Coywolf ou coylobo

Como o próprio nome indica, o coylobo é o resultado do cruzamento entre um lobo e um coiote. A origem da hibridação entre coiotes, lobos e, como descoberto posteriormente, cães domésticos, ocorreu na América do Norte, especificamente na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá. Este cruzamento entre as referidas espécies foi possível devido às estreitas relações genéticas que existem, pois, de facto, estão todas agrupadas no mesmo gênero: Canis.

Tudo indica que, devido à intervenção humana, a população de lobos na área foi diminuindo pela caça e os poucos indivíduos que continuaram estiveram sob tanta pressão que foram deslocados, o que provocou a sobreposição dos territórios das espécies citadas. Ao sobrepor os territórios, produz-se um cruzamento entre as espécies de forma natural.

A incorporação do cachorro doméstico começou quando a espécie foi introduzida pela população. Uma vez que surgiram descendentes de coiotes e lobos, é provável que tenham acasalado com cães, obtendo por resultado um híbrido que mistura duas espécies e uma subespécie.

Agora, um traço genético extremamente interessante no coywolf, revelado por alguns estudos científicos,^[1][2] é que esse híbrido é realmente uma mistura complexa entre o coiote (Canis latrans), o lobo cinzento (Canis lupus), o lobo-canadense-oriental (que segundo a fonte é a espécie Canis lycaon ou a subespécie Canis lupus lycaon) e o cão doméstico (Canis lupus familiaris ou Canis familiaris). A quantificação indica que o percentual de influência dos genes corresponde a 60% coiote, 30% lobo e 10% cão, o que indica que há mais influência do coiote, aspecto condizente com a aparência física do animal, o que veremos na próxima seção. A presença de genes de cachorro sugere o cruzamento posterior de híbridos de coiotes e lobos com cachorros, resultando nessa mistura genética.

As características físicas do coylobo misturam traços de ambos os progenitores. Em geral, tem maior porte do que o coiote (Canis latrans), mas são menores que o lobo. O peso médio dos coywolf varia entre vinte e vinte e cinco quilos, dando origem a animais intermediários conforme seus pais.

O coylobo é mais parecido com o coiote. Tem as orelhas em pé, rabo com pelagem abundante e em posição ereta. Do mesmo modo, possui uma glândula adanal na região superior da cauda, que utiliza para deixar marcas olfativas, sendo comum em várias espécies de canídeos. Quanto à coloração, o coywolf pode ser de marrom escuro a um castanho avermelhado, ainda que o mais comum seja o marrom acinzentado. Possui um tom avermelhado nas patas, orelhas e nas laterais.

Esse híbrido se desenvolveu de forma tão bem-sucedida em ambientais naturais e nas adjacências urbanas e, além disso, apresenta traços tão específicos que o diferenciam dos seus progenitores, que se propôs considerá-lo como uma nova espécie, chamada comumente de coiote oriental, para a qual foi sugerido o nome científico Canis oriens. Contudo, ainda não há um acordo oficial quanto a esse nome.

O processo de hibridação do coylobo ocorreu na região dos Grandes Lagos, entre os Estados Unidos e Canadá. No entanto, sua expansão vai muito além. Dessa forma, o coywolf se desenvolveu em regiões como Nova Inglaterra, Nova York, Pensilvânia, Ohio, Virgínia Ocidental, Maryland, Virgínia, Washington, Ontário, Quebec, Nova Brunswick e Nova Escócia, entre outras. Nesse sentido, é geralmente encontrado em habitats com invernos fortes e, em alguns casos, com verões quentes. Assim como o coiote, adapta-se bem em diversos ambientes.

Os lobos são animais que procuram se manter longe das pessoas e podem chegar a demonstrar agressividade. Por outro lado, o coiote ambientou-se em áreas urbanas com maior êxito. No caso do coylobo, este animal consegue estabelecer grupos mais cooperativos, com membros menos agressivos entre si, bem como estabelecem áreas de distribuição menores que seus antecessores. Todavia, as pessoas devem ter cuidado ao abordar esses híbridos em espaços naturais, pois ainda são animais selvagens que irão tentar se defender caso se sintam ameaçados.

Sua alimentação variada o torna um onívoro oportunista, isto é, que se alimenta de vários tipos de animais que caça, como grandes insetos, coelhos, lebres, aves, anfíbios, alces e veados, bem como diferentes frutos.

Dependendo da estação, a alimentação do coylobo muda. Geralmente, em invernos rigorosos, caça em grupos as presas maiores, as principais disponíveis.

Esse híbrido amadurece sexualmente um pouco mais tarde do que o coiote. Os filhotes de coylobo, ao nascer, pesam em média 355 gramas, mas quando atingem cerca de trinta e cinco dias de vida, aumentam para um quilo e meio. Nesse sentido, seu desenvolvimento é mais rápido e maior que o dos coiotes. No entanto, o crescimento dentário ocorre mais lentamente.

Por outro lado, é sabido que existe uma certa tendência sexual nos progenitores do coylobo, na qual o acasalamento ocorre principalmente entre lobos machos e coiotes fêmeas.

O coylobo não foi avaliado para determinar seu estado de conservação. Entretanto, ele é considerado como uma espécie que deve ser monitorada e que se deve estabelecer os mecanismos de proteção que forem necessários. O coylobo, sendo uma espécie menor do que o lobo, não consegue competir com esse último no que diz respeito à caça de presas, por isso não pode ser movido de lugar. De fato, é o lobo que restringe sua expansão. Nesse sentido, é importante cuidar de outros aspectos que possam afetá-lo, pois já possui uma desvantagem contra os lobos.

Agora que você conhece a história do coylobo e suas características, continue se informando a seguir:

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