15 animais polinizadores - Características e exemplos

A reprodução da maioria das espécies vegetais ocorre de forma sexual, ou seja, requer a união das células femininas e masculinas para que ocorra a fecundação. Essas células são encontradas no pólen (masculino), por isso precisam ser transferidos até o pistilo das flores (feminino), onde ocorre a fecundação e, após esse processo, a flor torna-se um fruto com sementes.

Assim, quando falamos da reprodução das plantas, muitas vezes requer a intervenção de um terceiro, que é conhecido como "agente polinizador" para torná-la possível.

Esses agentes polinizadores podem ser insetos, outros animais e até elementos naturais, como a água e o vento. No caso das espécies animais, elas encontraram um equilíbrio com a flora e evoluíram juntas, de forma que as plantas têm sido capazes de produzir flores de diferentes aromas, formas e cores, a fim de atrair os agentes polinizadores para que se alimentem do néctar.

Quando os animais se alimentam do néctar, transportam o pólen involuntariamente em suas patas, asas ou outra parte do corpo. Ao cobrir-se de pólen, o depositam na próxima flor que se alimentam, permitindo que a substância chegue ao pistilo para que o processo reprodutivo se complete. Agora, quando se trata de polinização, existem diferentes formas, algumas envolvem a intervenção de animais e outras não, então você deve conhecer os diferentes tipos de polinização que existem.

Estes são os diferentes tipos de polinização que existem:

Polinização direta

Também chamada autopolinização, ocorre quando o pólen da flor se move para o pistilo da mesma flor. Pode ser autogamia ou geitogamia.

• Autogamia: ocorre quando o gameta masculino e o feminino provêm da mesma flor.
• Geitogamia: ocorre quando o gameta masculino e feminino provêm de flores diferentes, mas da mesma espécie; ou seja, o pólen é transportado de uma flor para outra da mesma planta. Diferentes agentes polinizadores estão envolvidos (animais, água ou ar).

Polinização cruzada

Neste tipo de polinização, o pólen de uma espécie é transportado ao pistilo de uma flor de outra espécie. Os agentes polinizadores são imprescindíveis para este processo e, dependendo de qual seja o responsável pelo transporte do pólen, estaríamos diante de vários subtipos de polinização.

Esses subtipos são:

• Polinização abiótica: ocorre graças à intervenção de animais. Pode ser ornitofílico (aves), zoofílico (mamíferos) ou entomofílico (insetos).
• Polinização abiótica: ocorre graças à intervenção da água (hidrofílica) ou o vento (anemofílica), agentes que se encarregam de transportar acidentalmente o pólen, seja para a mesma planta ou para outras, por isso existem casos em que a polinização abiótica seja, por sua vez, um subtipo da autopolinização.
• Polinização vibratória: é utilizada pelas abelhas e zangões para extrair o pólen das flores tubulares, caso contrário não podem acessá-lo. O processo é simples: o inseto se agarra com as patas à flor e bate suas asas; o movimento vibratório resultante contribui para retirar os esporos de pólen.

Polinização artificial

É aquela que ocorre com a intervenção do ser humano. É realizada com objetivos de produção agrícola ou quando se deseja obter algumas características específicas na planta em questão. O ser humano intervém durante todo o processo e acompanha as etapas para alcançar o resultado esperado. É o contrário da polinização natural, descrita nos tipos e subtipos anteriores.

Agora que você já conhece os diferentes tipos de polinização, é hora de mostrar quais são os animais responsáveis por intervir nesse processo.

Começaremos essa lista de animais polinizadores com os insetos, os animais mais conhecidos na tarefa de polinizar as flores. A seguir, mencionamos os principais e mais conhecidos insetos polinizadores, juntamente com suas características:

As abelhas, pertencentes à família Apoidea, são insetos que podem ser encontrados praticamente em todo o mundo. A importância das abelhas como insetos polinizadores é uma das maiores preocupações à nível médio-ambiental. Estamos falando de um dos animais mais importantes, pois desempenham um papel relevante não só na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, mas também na produção alimentícia do ser humano, pois são encarregadas de polinizar múltiplas espécies que são cultivadas para o consumo. Todas as espécies de abelhas que existem são encarregadas de cumprir essa função.

As formigas pertencem à família Formicidae e são insetos euro sociais, ou seja, possuem uma organização social bem definida, em que cada membro desempenha uma função em torno da figura de uma formiga rainha.

Entre os alimentos que as formigas ingerem, estão as flores, portanto contribuem para a polinização, embora em menor quantidade. Na maioria dos casos, elas estão entre os animais polinizadores com o pólen nas costas, ou seja, podem carregar parte do pólen acidentalmente nas suas costas. Da mesma forma, são animais polinizadores e dispersores de sementes, pois muitas vezes contribuem para transportá-las.

Os sirfídeos, nomes de uma família de insetos dípteros que também são chamados moscas das flores, têm uma distribuição global extensa. Além disso, sua aparência externa permite que sejam frequentemente confundidos com as abelhas. Essas moscas geralmente preferem as flores brancas ou amarelas, e existem até algumas espécies que se alimentam apenas de néctar de flores específicas. Ao se alimentar desse néctar, contribuem para o transporte do pólen.

