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Tubarão-martelo

Atualizado: 2 agosto 2023
Tubarão-martelo

A família Sphyrnidae corresponde um grupo de tubarões comumente conhecidos como tubarões-martelo, os quais possuem uma cabeça peculiar que os distingue de todos os outros tubarões que existem atualmente. Esta família possui várias espécies, mas desta vez queremos apresentar o tubarão-martelo comum (Sphyrna lewini), também conhecido como tubarão-festoneado.

Este animal peculiar desempenha um papel importante nos ecossistemas marinhos, porque desenvolve algumas relações mutualísticas com outras espécies, além de ter uma papel trófico nas áreas marinhas que circunda. Apesar de seu tamanho e da fama que os tubarões geralmente têm como animais agressivos em relação aos seres humanos, não há registros de ataques contra pessoas. Infelizmente, como a maioria desses peixes cartilaginosos, seu estado atual é preocupante. Se você quiser conhecer mais dados interessantes sobre este animal incrível, bem como os métodos atuais para a conservação da espécie, convidamos você a continuar lendo esta ficha do PeritoAnimal, onde contamos todas características do tubarão-martelo.

Origem
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  • Europa
  • Oceania

Índice

  1. Características do tubarão-martelo
  2. Onde vive o tubarão-martelo? - Habitat
  3. Comportamento do tubarão-martelo
  4. O que o tubarão-martelo come?
  5. Reprodução do tubarão-martelo
  6. Estado de conservação do tubarão-martelo

Características do tubarão-martelo

A característica distintiva deste tubarão, como também ocorre nas demais espécies com as quais está diretamente relacionado, é a cabeça em forma de T. No entanto, ao contrário dos outros tubarões-martelo, o tubarão-martelo comum apresenta a cabeça bastante arqueada e, além disso, possui uma fenda localizada na borda central dessa estrutura cefálica. Junto a esta fenda principal são encontradas outras duas, o que lhe confere uma aparência festonada (bordas onduladas), daí o seu outro nome.

A boca do tubarão-martelo é arqueada e possui dentes pequenos com forma triangular e ligeiramente serrilhados. Por terem a cabeça tão expandida para os lados, seus olhos e orifícios nasais estão bastante separados. O corpo é relativamente fino, fusiforme, podendo atingir em média 4 metros de comprimento e cerca de 150 kg de peso. A coloração dorsal é cinza, enquanto a ventral é branca.

Quanto às barbatanas dorsais, a primeira é maior e mais curvada que a segunda, as peitorais são levemente arredondadas, podendo apresentar uma coloração mais escura que o resto do corpo, enquanto a caudal está bifurcada.

Onde vive o tubarão-martelo? - Habitat

O tubarão-martelo tem uma ampla distribuição pelos mares temperados, quentes e tropicais. Ele habita as zonas pelágicas da costa e também as oceânicas. O alcance geral de profundidade em que se move vai desde a superfície até cerca de 275 metros, no entanto, foi descoberto que eles podem mergulhar a até um pouco mais de 1.000 m.

Quando são adultos, os tubarões-martelo geralmente se encontram principalmente em alto mar, embora as fêmeas migrem para áreas costeiras durante a época da reprodução. Há estudos que indicam a entrada dessas espécie em áreas de estuários. Esse tubarão se desloca por diversos tipos de habitats, de modo que pode estar em alto-mar, plataformas continentais, recifes de coral, montes submarinos, costas e estuários.

Comportamento do tubarão-martelo

O tubarão-martelo pode se locomover sozinho, em pares ou em grupos. É comum que as fêmeas nadem juntas, enquanto que os machos geralmente são solitários e se aproximam desses grupos apenas para fins reprodutivos.

Este tubarão tende a se deslocar para áreas de montes marinhos, costas, estuários ao amanhecer. À tarde, eles se movem para outras áreas, como recifes de coral, enquanto á noite retornam às áreas pelágicas em alto-mar. Esta espécie de tubarão-martelo possui um grande desenvolvimento dos sentidos e, especificamente, é capaz de identificar as emissões eletromagnéticas que acontecem nas falhas do leito marinho, o que é comum levá-los a esses lugares.

Os indivíduos mais jovens podem mostrar submissão aos adultos, enquanto estes últimos demonstram seu controle e domínio, investindo contra os primeiros com o seu focinho. Por outro lado, o tubarão-festoneado, ou tubarão-martelo comum, costuma estabelecer relações simbióticas mutualísticas, especificamente com três famílias de peixes: Labridae, Blenniidae e Gobiidae. Desse modo, indivíduos desse grupos ajudam a manter o tubarão-martelo livre de parasitas externos na pele, brânquias e boca. Descubra mais detalhes sobre simbiose neste outro artigo: "Simbiose - Definição e exemplos".

