Tubarões

Tubarão-touro ou tubarão-mangona

Atualizado: 3 agosto 2023
Tubarão-touro ou tubarão-mangona

O tubarão-touro ou tubarão-mangona (Carcharias tauro) é uma espécie de escualo que pertence à ordem dos Lamniformes e à família Odontaspididae. É importante esclarecer que não se trata do bull shark (tubarão-toro em inglês), visto que este último pertence à espécie Carcharhinus leucas da ordem Carcharhiniformes. O animal ao qual nos referimos aqui é o Carcharias taurus, que ganhou fama por supostamente atacar humanos de forma repetida. No entanto, embora ele tenha uma mordida capaz de causar danos significativos, a maioria dos acidentes registrados não tem sido resultado de um ataque direto às pessoas.

Essa é uma espécie que geralmente é capturada para ser mantida em cativeiro e exibida em aquários, além de ser comercializada para consumo humano, o que tem afetado significativamente suas populações globais. Convidamos você a continuar lendo esta ficha do PeritoAnimal, na qual encontrará diferentes aspectos de interesse sobre as características do tubarão-rouro e muito mais.

Origem
  • África
  • América
  • Ásia
  • Europa
  • Oceania
  • Albânia
  • Arábia Saudita
  • Argentina
  • Austrália
  • Bahamas
  • Bermudas
  • Bósnia-Herzegóvina
  • Brasil
  • Cabo Verde
  • Croácia
  • Egito
  • Eritréia
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • França
  • Gâmbia
  • Gana
  • Grécia
  • Guiné
  • Guiné Bissau
  • Índia
  • Itália
  • Japão
  • Líbano
  • Libéria
  • Líbia
  • Marrocos
  • México
  • Moçambique
  • Reino Unido
  • República dos Camarões

Índice

  1. Características do tubarão-touro ou tubarão-mangona
  2. Habitat do tubarão-touro ou tubarão-mangona
  3. Comportamento do tubarão-touro ou tubarão-mangona
  4. Alimentação do tubarão-touro ou tubarão-mangona
  5. Reprodução do tubarão-touro ou tubarão-mangona
  6. Estado de conservação do tubarão-touro ou tubarão-mangona

Características do tubarão-touro ou tubarão-mangona

O tubarão-touro é robusto e, em geral, tem um tamanho grande. Então, quanto mede um tubarão-touro? Esse tubarão mede cerca de 3,5 metros, embora alguns relatos registrem indivíduos maiores que esse tamanho. Quanto ao peso, varia entre os 95 e 110 quilos; as fêmeas costumam ser maiores que os machos. Dessa forma, podemos dizer que o tubarão-touro tem um tamanho considerável.

Continuando com as características do tubarão-touro, a coloração do corpo é cinza, podendo ter diferentes intensidades conforme o indivíduo. A parte inferior é branca e apresenta algumas manchas amareladas ou marrons no dorso.

Por outro lado, as duas barbatanas dorsais têm tamanho similar à anal, as barbatanas pélvicas estão caracteristicamente recuadas e a caudal é um pouco curta. A cabeça é achatada e seus olhos são pequenos. Quanto ao focinho, ele é pontiagudo e a boca possui várias fileiras de dentes, os quais têm bordas lisas e são muito afiados. Mesmo com a boca fechada, suas estruturas dentais proeminentes são visíveis, o que lhe confere uma aparência intimidante.

Como o resto dos tubarões, ele possui um sistema complexo de percepção, sendo capaz de detectar tanto sinais químicos como elétricos de suas possíveis presas, além de poder se orientar de acordo com o campo magnético da Terra. Conheça os diferentes tipos de tubarões neste outro artigo e amplie seus conhecimentos.

 

Habitat do tubarão-touro ou tubarão-mangona

Onde o tubarão-touro vive? Este tubarão é encontrado, geralmente, em áreas costeiras, de águas subtropicais e temperadas-quentes de quase todos os continentes. Algumas das regiões onde é comum avistá-lo são:

  • Flórida.
  • Golfo de México.
  • Bahamas.
  • Bermudas.
  • Brasil.
  • Norte da Argentina.
  • Ilhas Canárias.
  • Senegal.
  • Gana.
  • Nigéria.
  • Camarões.
  • Moçambique.
  • Japão.
  • Austrália.

