Avestruz voa?

As duas espécies de avestruzes têm características físicas parecidas. O tamanho delas é de cerca de dois metros de altura, mas às vezes podem crescer um pouco mais, sendo os machos maiores que as fêmeas. O peso pode variar de 90 até os 130 kg. Os machos da avestruz comum são pretos, mas as pontas das asas e a cauda são brancas; enquanto que as fêmeas têm uma coloração marrom acinzentado. Na espécie somali, os machos são pretos e a cor branca da cauda e das asas é bastante intensa, e as fêmeas são marrom escuro.

Outras das características gerais dos avestruzes é que seus pescoços são distintivamente compridos, as longas pernas sem penas, e peculiarmente em relação ao tamanho do corpo, tanto a cabeça como as asas são pequenas. Eles possuem penas na cauda e garras fortes que usam para se defender.

Contudo, os avestruzes não podem voar. Além dos traços mencionados, entre suas características de locomoção, tem-se que os avestruzes não têm a capacidade de se elevar e se movimentar pelo ar, como comumente fazem muitas espécies de aves, o que os inclui no grupo conhecido como ratitas, que são aves que têm uma modificação anatômica no esterno que as impede de voar.

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As avestruzes, como outras aves não voadoras, não podem voar por uma razão anatômica que as diferenciam das aves que conseguem voar. Essa modificação consiste em um esterno plano nas ratitas, ou seja, elas não possuem uma estrutura conhecida como quilha, onde os músculos de voo são inseridos e bem desenvolvidos e lhes permite exercê-lo. Então os avestruzes, por não ter quilha, não são capazes de alçar voo. Além disso, os ossos de suas asas são reduzidos.

Agora, já sabemos que os avestruzes não podem voar porque anatomicamente não estão capacitados para fazê-lo mas, o que levou a essa situação? Quer dizer, por que algumas aves podem voar e outras não? Sem dúvida, a resposta está na evolução, ocorreram diversos eventos ao longo de milhões de anos que resultaram nessa diferença.

Foram propostas diversas ideias, como a existência de um ancestral comum não voador para todas essas aves ou que sua origem ancestral era capaz de voar e perdeu a capacidade. Ao que tudo indica, a evolução das aves não voadoras, incluindo os avestruzes, pode ter ocorrido devido a drástica diminuição de predadores que se alimentavam delas, o que foi possível em razão do evento de extinção em que desapareceram os dinossauros e certos mamíferos predadores.

O voo das aves é uma estratégia que permite a reprodução, a dispersão e, em certos casos, migração sazonal, no entanto, o voo é dispensável para a sobrevivência, e, por não precisarem escapar voando, a evolução levou à perda dessa capacidade.

Os temas sobre a evolução da vida são muito complexos, e os cientistas, de maneira permanente, estão investigando e encontrando evidências que podem reafirmar ou rechaçar ideias, por isso que sobre a perda da capacidade de voar dos avestruzes é certo que falta muito para se conhecer.

Os avestruzes são animais terrestres e, diante da incapacidade de voar, eles desenvolveram um mecanismo de eficiente de locomoção, através da caminhada ou da corrida, se necessário. Suas pernas longas e fortes lhes permitem se movimentar bem na terra, e quando correm podem alcançar velocidades impressionantes de cerca de 70 km/h, por isso que além de serem as maiores aves, também são as mais velozes do mundo. Embora suas asas não sejam tão grandes, eles as usam para estabilizar-se enquanto correm e tomam impulso, o que lhes ajuda na locomoção.

Os avestruzes podem ser animais agressivos, por isso que é importante ter cuidado com eles, já que são capazes de provocar feridas graves numa pessoa, sobretudo levando em conta a velocidade que podem chegar, conseguindo facilmente alcançar um ser humano. Embora geralmente tentem fugir de um predador, se for necessário eles enfrentam e se defendem com suas garras.

Essas aves têm sido bastante exploradas, por sua carne, ovos e penas. Atualmente seu estado de conservação é de Menor preocupação para o avestruz comum e Vulnerável para o somali.

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