O tubarão-martelo é perigoso?

Este tubarão não tem demonstrado agressividade em relação às pessoas, na verdade, não há relatos conhecidos desse tipo de acidente.

O que o tubarão-martelo come?

O tubarão-martelo quando é adulto tem uma alimentação carnívora bastante variada. Ele se alimenta principalmente durante a noite em águas de alto-mar, consumindo animais como:

  • Lulas.
  • Polvos.
  • Raias.
  • Sépias.
  • Caranguejos.
  • Camarões.
  • Lagostas.
  • Serpentes marinhas.
  • Tubarões menores.

Por sua vez, a alimentação do tubarão-martelo mais jovem consiste em uma dieta mais restrita, composta por certa variedade de peixes que costumam caçar em águas não tão profundas ou em áreas costeiras próximas.

Em geral, o tubarão-martelo é um caçador noturno ativo, que costuma nadar atrás de suas presas e, em muitos casos, consegue engoli-las inteiras. Além disso, alguns estudos indicam que, assim como outras espécies de tubarões-martelo, ocasionalmente o Sphyrna lewini esmaga a sua presa para só depois devorá-la.

Conheça neste outro artigo quantos dentes tem um tubarão.

Reprodução do tubarão-martelo

Os machos amadurecem quando atingem um comprimento entre 1,5 e 2 metros, enquanto as fêmeas amadurecem em torno dos 2 metros. Os machos, que geralmente estão sozinhos, dirigem-se aos grupos formados pelas fêmeas para se reproduzirem, realizando nados específicos que representam uma espécie de cortejo para indicar sua intenção reprodutiva. A fêmea de maior tamanho, maturidade sexual e disponibilidade, se afastará do grupo e, se necessário, afastará outras fêmeas para finalmente se acasalar.

Esses animais têm fecundação interna, com uma gestação vivípara placentária que dura entre 8 e 12 meses. As fêmeas podem ter de 12 a 41 filhotes por período reprodutivo, que ocorre uma vez por ano ou a cada 2 anos. Depois do nascimento dos filhotes de tubarão-martelo, eles são independentes e não recebem nenhum tipo de cuidado dos pais. Seu tamanho ao nascer fica entre 31 e 57 cm, aproximadamente.

Estado de conservação do tubarão-martelo

O tubarão-martelo comum foi declarado, pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), em perigo crítico de extinção, com uma tendência populacional em declínio. Isso está relacionado ao consumo de sua carne, ao uso de seu fígado para produzir óleo e também à comercialização de suas barbatanas e cartilagem em vários países ao redor do mundo. Além disso, as capturas acidentais em várias redes utilizadas pela indústria pesqueira causam impacto significativo que também afeta as populações. Esses tubarões têm uma alta taxa de mortalidade uma vez que são capturados acidentalmente, e embora às vezes sejam libertados, ao estarem feridos, raramente conseguem se recuperar.

Entre as medidas de conservação da espécie estão sua inclusão no apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), bem como a proibição do comércio internacional de suas barbatanas e a obrigatoriedade de liberar cuidadosamente os indivíduos capturados acidentalmente. No entanto, ainda faltam maiores compromissos e regulamentações para proteger de forma efetiva o tubarão-martelo.

Bibliografia
  • CITES (2010). Decimoquinta reunión de la Conferencia de las Partes Doha (Qatar), 13-25 de marzo de 2010. Disponível em: https://cites.org/sites/default/files/esp/cop/15/prop/S-15%20Prop-15.pdf
  • Rigby, CL, Dulvy, NK, Barreto, R., Carlson, J., Fernando, D., Fordham, S., Francis, MP, Herman, K., Jabado, RW, Liu, KM, Marshall, A., Pacoureau, N., Romanov, E., Sherley, RB y Winker, H. (2019). Sphyrna lewini. La Lista Roja de Especies Amenazadas de la UICN 2019: e.T39385A2918526. Disponível em: https://www.iucnredlist.org/species/39385/2918526
  • Ruiz, E. y S. Trujillo (2012). Sphyrna lewini. Animal Diversity Web. University of Michigan, Museum of Zoology. Disponível em: https://animaldiversity.org/accounts/Sphyrna_lewini/

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