Tubarões

Tubarão-azul

Atualizado: 21 setembro 2023
Tubarão-azul

Os tubarões incluem diversas espécies que estão no ápice das cadeias alimentares nos oceanos, uma vez que muitos deles são superpredadores. No entanto, também existem outros que têm comportamentos mais tímidos. Diversos tubarões têm uma ampla distribuição global, como é o caso do tubarão-azul ou cação-azul (Prionace glauca), como também é conhecido. Continue lendo esta ficha do PeritoAnimal para conhecer suas principais características e se ele representa ou não um perigo para os seres humanos.

Origem
  • África
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  • Ásia
  • Europa
  • Oceania

Índice

  1. Características do tubarão-azul
  2. Habitat do tubarão-azul
  3. Hábitos do tubarão-azul
  4. O tubarão-azul é perigoso?
  5. Alimentação do tubarão-azul
  6. Reprodução do tubarão-azul
  7. Estado de conservação do tubarão-azul

Características do tubarão-azul

O tubarão-azul aapresenta as seguintes características:

  • O dorso possui uma coloração azul índigo ou intensa, enquanto os lados do corpo são de um tom azul mais suave, e a região do ventre é mais clara, com coloração cinza ou branca. Essa coloração é típica para camuflagem diante das presas ou de animais predadores que estão em maior profundidade;
  • Possui um corpo aerodinâmico e esbelto;
  • A aleta caudal é alongada, o que lhe confere boa velocidade. A primeira nadadeira dorsal é o dobro do tamanho da segunda, enquanto as nadadeiras peitorais são incomumente longas em comparação com outras espécies de tubarões;
  • A aleta caudal é do tipo heterocercal, ou seja, os lóbulos têm tamanhos diferentes;
  • Possui olhos grandes;
  • A boca é arredondada, alongada e cercada por várias fileiras de dentes com forma triangular. Confira nosso artigo sobre "Quantos dentes tem um tubarão?";
  • A substituição dos dentes, como é comum em tubarões, ocorre a cada 8 a 15 dias;
  • O tamanho varia de aproximadamente 1,8 a 3,5 m de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos;
  • O peso pode chegar a cerca de 200 kg, sendo que as fêmeas tendem a ser mais pesadas do que os machos.

Habitat do tubarão-azul

O tubarão-azul ou cação-azul é uma das espécies com maior distribuição, estando presente em todos os oceanos, tanto em águas tropicais quanto temperadas, exceto pelo Ártico.

Este tubarão habita principalmente as zonas pelágicas oceânicas, próximas à costa, em locais onde a plataforma continental é estreita. Também pode ser encontrado em áreas costeiras. Sua distribuição natural pode abranger desde a superfície até aproximadamente mil metros de profundidade.

Hábitos do tubarão-azul

O tubarão-azul é uma espécie de vida livre que não se fixa em nenhuma região específica. É um animal altamente migratório devido aos seus padrões reprodutivos e disponibilidade de presas. Saiba mais sobre "Animais que migram - Motivos e exemplos" no PeritoAnimal.

Sabe-se que a população do Atlântico segue um padrão de migração no sentido horário. A rota vai desde a corrente do Golfo no Caribe, passando pela costa dos Estados Unidos, leste da Europa, sul da África e de volta ao Caribe.

Eventualmente, o tubarão-azul forma grupos de congêneres, determinados pelo gênero e tamanhos semelhantes. No entanto, os cientistas ainda não sabem ao certo o porquê dessas agrupações.

O tubarão-azul é perigoso?

As pessoas costumam ter muito medo de tubarões e, embora esse medo muitas vezes seja exagerado, é importante tomar certos cuidados e precauções porque há alguns que são realmente perigosos para os seres humanos.