As borboletas pertencem à ordem dos lepidópteros, que também inclui as mariposas e outros insetos. Existem cerca de 165.000 espécies, a maioria das quais encontra-se entre os animais polinizadores noturnos, embora também existam variedades diurnas.

Com o objetivo de extrair o néctar das flores, as borboletas dispõem de um aparato bucal em forma de tubo alongado, chamada espirotromba, com o qual sugam para se alimentar. Graças a isso, podem transportar o pólen para diferentes flores.

O abelhão comum (Bombus terrestris) é um inseto de aparência similar à abelha em termos de cores, já que seu corpo é amarelo e preto, exceto por apresentar tamanho maior e vilosidade. Alimentam-se de néctar e pólen, que armazenam em suas colônias, cuja organização é similar à das abelhas. Quando necessário, utilizam a polinização vibratória.

Sob o nome de vespas, diversas espécies da ordem Hymenoptera estão incluídas. Medem em torno de cinco centímetros e apresentam uma coloração preta com amarelo, além de um ferrão venenoso. Embora a dieta das vespas seja maioritariamente carnívora, às vezes podem se alimentar de néctar e transportar pólen acidentalmente.

Nem todos os mosquitos se alimentam de sangue, na verdade, apenas as fêmeas são hematófagas. Os machos, ao contrário, sugam o néctar das flores e contribuem para a polinização. Só na América, são encarregadas de polinizar quase 400 espécies diferentes de plantas.

Os coleópteros são comumente conhecidos como besouros e habitam a Terra desde o Permiano. Existem cerca de 375.000 espécies que se distribuem em quase todo o mundo, apresentam diferentes tamanhos e tonalidades, embora sejam identificados por grandes aparelhos bucais na maioria das espécies. Os besouros se alimentam de fungos, outros insetos, raízes, madeira, material em decomposição, flores e pólen, portanto, algumas espécies contribuem com a tarefa de polinizar.

Agora, você sabia que existem outros animais, além dos insetos, que são responsáveis pela polinização das flores? Pois é! A seguir, mostramos outros animais que não são insetos:

Os beija-flores pertencem a família Trochilidae e são endêmicos do continente americano, onde existem cerca de 300 espécies. São caracterizados por seu pequeno tamanho, bico alongado e fino, e asas capazes de se mover à uma velocidade impressionante. No entanto, o que o beija-flor come? Todas as espécies de beija-flores se alimentam de néctar, portanto, seu papel polinizador é muito importante. Em particular, cumprem este papel com as flores de forma tubular, onde seus bicos lhes permitem alcançar o alimento.

Sob o nome de lêmures estão incluídas diferentes espécies de primatas endêmicos da ilha de Madagascar. São animais polinizadores noturnos e são caracterizados por seus olhos brilhantes e sua cauda de padrão anilhada. A dieta das espécies de lêmures é variada, inclui frutas, ervas, folhas, pólen e néctar. Aqueles que se alimentam de pólen e néctar constituem um elo importante no processo de polinizar, e geralmente são animais que carregam o pólen nas costas, aderidos à sua pelagem, ajudando a espalhá-lo.

A lagartixa do dia (Phelsuma ornata) é um réptil endêmico da ilha Maurício, localizada ao sul da Índia. A espécie mede apenas 12 centímetros e apresenta uma coloração que pode variar entre o castanho, o azul e o verde azulado no corpo, com riscos castanhos flancos e um padrão de azul, branco ou vermelho. Essa espécie de lagartixa se alimenta de insetos e invertebrados, mas também consome pólen e néctar, portanto contribuem para a polinização.

As lesmas são moluscos terrestres que pertencem à ordem Pulmonata. Embora, as lesmas não ocupem uma posição importante quando se trata de polinização, pois em geral se alimentam de resíduos vegetais ou animais, além das partes inferiores das plantas, contribuem como polinizadores indiretos ao se arrastarem sobre as flores, desprendendo o pólen e o transportam para outros lugares.

O morcego de nariz comprido (Leptonycteris curasoae) é um morcego que se distribui nas cavernas e florestas da Colômbia, Venezuela e Aruba. Se alimenta das frutas, néctar e pólen de diferentes espécies, sendo um polinizador noturno. Além disso, contribui como dispersor de sementes.

Comumente chamados de suimangas e arañeros, a família Nectariniidae abrange 144 espécies de aves que incluem o néctar das flores como um elemento básico em suas dietas, embora muitos deles também se alimentam de insetos. As espécies estão distribuídas na África, Austrália e Ásia, onde preferem áreas com climas tropicais. Graças à sua densidade populacional e à quantidade de espécies que existem, desempenham um papel importante para a polinização floral.

O rato do arroz (Nephelomys devius) é uma espécie de roedor que se distribui na Costa Rica e Panamá. É pouco conhecido, mas sabe-se que se alimenta de pequenos fungos que crescem ao pé das árvores. Embora seu trabalho de polinização seja menor, a busca de seu alimento é uma forma de contribuir para a disseminação acidental dos esporos de pólen, seja ao redor deles ou ao transportá-los de maneira involuntária em sua pelagem.

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