A maior água-viva do mundo

O seu nome comum, água-viva-juba-de-leão ou água-viva-cabeluda provém da sua aparência física e a semelhança com a juba de um leão. Dentro desta água-viva, podemos encontrar outros animais como o camarão e pequenos peixes que são imunes ao seu veneno e encontram nela uma boa finte de alimentos e proteção contra outros predadores.

A água-viva-juba-de-leão possui oito aglomerados onde se agrupam os seus tentáculos. Calcula-se que os seus tentáculos possam chegar a medir até 60 metros de comprimento e estes têm um padrão de cor que vai desde o carmesim ou roxo até ao amarelo.

Esta medusa alimenta-se de zooplâncton, peixes pequenos e inclusivamente de outras espécies de medusas que ficam presas entre os seus tentáculos, aos quais injeta o seu veneno paralisante através das suas células urticantes. Este efeito paralisante facilita a ingestão as suas presas.

A água-viva-juba-de-leão vive principalmente nas gélidas e profundas águas do oceano Antártico, estendendo-se também ao Atlântico norte e ao mar do Norte.

São poucos os avistamentos que foram feitos desta que é a maior água-viva do mundo, isto porque habita a zona conhecida como abissal, que se encontra entre 2000 e 6000 metros de profundidade sendo muito pouco frequente a sua aproximação às zonas costeiras.

Tal como o resto das medusas, a sua capacidade de movimento depende de forma direta das correntes oceânicas, limitando-se ao deslocamento vertical e em muito menor media ao horizontal. Devido a estas limitações de movimento é impossível realizarem perseguições, sendo os seus tentáculos a única arma para se alimentarem.

Na maioria dos casos, as picadas da água-viva-juba-de-leão não são fatais nas pessoas embora possam sofrer dores fortes e erupções. Em casos muito extremos, se uma pessoa ficar presa nos seus tentáculos, isso sim pode ser mortal devido à grande quantidade de veneno absorvida pela pele.

A água-viva-juba-de-leão reproduz-se no verão e outono. Apesar de se emparelharem, sabe-se que são assexuadas, podendo produzir tanto óvulos como espermatozoides sem a necessidade de um companheiro. A taxa de mortalidade desta espécie é muito alta nos primeiros dias de vida dos indivíduos.

• No aquário The Deep em Hull, na Inglaterra, encontra-se o único exemplar mantido em cativeiro. Foi doado ao aquário por um pescador que a capturou na costa este de Yorkshire. A água-vida mede 36 cm de diâmetro e é também a maior água-viva do mundo mantida em cativeiro.
• Em julho de 2010, cerca de 150 pessoas sofreram picadas da água-viva-juba-de-leão em Rye, Estados Unidos. As picadas foram causadas por restos da água-viva que foram arrastados até à costa pelas correntes.
• Sir Arthur Conan Doyle inspirou-se nesta água-viva para escrever o conto chamado A Juba de leão no seu livro Os Arquivos de Sherlock Holmes.

Existem águas-vivas que não queimam? Descubra neste outro artigo.

Existem centenas de espécies de águas-vivas em todo o mundo. As águas-vivas são parte do filo Cnidaria e estão distribuídas em uma variedade de habitats marinhos, desde águas superficiais até profundezas abissais. É difícil fornecer um número exato de espécies de águas-vivas, já que a taxonomia desses organismos continua sendo pesquisada e novas descobertas são feitas regularmente.

Estima-se que existam mais de 2.000 espécies de águas-vivas conhecidas, e esse número pode aumentar à medida que a pesquisa e a exploração dos oceanos continuam revelando novas informações sobre a diversidade das espécies marinhas. Cada espécie de água-viva tem características únicas, incluindo tamanho, forma, cor e padrões de comportamento. Aqui listamos algumas das águas-vivas-gigantes mais conhecidas:

• Água-viva Nomura (Nemopilema nomurai): tem a capacidade de alcançar um diâmetro de até 2 metros e um peso máximo de 200 kg. Essas criaturas habitam as águas entre o Japão e a China, principalmente nas regiões do Mar da China Oriental e do Mar Amarelo. A alimentação da água-viva Nomura é predominantemente baseada em zooplâncton durante seus estágios iniciais de desenvolvimento. À medida que crescem em tamanho, essas águas-vivas-gigantes também passam a se alimentar de peixes, adotando uma estratégia alimentar mais diversificada.
• Água-viva-fantasma (Stygiomedusa gigantea): é uma espécie rara e notável que foi recentemente registrada nas profundezas de Monterey, Califórnia. Este intrigante animal, que pode alcançar até 10 metros de comprimento, apresenta uma aparência escura e uma tonalidade roxa. Uma característica distintiva é a sua aparência peculiar, que lembra um chapéu. Este avistamento foi possível graças a um veículo de alta tecnologia controlado remotamente, que explorou as águas a aproximadamente 1 km de profundidade. O registro dessa água-viva-fantasma adiciona um fascinante capítulo à nossa compreensão das maravilhas marinhas nas regiões mais profundas do oceano.

Agora que você conheceu a maior água-viva do mundo e também outras espécies de águas-vivas gigantes, não perca nosso artigo sobre características e curiosidades sobre as águas vivas.

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