A alimentação do pinguim
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O pinguim é uma das aves marinhas não voadoras mais conhecidas devido ao seu simpático aspecto, embora se possa englobar sob este termo entre 16 a 19 espécies.
Adaptado aos climas gélidos, o pinguim distribui-se pelo hemisfério sul, concretamente nas costas da Antártida, Nova Zelândia, Sul da Austrália, África do Sul, Ilhas Subantártidas e Patagônia Argentina.
Se quer descobrir mais sobre esta fantástica ave, neste artigo do Perito Animal falamos-lhe sobre a alimentação do pinguim.
O sistema digestivo do pinguim
Os pinguins assimilam todos os nutrientes que obtêm dos diversos alimentos que ingerem graças ao seu sistema digestivo, cujo funcionamento não varia excessivamente da fisiologia digestiva humana.
O aparelho digestivo do pinguim é formado pelas seguintes estruturas:
- Boca
- Esófago
- Bucho
- Proventrículo
- Moela
- Intestino
- Fígado
- Pâncreas
- Cloaca
Outro aspecto importante do sistema digestivo do pinguim é uma glândula que também encontramos em outras aves marinhas, a qual é responsável por eliminar o excesso de sal ingerido com a água marinha e que portanto faz com que não seja necessário beber água doce.
O pinguim pode chegar a estar 2 dias sem comer e este período de tempo não afeta nenhuma estrutura do seu aparelho digestivo.
O que comem os pinguins?
Os pinguins são animais considerados heterótrofos carnívoros, que se alimentam principalmente de krill assim como de pequenos peixes e lulas, no entanto, as espécies pertencentes ao gênero Pygoscelis baseiam a sua alimentação maioritariamente em plâncton.
Podemos afirmar que independentemente do gênero e da espécie, todos os pinguins complementam a sua alimentação através do plâncton e da ingestão de cefalópodos, pequenos invertebrados marinhos.
Como é que os pinguins caçam?
Devido aos processos adaptativos, as asas do pinguim passaram na verdade a ser barbatanas com ossos fortes e articulações rígidas, que permitem uma técnica de mergulho impulsionado pelas asas, dando ao pinguim o seu principal meio de mobilidade dentro de água.
O comportamento de caça das aves marinhas tem sido objeto de numerosos estudos, por isso, alguns investigadores do Instituto Nacional de Investigação Polar em Tóquio colocaram câmeras em 14 pinguins da Antártida e puderam observar que estes animais são extremamente velozes, em 90 minutos podem ingerir 244 krills e 33 peixes pequenos.
Quando o pinguim quer capturar o krill fá-lo nadando para cima, um comportamento que não é arbitrário, uma vez que procura enganar a sua outra presa, os peixes. Uma vez capturado o krill, o pinguim muda rapidamente a direção e dirige-se para o fundo do mar omde poderá caçar diversos peixes de pequeno tamanho.
O pinguim, um animal que precisa de ser protegido
A população das diversas espécies de pinguins diminui cada vez com maior frequência devido aos múltiplos fatores entre os quais podemos destacar o derramamento de petróleo, a destruição do seu habitat, a caça e o clima.
Trata-se de um espécie protegida, de fato, estudar estas espécies seja para que finalidade científica for precisa da aprovação e supervisão de diversos organismos, no entanto, atividades como a caça ilegal ou fatores como o aquecimento global continuam ameaçando esta bonita ave marinha.
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