Ursos

Urso-malaio

Atualizado: 23 março 2021
Urso-malaio

O urso-malaio (Helarctos malayanus) é o menor entre todas as espécies de ursos reconhecidas atualmente. Além de seu tamanho pequeno, esses ursos são muito peculiares tanto em sua aparência e morfologia, como em seus hábitos, destacando-se por sua preferência por climas quentes e sua incrível habilidade de escalar árvores.

Nesta ficha do PeritoAnimal, você poderá encontrar dados relevantes e curiosidades sobre as origens, aparência, comportamento e reprodução do urso malaio. Também falaremos sobre seu estado de conservação, pois infelizmente sua população se encontra em estado vulnerável devido à falta de proteção do seu habitat natural. Continue lendo para saber tudo sobre o urso malaio!

Origem
  • Ásia
  • Bangladesh
  • Camboja
  • China
  • Índia
  • Vietnã

Índice

  1. Origem do urso-malaio
  2. Características físicas do urso-malaio
  3. Comportamento do urso-malaio
  4. Reprodução do urso-malaio
  5. Estado de conservação

Origem do urso-malaio

O urso-malaio é uma espécie nativa do sudeste asiático, habitando florestas tropicais com temperaturas estáveis entre 25ºC e 30ºC e um grande volume de precipitação ao longo de todo ano. A maior concentração de indivíduos se encontra no Camboja, Sumatra, Malaca, Bangladesh e no centro-oeste da Birmânia. Mas também é possível observar populações menos numerosas vivendo no noroeste da Índia, Vietnã, China e Bornéu.

Curiosamente, os ursos-malaios não estão estritamente relacionados a nenhum dos outros tipos de ursos, sendo o único representante do gênero Helarctos. Esta espécie foi descrita pela primeira vez em meados de 1821 por Thomas Stamford Raffles, um naturalista e político britânico nascido na Jamaica que se tornou amplamente reconhecido após fundar Singapura em 1819.

Atualmente, duas subespécies de urso-malaio são reconhecidas:

  • Helarctos malayanus malayanus
  • Helarctos malayanus euryspilus

Características físicas do urso-malaio

Como antecipamos na introdução, essa é a menor espécie de urso conhecida atualmente. Um urso-malaio macho mede geralmente entre 1 e 1,2 metros em posição bípede, com um peso corporal entre 30 e 60 quilos. Já as fêmeas são visivelmente menores e mais magras que os machos, geralmente medindo menos de 1 metro em posição vertical e pesando em torno de 20 a 40 quilos.

O urso-malaio também é fácil de reconhecer graças à forma alongada do corpo, a cauda tão pequena que é difícil de ver a olho nu e as orelhas, que também são pequenas. Por outro lado, destaca suas patas e um pescoço bastante longo em relação ao comprimento do corpo, e uma língua realmente grande que pode medir até 25 centímetros.

Outro traço característico do urso-malaio é a mancha de cor alaranjada ou amarelada que adorna seu peito. Sua pelagem é composta por pelos curtos e lisos que podem ser de cor preta ou marrom escuro, com exceção do focinho e da região dos olhos, onde geralmente são observados tons amarelados, alaranjados ou esbranquiçados (geralmente combinando com a cor da mancha no peito). As patas do urso malaio apresentam almofadas "nuas" e garras muito afiadas e curvas (em forma de gancho), que lhe permite escalar as árvores com muita facilidade.

Comportamento do urso-malaio

Em seu habitat natural, é muito comum ver os ursos-malaios escalando as altas árvores das florestas em busca de alimentos e calor. Graças às suas garras em forma de gancho e bem afiadas, estes mamíferos podem alcançar facilmente as copas das árvores, onde podem colher os cocos de que tanto gostam e outras frutas tropicais, como banana e cacau. Também é um grande amante do mel e aproveitam suas escaladas para tentar encontrar uma ou outra colmeia de abelhas.

Por falar da alimentação, o urso-malaio é um animal onívoro cuja dieta é baseada principalmente no consumo de frutas, bagas, sementes, néctar de algumas flores, mel e alguns vegetais como as folhas de palmeira. No entanto, este mamífero também tende a comer insetos, aves, roedores e pequenos répteis para complementar o fornecimento de proteínas em sua nutrição. Eventualmente, podem capturar alguns ovos que fornecem proteínas e gorduras ao seu organismo.

Eles geralmente caçam e se alimentam durante as noites, quando as temperaturas são mais amenas. Como não possui uma visão privilegiada, o urso malaio utiliza principalmente seu excelente sentido do olfato para encontrar comida. Além disso, sua língua longa e flexível o ajuda a colher o néctar e mel, que são alguns dos alimentos mais preciosos para esta espécie.

Reprodução do urso-malaio

Dado o clima quente e as temperaturas equilibradas em seu habitat, o urso malaio não hiberna e pode se reproduzir durante todo o ano. Em geral, o casal permanece junto durante toda a gestação e os machos costumam ser ativos na criação dos filhotes, ajudando a encontrar e coletar alimentos para a mãe e seus filhotes.

Como os outros tipos de ursos, o urso-malaio é um animal vivíparo, ou seja, a fecundação e o desenvolvimento dos filhotes ocorrem dentro do ventre das fêmeas. Após o acasalamento, a fêmea experimentará um período de gestação de 95 a 100 dias, ao final do qual dará à luz uma pequena ninhada de 2 a 3 filhotes que nascem com cerca de 300 gramas.

Em geral, as crias permanecerão com seus pais até completar seu primeiro ano de vida, quando são capazes de subir nas árvores e buscar alimentos por conta própria. Quando as crias se separam dos progenitores, o macho e a fêmea podem permanecer juntos ou se separar, podendo se encontrar novamente em outros períodos para acasalar novamente. Não há dados confiáveis sobre a expectativa de vida do urso malaio em seu habitat natural, mas a longevidade média em cativeiro é de aproximadamente 28 anos.

Estado de conservação

Atualmente, o urso-malaio é considerado em estado de vulnerabilidade de acordo com a IUCN, pois sua população sofreu uma redução significativa nas últimas décadas. Em seu habitat natural, esses mamíferos têm poucos predadores naturais, como grandes felinos (tigres e leopardos) ou as grandes pítons asiáticas.

Portanto, a principal ameaça à sua sobrevivência é a caça, que se deve principalmente à tentativa dos produtores locais de proteger suas plantações de bananas, cacau e coco. Sua bílis ainda é frequentemente utilizada na medicina chinesa, o que também contribui para a perpetuação da caça. Eventualmente, os ursos também são caçados para a subsistência das famílias locais, já que seu habitat se estende por algumas regiões economicamente muito pobres. E lamentavelmente, ainda é comum ver "excursões de caça recreativa" destinadas principalmente a turistas.

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