É comum encontrá-lo em áreas pouco profundas com fundos arenosos do leito marinho, bem como em cavernas rochosas e recifes de coral. Além disso, ele pode ser observado em áreas com ondas. A profundidade máxima em que costuma se submergir é de 25 metros, embora haja casos ocasionais em que ele chegou perto de 200 metros.

Comportamento do tubarão-touro ou tubarão-mangona

Este tubarão costuma se deslocar sozinho, mas também pode fazê-lo em grupos, o que certamente garante o acasalamento, facilita a caça e aumenta tanto a proteção quanto a sobrevivência. As populações localizadas ao norte ou ao sul costumam migrar sazonalmente para águas mais quentes. De acordo com alguns registros, os processos migratórios são realizados em grupos divididos de acordo com tamanho e sexo.

Eles são mais ativos durante a noite, e durante o dia geralmente ficam flutuando nas colunas de água sobre fundos arenosos, em cavernas ou recifes de coral. Para alcançar a flutuabilidade, eles retêm ar em seus estômagos, o que lhes permite permanecer calmos sem se mover. A observação recorrente da espécie em áreas específicas nos leva a acreditar que eles têm afinidade por certos lugares em particular.

O tubarão-touro não tem uma natureza agressiva em relação às pessoas, no entanto, é sempre recomendável não se aproximar ou entrar em suas áreas de distribuição, pois eles podem se sentir ameaçados e seu tamanho, juntamente com sua mordida forte, torna-os uma espécie capaz de causar danos significativos.

Alimentação do tubarão-touro ou tubarão-mangona

Ele é um peixe carnívoro que se alimenta de uma grande variedade de animais pertencentes à fauna marinha, entre os quais podemos mencionar:

  • Diferentes tipos de peixes ósseos.
  • Outros tubarões menores.
  • Caranguejos.
  • Lagostas.
  • Raias.
  • Lulas.
  • Moluscos.

Embora possa caçar de forma solitária, quando está com outros tubarão-touro, eles caçam em grupo, o que aumenta o êxito das capturas, pois eles cooperam entre si nesses momentos. Ao identificar cardumes de peixes ou grupos de outros animais que estão em sua dieta, eles se lançam sobre eles de forma frenética, capturando tudo o que for possível. Você sabe quantos dentes tem um tubarão? Descubra neste artigo.

Reprodução do tubarão-touro ou tubarão-mangona

Os machos costumam copular com mais de uma fêmea. A gestação dura entre 9 e 12 meses, e o tipo de reprodução é ovovivípara, ou seja, as crias se desenvolvem dentro do útero da mãe até o momento do nascimento. Embora vários óvulos sejam fertilizados e vários embriões se formem, geralmente apenas dois completarão o processo, já que os maiores, uma vez que eclodem do ovo, devoram os outros. Esse fenômeno ocorre porque uma cria com cerca de 5 cm de comprimento já desenvolveu mandíbulas e dentes, facilitando o canibalismo intrauterino na espécie. Isso também possibilita que a descendência nasça bem desenvolvida e capaz de ser independente desde o nascimento.

Ao nascer, os filhotes de tubarão-touro costumam medir mais de um metro. Os machos amadurecem quando estão atingindo quase 2 metros de comprimento ou entre os 4-5 anos, enquanto que as fêmeas amadurecem quando estão com 2 metros ou 6 anos. A expectativa de vida em cativeiro é de 13 a 16 anos, mas estima-se que em seu habitat natural eles possam viver até 35 anos.

Estado de conservação do tubarão-touro ou tubarão-mangona

O tubarão-touro é classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e em perigo de extinção por outras legislações regionais, como a australiana. A principal razão de sua vulnerabilidade é a pesca excessiva, que ocorre de diversas maneiras em várias regiões do mundo. Esse tubarão é altamente comercializado para consumo humano, pois sua carne é vendida fresca, congelada, defumada, seca ou salgada. Além disso, seu fígado é utilizado para a produção de óleo e suas barbatanas são usadas na preparação de sopa.

Algumas ações para sua conservação visam declarar esse animal como uma espécie protegida em várias regiões e orientar grandes pescarias sobre sua captura.

Bibliografia
  • Gerlach, G. (2006). Carcharias taurus. Animal Diversity Web. University of Michigan, Museum of Zoology. Disponível em: https://animaldiversity.org/accounts/Carcharias_taurus/
  • Pollard, D. y Smith, A. (2009). Carcharias taurus. La Lista Roja de Especies Amenazadas de la UICN 2009: e.T3854A10132481. Disponível em: https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2009-2.RLTS.T3854A10132481.en

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