O tubarão-azul ataca os humanos? Bem, até o momento, há um total de 13 incidentes relatados formalmente, dos quais 9 foram não-fatais e 4 resultaram em morte para as pessoas que foram vítimas do ataque. No entanto, esta é uma espécie pouco agressiva em comparação com outras. Trata-se de um tubarão muito curioso e que não hesita em se aproximar de pessoas se as encontrar, como no caso de mergulhadores ou pescadores, podendo mordê-los como uma exploração em busca de possível alimento.

Alimentação do tubarão-azul

O tubarão-azul possui uma ampla variedade de presas. Há registros de como ele tem se alimentando de aproximadamente 24 espécies de cefalópodes e pelo menos 16 espécies de outros peixes, caçando sua comida principalmente na zona mesopelágica.

Algumas das suas presas incluem:

  • Polvo cobertor (Tremoctopus spp.);
  • Cranquiídeos (família Cranchiidae);
  • Cavala-serpente (Gempylus serpens);
  • Peixe-prego (Ruvettus pretiosus);
  • Ocythoe tuberculata;
  • Alepisaurus feroxe.

Em algumas áreas, como no Brasil, os tubarões-azuis também se alimentam de aves marinhas, por exemplo, a pardela-de-bico-preto (Puffinus gravis).

Quer saber mais curiosidades sobre os hábitos alimentares dos tubarões? Então, não deixe de ler o seguinte artigo do PeritoAnimal: "Os tubarões comem pessoas?".

Reprodução do tubarão-azul

A maturidade sexual nas fêmeas ocorre quando atingem aproximadamente 2,2 metros de comprimento, enquanto os machos atingem a maturidade com cerca de 1,87 metros. Os tubarões-azuis se reúnem nas plataformas continentais durante o verão para a reprodução. Inicialmente, o macho morde a fêmea entre as nadadeiras dorsais. Em seguida, ocorre a copulação, com fertilização interna, na qual o macho segura a fêmea. Logo após, eles se separam e não formam nenhum tipo de vínculo adicional.

Quando as fêmeas engravidam, viajam para o norte, onde estão as áreas de parto, na região subártica. O período de gestação varia de 9 a 12 meses. Esta é uma espécie vivípara, o que significa que os filhotes nascem já desenvolvidos. Cada fêmea pode dar à luz até cerca de 130 filhotes de tubarão, mas é mais comum que tenham entre 25 a 50 ao decorrer da vida. Ao nascer, esses filhotes têm cerca de 39 centímetros de comprimento.

Como é típico em tubarões, uma vez que o nascimento ocorre, os filhotes se separam imediatamente da mãe e não têm mais contato, pois já nascem prontos para serem independentes.

Estado de conservação do tubarão-azul

O tubarão-azul é classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) como quase ameaçado de extinção. As ameaças estão relacionadas com a pesca direta e a pesca incidental, pois os tubarões ficam presos em muitas redes de pesca. Embora sua carne seja consumida, ela não é tão comercializada quanto suas barbatanas, que têm uma alta demanda.

A espécie também é capturada na chamada "caça esportiva". Embora se suponha que os indivíduos sejam liberados, estima-se que haja uma alta taxa de mortalidade entre eles nesse tipo de contexto.

Bibliografia
  • Axtell, A. y J. Boucree (2012). "Prionace glauca". Animal Diversity Web. Disponível em: https://animaldiversity.org/accounts/Prionace_glauca/
  • Museo de Florida. (2023). Archivo Internacional de ataques de tiburón. Especies implicadas en ataque. Disponível em: https://www.floridamuseum.ufl.edu/shark-attacks/factors/species-implicated/
  • Rigby, CL, Barreto, R., Carlson, J., Fernando, D., Fordham, S., Francis, MP, Herman, K., Jabado, RW, Liu, KM, Marshall, A., Pacoureau, N., Romanov, E., Sherley, RB & Winker, H. (2019). Prionace glauca. La Lista Roja de Especies Amenazadas de la UICN 2019. Disponible en https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-3.RLTS.T39381A2915850.en

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