inferiores até todo o corpo, também implicou um encurtamento e fusão de algumas vértebras.

Outra estrutura óssea que também se modificou bastante nas rãs é o crânio, já que é mais leve que os de seus ancestrais, o perfil está mais deprimido e existe menos cavidades e a ossificação foi reduzida. Adicionalmente, a zona frontal está muito bem desenvolvida, onde se localizam o encéfalo, os olhos e o nariz, enquanto que a região posterior está mais reduzida.

O esqueleto dos sapos varia em tamanho segundo a espécie, já que algumas têm dimensões de poucos milímetros, enquanto que outras alcançam cerca de 40 cm. Da mesma forma, a estrutura varia em função de seus principais hábitos, porque algumas são mais terrestres, aquáticas ou arbóreas.

Os ossos de suas patas estão adaptados para saltar e movimentar-se rapidamente. Por outro lado, tanto a tíbia como a fíbula se fusionaram, assim como o rádio e a ulna, o qual lhes ajudam em seu deslocamento através de saltos. Por sua vez, os metatarsos e o ílio são bastante alongados, o qual da mesma forma é útil para saltar. Além disso, as vértebras finais também estão fundidas, formando o osso urostilo, que se localiza dentro da pelve, proporcionando-lhes força nas extremidades traseiras ao saltar.

A forma geral do esqueleto das rãs não possui cauda na etapa adulta, como mencionamos. Suas patas traseiras e os ossos que as formam são alongados em relação aos dianteiros, sua coluna vertebral foi encurtada. Nestes animais sem dúvida vimos como a evolução operou para ajustar seu corpo às necessidades ecológicas que possuem.

Agora que você já sabe que sapo tem osso, conheceu um pouco melhor sobre a estrutura óssea dos sapos, aqui deixamos uma infografia na qual, além da coluna vertebral de um sapo, você conhecerá vários outros tipos de ossos desses anfíbios:

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